30 de julho de 2010

Marley e Eu de John Grogan – Desafio Literário

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John e Jenny haviam acabado de se casar. Eles eram jovens e apaixonados, vivendo em uma pequena e perfeita casa e nenhuma preocupação. Jenny queria testar seu talento materno antes de enveredar pelo caminho da gravidez. Ela temia não ter vindo com esse “dom” no DNA, justamente porque matara uma planta por excesso de cuidado: afogando-a. Então, eles decidiram ter um mascote. Vão a uma fazenda, escolhem Marley, ao tomar contato com uma ninhada, porque também ficam encantados com a doçura da mãe, Lily; só depois têm uma rápida visão do pai, Sammy Boy, um cão rabugento, mal-encarado e bagunceiro. Rezam para que Marley tenha puxado à mãe, porém suas “preces” não são atendidas. A vida daquela família nunca mais seria a mesma.

 

Tenho esse livro em minha “pilha a ler” desde 2008, mas não tinha coragem de pegá-lo, pois já imaginava o final e achava que não conseguiria lê-lo…  Quando surgiu a idéia do Desafio resolvi aproveitar a deixa e finalmente enfrentar meus medos de frente. E podem ter certeza de que sai ganhando e me arrependendo por ter esperado tanto…

John Grogan conseguiu, com esse livro, passar realmente o que é ter e viver com um cão! Tem todas as fases que nós, donos de cães, já estamos acostumados: o prazer de ser recebido com alegria, os risos que certas situações provocam, o companheirismo da constante presença a nosso lado,  o nervoso quando vemos a destruição que causam, a raiva que vem quando se mostram teimosos (e que não dura nadinha, pois eles sabem como nos “dobrar”) e, por fim, a tristeza em vê-los envelhecendo e saber que a jornada deles ao nosso lado está para terminar… É simplesmente impossível ficar indiferente a essa história!

Marley, com seu jeito rebelde, alegre, destruidor, impossível, nos traz um sorriso enorme e nos faz dar muitas risadas – afinal, pimenta nos olhos dos outros é refresco! – Mas, mesmo com toda a destruição e gastos que deu, nada substitui o amor e afeto e fidelidade que dedicou a sua família e que transborda das páginas e da narrativa de John. Marley amou e foi amado – como todo cachorro deveria ser – por John e Jenny e pelas crianças.

Vou finalizar com um trecho que acho que todo dono de cão se identifica:

“Seria possível que um cachorro – qualquer cachorro, mas principalmente um absolutamente incontrolável e maluco como o nosso – pudesse mostrar aos seres humanos o que realmente importava na vida? Eu acreditava que sim. Lealdade. Coragem. Devoção. Simplicidade. Alegria. E também as coisas que não tinham importância. Um cão não precisa de carros modernos, palacetes ou roupas de grife. Símbolos de status não significam nada para ele. Um pedaço de madeira encontrado na praia serve. Um cão não julga os outros por sua cor, credo, ou classe, mas por quem são por dentro. Um cão não se importa se você é rico ou pobre, educado ou analfabeto, inteligente ou burro. Se você lhe der seu coração, ele lhe dará o dele. É realmente muito simples, mas, mesmo assim, nós humanos, tão mais sábios e sofisticados, sempre tivemos problemas para descobrir o que realmente importa ou não.”

Se fosse para responder a pergunta eu diria que SIM. Um cão é um grande professor! E quando parte, deixa para sempre sua marca no coração de quem o amou. E John Grogan conseguiu mostrar isso com esse livro! Recomendo.

23 de julho de 2010

O Retorno de Rafe MacKade de Nora Roberts

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Após 10 anos, Rafe Mackade retorna a Antietam, sua cidade natal. O rapaz rebelede, sexy e irresistível tornou-se um homem de sucesso, com dinheiro no bolso e muitos planos para o futuro. Para começar, acabara de realizar seu grande sonho: comprar a antiga mansão Barlow. Considerada uma casa mal-assombrada, Rafe planeja restaurá-la nos mínimos detalhes: estrutura, pintura e principalmente, decoração de época. Para essa tarefa, conta com a ajuda da bela Regan Bishop, dona de um antiquário local e tão rebelde quanto Rafe.
Além de contratar os serviços de Regan, Rafe também está muito interessado em arrumar espaço em sua vida atribulada para mais um desafio: conquistar aquela mulher arredia. Mas Regan não está disposta a ceder aos caprichos de um homem pecaminosamente lindo. Ainda que esteja se apaixonando por ele ...

Sempre ouvi falar sobre os Irmãos MacKade – Jared, Rafe, Devin e Shane – mas não tinha tido o prazer de ser apresentada a eles. Aproveitei a Maratona de Banca para remediar essa situação. E acabei conquistada!

O livro traz o retorno de Rafe à sua cidade natal depois de 10 anos. Ele volta rico, lindo e proprietário da Mansão Barlow, um marco histórico da cidade que está abandonado exatamente por ser considerada assombrada.

Já na chegada ele conhece Regan e já se interessa por ela. Claro que aproveita para contratá-la como decoradora da casa que pretende reformar e transformar em pousada. Além de perceber que ela é uma ótima profissional, é uma maneira de se aproximar dela e conquistá-la com seu charme MacKade!

O livro é interessante pois traz um vislumbre dos outros irmãos e, lógico, nos faz ficar interessada no que vai acontecer na vida deles! Nora tem essa capacidade de aguçar nossa curiosidade e nos prender nas teias de suas histórias de tal forma que só quando terminamos todos os livros de uma série ou trilogia é que ficamos satisfeitos!

Rafe e Regan são ambos muito teimosos e a convivência entre eles não é fácil. Dois cabeças duras que não querem reconhecer os sentimentos que têm um pelo outro! Tinha horas que sentia vontade de gritar com eles… mas a história é boa.

Mas tenho de ressaltar um fato que me aconteceu durante a leitura. Tudo corria bem quando, de repente, a tradutora simplesmente enlouqueceu! Sem mais, nem menos a tradução degringolou de tal forma que a obra foi totalmente deturpada! Quero ler no original para ver onde ela encontrou tanto O homem fez / disse / ficou triste… ou então tanto A mulher pensou / chorou… ou então A moça … Ficou parecendo que, subitamente, os pronomes foram abolidos da língua portuguesa ou, então, foram proibidos de ser usados por algum decreto. Quero ver se a Nora realmente fez isso no original, pois ficou horrível de se ler e perdi todo o prazer na história.

Em vez de responder, ele curvou-se e lavou o rosto com a água glacial. Regan ficou sem graça.

- Desculpe, Rafe. Está doendo?

O homem pegou uma toalha desfiada e enxugou o rosto… (pág. 123)

- Não espere que eu a detenha. – Quando o homem avançou, Regan saltou para trás feito uma mola. – É só a cerveja – resmungou erguendo a garrafa… (pág. 129)

“A moça tentou não se sentir magoada com aquilo, tentou entender. (pág. 221)

E, por estarmos falando de um livro de banca, na Maratona de Banca, tenho de dizer que fico profundamente chateada quando alguém fala  que Romance de Banca é subliteratura ou algo do gênero. Mas o pior é quando vemos que as Editoras que os publicam os tratam dessa forma, não contratando profissionais qualificados e/ou que pelo menos gostem de ler o que vão traduzir / revisar. Outro problema ocorre quando mutilam as obras para caber em seu formato editorial!

Eu já tinha lido comentários, principalmente na Comunidade Adoro Romances, do Orkut, sobre os problemas com traduções mal feitas. Mas sempre tive sorte e nunca tinha lido um livro asssim. E realmente é desestimulante e mostra o total descaso para com os leitores. Enquanto lia, me lembrava do que minha professora de Tradução nos falava na faculdade (apesar de, no curso, nunca termos feito tradução literária – era sempre técnica): respeito ao estilo do autor, respeito ao português, respeito para com as palavras… No caso desse livro, faltou respeito!

20 de julho de 2010

Bonds of Justice de Nalini Singh

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Max Shannon é um bom policial, um dos melhores de Nova York. Nascido com um escudo natural que o protege contra as invasões mentais dos Psys, ele sabe que tem pouca chances de progredir dentro da estrutura de poder dominada pelos Psys. O último caso que esperava receber é dos assassinatos vitimando os funcionários mais próximos de uma Conselheira Psy. E a última mulher que ele esperava compelí-lo da maneira mais sensual fosse uma Psy à beira de uma catastrófica fratura mental…

Sophia Russo é uma Psy Justiça, amaldiçoada com a habilidade de resgatar memórias de homens e mulheres tão transtornados de quem mesmo policiais veteranos querem distância. Nomeada como contato de Max com os Psys, ela se vê fascinada por esse humano, seu coração congelado ameaçando  derreter com emoção proibida. Mas, com sua mente cheia com os pesadelos de outras pessoas, as maldades de outros, ela está na fronteira entre a sanidade e uma escuridão sedosa que a força a fazer justiça com as próprias mãos, a se tornar juiz, juri… e carrasco…

Não é segredo que essa é uma das minhas séries favoritas! Adoro o mundo criado por Nalini e estou sempre querendo mais e mais…

Max e Sophia são perfeitos juntos e Nalini soube conduzir com muita emoção a história deles. Eles se conhecem quando ela vem entrevistar um assassino serial frio e totalmente sociopata que Max tinha prendido. Bonner quer trocar a localização de onde enterrou os corpos das vítimas por mais regalias na prisão. Sophia, como J-Psy pode ajudar entrando na mente do bandido e vendo se ele realmente está cooperando ou mentindo.

Os J-Psy (J = Justiça) são pessoas com dom telepático, mas com o diferencial de poderem transmitir as imagens captadas das mentes que escaneiam diretamente para outras mentes, preservando as informações e cenas exatamente como as viram. Mas por estarem sempre em contato com mentes muito perturbadas e cheia de maldade, os escudos que protegem suas mentes vão se esgarçando e eles tem um tempo de vida útil  não muito longo, sendo depois submetidos à reabilitação total (ou sejam, viram vegetais!). Sophia já está chegando a seu limite, tanto é que já se tornou Senciente, ou seja, se tocar, mesmo que acidentalmente, alguém muito perturbado, pode simplesmente sofrer um colapso mental fatal. É  bom que Max tenha esse escudo natural protegendo-o, pois assim, Sophia pode tocá-lo – começando  bem aos poucos -  e não sentir a pressão dos pensamentos e dos fantasmas que existem na mente dele.

Quando se conheceram, houve uma grande atração entre Max e Sophia. E o pedido de Nikita Duncan, a Conselheira Psy, para que os dois trabalhem juntos para resolver as mortes suspeitas de seus assessores mais diretos só vem ajudar na aproximação dos dois. 

Não posso esquecer de comentar que tanto Max quando Sophia vieram de infância muito sofrida e traumatizante. Cada um enfrentou seus monstros desde cedo e se fortaleceram para a vida. Mas, claro, sempre fica aquela parte da criança apavorada e solitária e essa parte  encontra no outro o bálsamo para curar as feridas e ajudar na cicatrização. Muito lindo e emocionante poder ir observando isso acontecer.

Era adorável ver o modo como Max era carinhoso e cuidadoso com sua Sophie – e claro que a recíproca era verdadeira. O mais interessante é que eles sempre demonstravam o que sentiam um pelo outro – o problema era como eles poderiam agir nesse sentimento…  E, ao mesmo tempo, eles tinham que resolver o caso da Conselheira e o do assassino sociopata e ver como poderiam ficar juntos, sem o problema de saúde de Sophia acabar com o tempo que tinham! Enfim: mistérios, amor, dificuldades a serem superadas – um romance maravilhoso!

Gostei das passagens em que os dois vão se descobrindo e vendo como poderão se tocar, se amar. Gostei de (re) ver Sasha e Lucas e os outros leopardos. Só não gostei muito do modo como Nalini resolveu realmente a situação – apesar de compreender depois, achei que ficou um pouco no “ar”… mas nada que uma releitura de todos os livros em sequência (quem sabe eu faça isso antes de sair o livro do Hawke, que aguardo com muiiiiiiiita paciência!) não ajude a dissipar minha estranheza.

13 de julho de 2010

Enemy Lover de Karin Harlow

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É a primeira missão de Jax Cassidy para o L.O.S.T. – aquela que dará à ex-policial que foi expulsa da corporação uma chance de se provar.  Sua tarefa: ganhar a confiança do assassino Marcus Cross… eliminá-lo… e então destruir o mentor de Marcus, Joseph Lazarus, um homem com um olhar cobiçoso na Casa Branca. Mas a mulher conhecida por sua equipe por ser uma femme fatale sucumbe à paixão, apenas para descobrir o mortal segredo de Cross. Ele é um vampiro, e Joseph Lazarus é seu criador.

Abandonado a morte por seu pelotão nas violentas montanhas do Afeganistão, o atirador de Missões Especiais Marcus Cross recebeu uma segunda chance de viver. Suas novas e intensificadas habilidades o transformaram em uma perfeita máquina de matar, e como braço direito de Lazarus, ele rapidamente está subindo ao topo de seu império sombrio, expurgando os inimigos com rapidez e precisão. Apenas quando a perigosamente bela Jax Cassidy é enviada para derrotá-lo é que ele começa a questionar os motivos de Lazarus e suas próprias ações.  Mas quando a vida de Jax é ameaçada por aquele que pode destruir a ambos, Marcus deve fazer uma escolha amarga – a morte dela ou a sua.

Esse é o primeiro livro de uma nova série – L.O.S.T = Last Option Special Team (Equipe Especial de Última Opção). E eu simplesmente adorei o universo que Karin Harlow criou e, claro, pretendo acompanhá-lo.

Jax Cassidy é na realidade Angela Giacomelli. Ela é uma policial que foi brutalmente estuprada e mutilada quando estava trabalhando em um caso. Sua equipe não a protegeu e, depois, a abandonou à própria sorte. Ela, então, caça e mata o bandido que a agrediu. Quando a conhecemos, ela está embarcando no ônibus com destino a penitenciária, depois de ter sido condenada.

É quando entra Mr. Black, mais conhecido como Godfather (Padrinho).  Ele  a traz para o grupo L.O.S.T. Essa é uma unidade formada por ex-policiais que foram condenados por algum crime – como Angela. Nesse grupo, eles têm a chance de lutar contra os bandidos de forma não ortodoxa e com o apoio da Advocacia Geral da União. Angela recebe uma proposta: juntar-se ao grupo, assumindo uma nova identidade, ou voltar para a prisão.  Acho que o nome do grupo é bem apropriado, pois além deles serem uma das últimas opções para resolverem algum caso, é também a última opção para esses policiais voltarem a combater o crime e os criminosos.

Jax recebe, então, uma missão: aproximar-se de Marcus Cross e eliminá-lo. Ele é apresentado como um assassino frio, que não apenas matou um assessor de um senador, mas também uma criança que estava com ele. Cross tem treinamento militar e era atirador. Agora trabalha para o Coronel Joseph Lazarus e o grupo The Solution – um grupo patriota que vive de eliminar alvos inimigos dos EUA, não ligando para as consequências diplomáticas que possam causar.

Jax e Cross se conhecem e logo já vemos as faíscas! Mas o fantástico é a forma como um sempre está um passo na frente do outro. Como eles fazem um jogo de gato e rato altamente sensual e nós, leitores, ficamos sem saber para quem torcer ou quem está mentindo e quem está sendo enganado… Nós acompanhamos a ação e temos visão e informações que os personagens não têm, mas ao mesmo tempo, somos surpreendidos pelos atos repentinos dos personagens e pelas maquinações da autora! O livro traz uma surpresa atrás da outra e tudo muito bem amarrado e escrito!

A história é fantástica, cheia de ação, traições, reviravoltas e, claro, romance.  Karin conseguiu misturar bem romance sobrenatural (Cross é vampiro) com romance de espionagem e suspense e nos prende desde o começo.

Não vejo a hora de sair o próximo volume, mas acho que ainda demora um pouco, pois esse foi lançado em maio passado. Adorei também  os personagens secundários – Godfather, Shane, Gage, Dante, Dominic – e quero vê-los novamente! Bem como saber como estão Jax e Marcus…

10 de julho de 2010

My Wicked Enemy de Carolyn Jewel

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Carson Philips é uma bruxa fugitiva. Por anos, o famoso mago Alvaro Magellan  a manteve como sua prisioneira psicológica. Mas quando Carson viu a verdadeira extensão da maldade dele, ela foge da mansão de Magellan– roubando uma pedra talismã de inimaginável poder. Sua única esperança de sobrevivência é um demônio que provoca uma fome voraz nela de tal forma que ela não consegue negar, uma ânsia que ela não consegue resistir…

Nikodemus é um warlord numa missão: matar Magellan e sua bruxa de olhos verdes a qualquer custo. Mas quando ele encontra a desesperada Carson, o fluir de sua mágica o deixa sem ar. Ele não tem certeza de poder confiar nessa mulher maravilhosa – ela é sua inimiga – e menos certeza de que conseguirá manter as mãos longe dela. Mas Magellan não parará diante de nada até recuperar o que pertence a ele. Pode Nikodemus salvar Carson antes de seu desejo por ela destruir a ambos?

Esse livro me foi indicado, entre outros, em um desafio literário que participo todos os meses. Gostei do resumo e, como é o primeiro de uma nova série, acabei não resistindo e o escolhendo. Ah! Se arrependimento matasse…

A história começa de um modo abrupto! Logo no primeiro parágrafo já vemos Carson fugindo e sendo perseguida por Nikodemus. Já me senti como se tivesse entrado no cinema com o filme começado… Mas pensei: “deve ser algum recurso literário da autora, logo ela explica e começa a revelar o universo da série!”

Ledo engano… A história ia ficando cada vez mais confusa e quando eu achava que finalmente ia começar a deslanchar, ou pelo menos a explicar, eu era arremessada em novas situações e tudo se complicava… Achei que a trama tinha mais furos que uma peneira e a leitura estava cansativa e arrastada!

Então você pode me perguntar: “por que continuou a ler? Por que não abandonou o livro?” E antes que pense que sou masoquista, explico que os personagens foram os responsáveis pela minha insistência! Principalmente um coadjuvante – Xia. Eu queria saber o que ia acontecer com ele  e, claro, com Nikodemus e Carson também.

Achei que Carolyn não soube aproveitar os excelentes personagens que criou e não soube construir o universo da série – que é até interessante e único: há demônios e magos e bruxas e eles interagem e são inimigos,  pois os magos e bruxas escravizam os demônios e os usam de maneira muito perversa.  Pena que ela se perdeu na hora de contar a história.

Vi que saiu um livro em que Xia é o protagonista. Infelizmente não sei se aguentaria ler mais um livro dessa autora (pelo menos por agora), mesmo sendo de um personagem que adorei!

4 de julho de 2010

Aventurando-me em uma nova seara…

Essa semana resolvi ler um novo gênero de romance. Um gênero que tenho ouvido falar muito bem em grupos e foruns de discussão e que nunca tinha procurado antes: Romance Gay (m/m).

Comecei com My Lupine Lover de Stormy Glenn. O que me levou a, finalmente, ler esse tipo de romance foi o book trailler que achei fantástico e me fez ficar curiosa:


O trailer é bem o resumo do livro: Sasha está, juntamente com sua alfa, hospedado na casa de Vadim. Uma noite, quando está fugindo da violência do alfa e seus betas, Sasha entra num escritório onde Vadim está trabalhando. Eles imediatamente se reconhecem como “mates” (parceiros destinados um ao outro pelo destino) e, juntos, enganam o bandidão e já começam um relacionamento.

Sasha é um lobo Omega – aquele que traz paz e tranquilidade para a alcatéia. Mas de onde ele vem, Sasha é tratado como um brinquedo sexual dos governantes e é isolado do convivio com seus pares e ameaçado constantemente com o sofrimento alheio caso não obedeça a todas as ordens e solicitações. Vadim fica profundamente chocado e enfurecido ao saber como seu companheiro era tratado e promete que nunca mais ninguém irá machucá-lo.

Gostei da história pois trouxe muitos esclarecimentos de como é a administração de uma alcatéia e os desafios e direitos e deveres do alfa e de seus membros (coisa que outros livros raramente tratam). Mas achei que Sasha foi muito “feminilizado” pela autora. Tinha horas que eu não me lembrava que era um romance m/m, pois o comportamento e descrição de Sasha me lembravam mais o de uma mulher. No geral, entretando, a leitura foi muito proveitosa e prazerosa.

Ainda essa semana recebi um e-mail num grupo avisando que o livro Out of Bounds: Love of Sports 1 estava de graça no Kindle da Amazon. [Eu baixei o Kindle for PC (um dia ainda me aventuro a comprar um Kindle… o preço está começando a baixar, quem sabe…)]. Fui então pesquisar e gostei do resumo! Me lembrou um episódio do Law & Order SVU (sem o assassinato, claro) e minha curiosidade foi novamente despertada.

O jogador profissional de basquete Kasey Johnson decidiu manter sua opção sexual bem guardada e longe do público. Solitário, alguns casos amorosos fora da temporada é tudo o que ele espera até se aposentar. Ele crê que seu segredo está bem seguro… até conhecer Ingram Fletcher, o proprietário de um nightclub que faz queimar um inferno de desejo em seu corpo.

Gram vem desejando Kasey desde que o alto jogador de basquete chegou a Phoenix um anos atrás. Mas com a interferência do irmão gêmeo de Kasey, até o momento Gram não estava seguro em avançar o sinal. Então, um contato casual no clube lotado leva a um beijo que faz Gram começar a imaginar se um relacionamento entre eles é possível…agora e depois da temporada.

Um romântico final de semana juntos responde a essa questão. Agora a única pergunta em aberto é se Kasey está pronto a sair rapidamente de sua zona de conforto.

Esse livro é muito bom! O relacionamento homoerótico entre Kasey e Gram é muito bem construído e nos faz realmente torcer para tudo dar certo entre eles.

A carreira de Kasey no basquete profissional está deslanchando! Ele é um novo astro e ainda tem muito o que conquistar. Mas uma nuvem paira em seu horizonte: ele é gay! Seu irmão gêmeo, Garret, um famoso astro de Hollywood também é gay – e tornou sua opção sexual pública. Mas um astro de Hollywood e um astro do esporte têm fãs muito diferentes – e também diferentes são os profissionais que trabalham com cada um! Kasey sabe que os preconceitos e dificuldades que enfrentará se sair do armário vão ser muito maiores do que os que Garret enfrentou. E o perigo de ser agredido e isolado muito maiores. (E aqui entra o episódio de Law & Order que mencionei acima: no filme, ao tornar-se público que um famoso jogador de Football era gay, ele chegou a ser agredido nas ruas pelos fãs e a ver sua carreira afundar…)

Mas nada disso conta quando Kasey se envolve com Gram! A atração que sentem um pelo outro se transforma em amor e o relacionamento deles começa a se tornar muito mais intenso e lindo do que ambos estavam esperando.

O que mais gostei é que não houve feminilização de nenhum personagem nesse livro. Os dois eram muito masculinos e o amor deles muito bonito de se ver. O dilema maior era se Kasey estava ou não disposto e preparado a arriscar sua carreira e patrocínios para viver e escrever sua história ao lado de Gram – e foi muito interessante e envolvente acompanhar a trajetória desses dois!

Acho muito importante estarmos abertos para novos universos literários e gostei desses dois romances que li. E sei que, se aparecer mais algum livro cujo resumo me atrair, com certeza vou ler!