31 de março de 2013

Lover at Last de J.R.Ward

 

Qhuinn, filho de ninguém, está acostumado a ser sozinho. Deserdado por sua linhagem, esnobado pela aristocracia, ele finalmente encontrou sua identidade como um dos guerreiros mais brutais na guerra contra a Sociedade dos Redutores. Mas sua vida não está completa. Mesmo com a perspectiva de ter uma família só sua a seu alcance, ele está vazio por dentro, seu coração pertencente a outro...

Blay, depois de anos de amor não correspondido, deixou de lado seus sentimentos por Qhuinn. E bem na hora: o macho encontrou o par perfeito na Chosen, e agora vão ter um bebe juntos – tudo o que Qhuinn queria para si. É duro ver os dois juntos, mas construir sua vida ao redor de um sonho impossível é criar um coração partido. Como ele já aprendeu.

O destino parece estar levando esses soldados vampiros a direções diferentes..., mas quando a batalha pelo trono da raça começa a se intensificar, e novos jogadores em cena em Caldwell criam um jogo mortal para a Irmandade, Qhuinn finalmente entende a definição de coragem e dois corações que estão destinados a ficar juntos... finalmente se tornam um.

Black Dagger Brotherhood # 11

 

Meu amor pela Irmandade começou em 2007, quando comprei os 4 primeiros livros da série sem saber bem o que esperar: só sabia que eram livros sobre vampiros, nada mais. Para ser sincera, quando comecei a ler Dark Lover, estranhei a linguagem da autora e o fato de os vampiros adorarem rap (que eu odeio) e imaginei que iria odiar a história e já estava me arrependendo de ter comprado os 4 livros lançados e encomendado o quinto em pré-venda... mas Wrath me conquistou de jeito e o resto é história, pois BDB está entre meu Top 3 de séries favoritas e daquelas que compro sem pestanejar!

E é por ser seguidora fiel da Irmandade que estava doida por essa história, pois estamos acompanhando o desenrolar do amor entre Blay e Qhuinn já há algum tempo e eu, particularmente, estava cansada de ver os dois sofrendo tanto! Não posso negar minha alegria pela J.R. ter decidido dar aos dois seu merecido destaque em um livro, pois antes, em um dos bate papos que participei, ela vinha acenando com a possibilidade deles terem um conto (ou novella) à parte. Para mim, eles mereceram um livro, pois são personagens cativantes e importantes para o desenvolvimento da trama, como vimos no livro passado quando Q salvou a vida de Wrath e provou, mais de uma vez, sua coragem.

Claro que o livro começa de onde o outro terminou (passados alguns dias, óbvio). Vemos Qhuinn ainda sofrendo por Blay estar com Saxton. Layla enfrentando dificuldades com a possível gravidez. Mas a surpresa é ver Saxton saindo do relacionamento com Blay por entender que nunca teve – nem terá – chances com o soldado. Blay fica surpreso, mas entende e fica até aliviado pela postura do amante, mas guarda segredo do fim do relacionamento de todos, principalmente de Qhuinn.

E é por não saber do final do caso entre eles, e ver Saxton chegando em casa cheirando a outro, que Qhuinn se aproxima de Blay e os dois começam um relacionamento bem complicado e caliente! Complicado porque nenhum deles se abre para o outro com o que sentem realmente e isso vai gerando mais tensão entre eles. J.R. vai construindo um clima de romance e, ao mesmo tempo, de angústia, pois os dois vão percebendo cada vez mais o que pode ser entre eles, mas não conseguem fugir de toda a dor e rejeição do passado – e aqui devo dizer que Blay mostrou para Qhuinn o quão bom aluno ele é!

Além do romance principal temos, claro, as tramas paralelas! Mas dessa vez acho que adorei poder fugir para essas tramas e ficar cada vez mais curiosa pelo destino que ela estava traçando para Qhuay! Um das mais interessantes trouxe Assail (novamente) e Sola, uma ladra contratada para investigá-lo. A interação entre os dois é maravilhosa e promete muito nos próximos livros (ainda mais no modo como J.R. deixou a história dos dois...). Assail e Sola entraram numa dança de sedução e perigo quando um tenta ser melhor e mais criativo do que o outro e acabaram me seduzindo por tabela. Devo avisar que Assail trouxe dois primos do Velho Mundo para ajudá-lo no "comércio" e os dois, que são gêmeos, não dormem em serviço e parecem prometer fortes emoções. Aguardemos...

Outra trama trouxe Trez e IAm e ficamos sabendo um pouco mais sobre os Sombras. Adorei descobrir esse outro lado dos irmãos, principalmente o modo como IAm protege e tenta ajudar Trez a resolver seu problema... E adorei ver que eles também estão dispostos a ajudar Wrath e a Irmandade contra as ameaças dos Bando de Bastardos e Glymera.

Falando em Bando de Bastardos, chegamos à terceira trama, com XCor ainda disposto a tomar o trono, mas agora dividido pelos sentimentos que nutre por Layla... Acho lindo o modo como ele se preocupa com ela e o modo como ele pensa nela como dele, apesar de saber que não tem chances por estarem em campos opostos da guerra. XCor é um personagem que cativa a gente, pois tem horas que eu o odeio com todas as forças (quando ele está tramando contra o Rei – e agora de uma forma ainda mais terrível, porque pode dar certo...), e tem horas que eu o adoro, principalmente pelo modo carinhoso dele com Layla, pois me pego torcendo para que os dois consigam ficar juntos, mesmo com as chances sendo completamente desfavoráveis! Ele é um personagem muito perigoso e eu tenho medo dele e por ele, o que é algo bem interessante, pois mostra que J.R. está fazendo um trabalho bem legal (pelo menos é o que eu acho).

Com tudo isso acontecendo, J.R ainda conseguiu nos trazer muito mais surpresas e ainda fazer o romance entre Blay e Qhuinn ir tomando forma de um jeito que me deixou completamente cativada com o livro! Confesso que teve uma hora que achei que nada daria certo, pois Blay estava completamente disposto a tirar Qhuinn de sua vida e eu não podia nem discordar muito dele, afinal ele sofreu muito nas mãos de Qhuinn, né? E certas situações não estavam mesmo muito claras para os dois, mas respirei fundo e continuei a ler e adorei tudo, principalmente os últimos capítulos, que li e reli várias vezes de tão lindo e comovente que são!

E agora com o anúncio de que o próximo livro será com Wrath e Beth, não pude deixar de perceber que Ward realmente domina a série com maestria, pois estava esperando qualquer uma das tramas desse livro se desenvolver e ela escolheu bem a que pode trazer maiores problemas para o Rei (e em mais de um sentido). Nem preciso dizer que vai ser mais um longo ano de espera...

26 de março de 2013

Edge of Dawn de Lara Adrian

UM AVISO: Se você está acompanhando a série aqui no Brasil (Universo dos Livros) e não gosta de spoilers, é melhor não ler nem o resumo...

Vinte anos depois do terror  do Primeiro Amanhecer – quando a humanidade descobriu que vampiros viviam secretamente entre ela – a ameaça da violência reina enquanto as duas espécies lutam pela coexistência. O único grupo preservando a frágil harmonia é a Ordem, um grupo de elite de guerreiros da Raça dedicados a protegerem tanto os humanos quanto os vampiros. E nesse precário mundo de lealdades divididas e paz exaurida, Mira, impetuosa capitã de esquadrão, descobre que cada batalha traz um grande custo pessoal.

Criada entre a Ordem, Mira sempre acreditou no código de guerreiro de justiça imediata – e até letal. Mas a única coisa que ela deseja mais do que a aceitação da Ordem é Kellan Archer, um sexy, mas problemático lutador da Raça. Apaixonada por ele desde a infância, Mira conseguiu quebrar o duro exterior dele durante uma noite de inesperado arrebatamento, mas no dia seguinte ele desaparece misteriosamente, para nunca mais voltar.

Kellan nunca pensou que veria Mira novamente – ou ter de confrontar a verdade do porque sumiu. Depois de abandonar a Ordem anos atrás, ele agora é o líder de um grupo de humanos rebeldes determinados a viver de acordo com as próprias regras. Assim o sequestro de uma pessoa muito influente o traz frente a frente com o passado que ele quer evitar  e a estonteante mulher que ele desesperadamente quer esquecer. Quando a tensão aumenta e o risco de derramamento de sangue cresce, Kellan e Mira tem de tomar posições – entre completar as missões que dominam suas vidas e a enorme paixão que domina seus corações.

Midnight Breed # 11

 

Confesso que estava com um tantinho de medo de me decepcionar com essa história, pois o livro passado foi tão intenso e com gostinho de final de série que fiquei pensando: o que Lara pode trazer de novidades??? Se bem que, por outro lado, desde que Mira surgiu, no livro de Nikolai, com 8 anos de idade, eu estava ansiosa por uma história com ela. O resultado: Lara mais uma vez me surpreendeu e nos trouxe uma história de amor emocionante recheada com muito suspense e ação – e violência, claro!

Já se passaram 20 anos desde o Primeiro Amanhecer e Mira já não é mais uma menininha. Ela agora é uma guerreira de 29 anos – e Capitã de uma célula de guerreiros da Ordem ainda por cima. Só uma coisa não permite que ela tenha total felicidade: a morte de Kellan, o homem a quem sempre amou, oito anos atrás. Kellan morreu num atentado a bomba elaborado por um grupo de rebeldes humanos e é por isso que Mira odeia de morte todo e qualquer rebelde! E é por causa desse ódio – e o que ele a levou a fazer -  que ela acabará recebendo a missão que a levará a ter a maior surpresa de sua vida...

Lucan, ainda líder da Ordem, ordena que Mira seja a responsável pela segurança e transporte de um cientista famoso e cheio de manias para um baile de gala, onde mais uma vez líderes humanos e dos vampiros vão tentar mostrar uma frente unida para acalmar o povo. O problema é que esse cientista também está visado por um grupo rebelde e tanto ele quanto Mira se veem reféns de tal grupo. A surpresa vem quando Mira descobre que o líder desses rebeldes é ninguém menos que o homem a quem julgava morto e por quem sofreu desesperadamente nos últimos 8 anos...

Kellan nunca foi capaz de esquecer Mira – e isso fica claro no reencontro dos dois. Mas então qual motivo o levou a se passar por morto e nunca mais procurá-la? É para descobrir isso que vamos virando as páginas e nos envolvendo cada vez mais na história...

É impossível não sentir com Mira a alegria por descobrir Kellan vivo – e ao mesmo tempo não sofrer com o sentimento de traição por descobrir tal fato... E é impossível detestar Kellan, pois vamos vendo que ele não é mau e que ele realmente tem sentimentos por Mira... E nos lembramos que esses sentimentos começaram quando ela tinha 8 anos e ele, 13. E posso dizer que Lara vai construindo o relacionamento deles de forma linda e nos mostrando  que segundas chances são possíveis...  Me peguei com lágrimas nos olhos vária vezes, pois a história é intensa!

Mas lembrem-se que esse é um livro da série Midnight Breed, então temos muita aventura e reviravoltas além do romance! E a construção desse novo universo também é bastante intensa e legal, pois vamos vendo não apenas os antigos guerreiros da Ordem, mas também toda uma nova geração, que em sua maioria são filhos dos heróis dos primeiros livros, que prometem muitas emoções e garantem uma longa série.

Aliás, a Ordem já está novamente envolvida com novas conspirações e novos inimigos que prometem muita violência e ação e, claro, romance. E que venham muitas aventuras!

18 de março de 2013

As Virgens Suicidas de Jeffrey Eugenides

 

Num típico subúrbio dos Estados Unidos nos anos 1970, cinco irmãs adolescentes se matam em sequência e sem motivo plausível. A tragédia, ocorrida no seio de uma família que, em oposição aos efeitos já perceptíveis da revolução sexual, vive sob severas restrições morais e religiosas, é narrada pela voz coletiva e fascinada de um grupo de garotos da vizinhança.  O coro lírico que então se forma ajuda a dar um tom sui generis a esta fábula de inocência perdida.

Adaptado ao cinema por Sofia Coppola, publicado em 34 idiomas e agora em nova tradução brasileira, o livro de estreia de Jeffrey Eugenides rapidamente se tornou um cult da literatura norte-americana contemporânea. Grande parte desse sucesso se deve a sua prosa virtuosística, com um gosto por detalhes que dá às descobertas banais dos narradores – um armário cheio de cosméticos, um absorvente na lixeira do banheiro – uma vivacidade incomum.

Os mistérios vibrantes do "intoxicante caos feminino" se misturam a certa melancolia que evoca  - nostálgica e criticamente – valores e sentimentos do que se convencionou chamar de sonho americano.

Desse cenário idílico, de regadores automáticos nos jardins, meninas "transpirando néctar" à beira da piscina e manhãs de domingo em que "espetáculos com a frigideira" produzem panquecas, surge uma beleza estranha e arrebatadora, definida pela crítica do New York Times Michiko Kakutani como "pequena e poderosa ópera no formato inesperado de romance".

 

Uma história muito intensa – claro que não poderia ser diferente, pois se trata de suicídio –, mas ao mesmo tempo muito singela. A voz narrativa é bem trabalhada e interessante, pois  os garotos, que depois se tornarão homens, conseguem fazer com que os leitores entrem na história. É um modo de narrar bem diferente, pois parecia que os meninos/homens ainda estavam tentando compreender e entender o que levou as garotas Lisbon ao ato extremo de tirar as próprias vidas – e mesmo muito tempo depois do fato, eles ainda não chegaram a uma resposta, e acho que essa viagem toda que é o livro é para levar a nós, leitores, a ajudá-los a isso.

A primeira das cinco meninas a se suicidar foi Cecilia e, para os meninos da vizinhança, foi o primeiro contato com a morte! Dá para perceber o choque que sentem e tal fato só serve para aumentar ainda mais a curiosidade e glamour que as meninas Lisbon exercem nos vizinhos. Fora da escola, eles só veem as meninas quando elas saem para ir à missa de domingo ou  quando aparecem nas janelas ou na frente da casa rapidamente. A mãe é uma mulher que prende muito as meninas e não permite que elas se socializem muito. E, na escola, elas não têm muito liberdade, pois o pai é um dos professores.

Como disse, a narração é feita pelos homens que esses meninos se transformaram. Às vezes temos a impressão de que eles estão escrevendo uma tese, pois citam anexos e entrevistas que fizeram com pessoas que viviam na região e com os próprios Sr e Sra. Lisbon. Além disso, eles puxam pela memória e vão trocando lembranças e informações que tinham ou ouviram quando adolescentes e os marcaram. Não é uma narrativa muito linear, portanto, mas é algo que vai aumentando o suspense. Claro que, pelo resumo, já sabemos o que vem pela frente, mas queremos ver como e descobrir o porquê!

Eu acho que o autor conseguiu escrever uma obra em que permite ao leitor inferir e tirar suas conclusões e a interagir com a história de acordo com sua experiência de vida e olhar pessoal. Eu, por exemplo, senti que o livro era uma ode a vida, pois os meninos narradores constantemente nos lembravam das dificuldades que sentiram ao crescer e em como a vida nem sempre foi fácil e legal com eles, mas nem por isso desistiram dela e acho que, por isso, buscavam tanto entender o ato das meninas Lisbon. A prosa é riquíssima e, às vezes, uma única palavra era capaz de nos abrir mundos e suposições diversas!

Pode parecer pelo resumo, que já nos diz o que esperar, que o livro é previsível. Ledo engano! Esse livro traz tantas coisas inesperadas e nos ajuda a fazer tantas descobertas e abre tantos questionamentos que a leitura é realmente inédita. E posso dizer que em futuras releituras, vou descobrir novos ângulos e visões, pois o autor realmente sabe como trabalhar as palavras e como ir conduzindo o texto para um aproveitamento sensacional da história.

Super recomendo!

11 de março de 2013

Wild Invitation de Nalini Singh

 

A Psy-Changeling Collection (Psy Changeling 0,5 / 3,5 / 9,5 / 10,5)

Beat of Temptation: Inocente Tamsyn sempre guardou um lugar em seu coração para Nathan, um Sentinela dos DarkRivers. Mas estará pronta para as duras exigências do laço de companheirismo?

Stroke of Enticement: uma cautelosa jovem professora, cética em relação ao amor, incita o homem  - e animal – em um agressivo changeling leopardo que deve provar que sua afeição é verdadeira.

Mais 2 novellas (contos) nunca antes publicados:

Declaration of Courtship: Grace, uma tímida loba submissa, se vê perseguida pelo último homem que poderia imaginar: um Tenente SnowDancer conhecido por ser "mau, louco e perigoso de se conhecer".

Texture of Intimacy: a curandeira dos SnowDancers, Lara, descobre as intensas alegrias – e desafios inesperados – de se ver companheira do quieto e poderoso Walker, um homem acostumado a manter seu silêncio.

Devo dizer que uma de minhas maiores decepções é que nenhuma editora brasileira ainda descobriu Nalini Singh! Essa autora é fantástica e cria universos tão envolventes que é impossível não se apaixonar por seus personagens e mundos! Ela está com duas séries de grande sucesso: Psy-Changeling e Guild Hunters – e vem brindando seus fãs com histórias incríveis e super cativantes e bem escritas.

Nesse livro somos presenteados com 4 histórias no universo Psy-Changeling: duas já publicadas e duas inéditas. O interessante é notar que as duas já publicadas se passam com os leopardos DarkRivers e as inéditas com os lobos SnowDancers. Quem me acompanha, sabe que tenho predileção pelos lobos – se bem que os leopardos são fantásticos também, claro. Quando digo que essas histórias são presentes, é porque considero desse modo, pois é através desses contos que vamos nos aprofundando na vida dos clãs e descobrindo mais sobre o dia a dia dos changelings e vendo a vida familiar e grupal.

Como fã que sou de Nalini, já tinha lido os contos publicados -  e já comentei sobre eles no blog – e foi uma delícia reler e rever os personagens. No conto Beat of Temptation vamos ver como Tamsyn e Nathan acabaram juntos. Logo no primeiro livro da série – Slave to Sensation – vemos que Nate e Tammy estão casados e felizes, inclusive já com os dois filhos, os leopardinhos gêmeos Roman e Julian (que roubam a cena quando aparecem, pois são ultra fofos!!!). Aqui vemos que o caminho deles para a felicidade não foi tão fácil e vamos sofrendo com a teimosia de Nathan e o desejo de Tamsyn e a luta que travam até se entenderem. A história é muito emocional e vamos percebendo o conceito de mate e mate bond (que é o cordão que une os companheiros e que só se completa quando a mulher aceita o homem). O melhor é vermos Lucas (o alfa e herói de Slave do Sensation) ainda um adolescente de 15 anos - e já se mostrando maduro - e o modo como o clã estava abalado e precisando se reorganizar depois do ataque cruel de outro clã (história que vemos em flashback no primeiro livro).

Em Stroke of Enticement temos a história de Annie e Zach e descobrimos que changelings e humanos também podem ser companheiros (mates) e o modo como o amor vai chegando de repente e transformando a vida das pessoas. Annie é professora primária (ela tem alunos na faixa dos 7 anos) e dá aula para o sobrinho de Zach. Bryan apronta na escola e Zach é chamado para uma conversa, pois os pais do menino estavam ocupados e não podiam comparecer. Zach é um leopardo dominante e soldado dos DarkRivers, mas além disso ele é guarda florestal. Logo que ele vê Annie, pinta uma atração e logo homem e leopardo percebem que ela é a companheira deles. Daí é partir para a conquista, o que é difícil, pois Annie vem de um ambiente familiar e uma história de vida em que o amor não é algo muito presente e ela não acredita muito que a felicidade seja destinada a ela! Sorte que Zach é persistente e pode contar com o apoio e ajuda do clã para trazer Annie para ele...

Daí chegamos às histórias inéditas e devo confessar que são histórias que estava louquinha para ler, pois a corte que Cooper fez para Grace foi comentada no livro da Índigo – e os amigos tenentes não poupavam o pobre de brincadeiras. E a história de Walker e Lara, que  começou no livro Kiss of Snow, trouxe um outro ângulo para o romance que me fazia torcer muito...

Como sabemos o território dos SnowDancers é muito vasto e Hawke, o alfa, conta com seus muitos tenentes para ajudá-lo a administrar e trazer a prosperidade ao clã. Cooper é um desses tenentes e é responsável pela parte norte das montanhas São Gabriel e é nesse complexo que ele recebe Grace, uma engenheira que trabalha na manutenção do ambiente dentro da montanha onde os lobos vivem. Acho interessante o modo como os lobos constroem suas casas dentro das montanhas e criam toda uma cidade por lá – só não imaginava a enormidade que é criar a luz do dia e da noite, a circulação do ar, as luzes e comunicações e tudo o mais que uma cidade exige para sobreviver. É por isso que sempre me surpreendo com a capacidade de Nalini em nos trazer para dentro desse universo tão complexo que ela cria e divide conosco!

Bom... Cooper é um lobo dominante – e super dominante, pois como tenente ele só está abaixo do alfa e de seus companheiros tenentes – que se vê, de repente, atraído por uma loba submissa (e no espectro do clã, Grace é super submissa) e tem de conquistar mulher e loba de tal forma que a entrega seja feita de livre e espontânea vontade e não como efeito de medo e submissão natural. É por isso que ele declara que fará corte a ela! E somos então envolvidos no complexo sistema hierárquico dos lobos e no modo como as relações são tão bem balanceadas e como todo cuidado é pouco nessa dança de sedução e confiança que se estabelece entre Cooper e Grace! Claro que quando o clã percebe o que está acontecendo, todos ficam de olho e começam as intromissões e brincadeiras... Adoro ver como os lobos são fofoqueiros e curiosos! Cooper e Grace me conquistaram!

E daí chegamos a Walker e Lara! No decorrer da série já dava para ir percebendo que os dois tinham algo a mais, mas como Walker é Psy e, portanto, frio e distante, estava ficando cada vez mais claro que Lara estava sofrendo e se sentindo rejeitada... Mas em Kiss of Snow vemos que Lara finalmente consegue fazer Walker sair do casulo – e como ele sai.... afffff! – e o relacionamento deles se torna intenso e lindo! Aqui os vemos quase que logo após os acontecimentos do livro e vamos acompanhando como eles vão construindo um amor tão perfeito  e delicado e complicado devido em grande parte às diferenças de visão de mundo. Acho que Nalini é perfeita por nos fazer ver que nem tudo são flores nos relacionamentos e que é preciso investir carinho e amor e conversa e briga para que se chegue à felicidade. Adorei ver como Walker e Lara não têm medo de se abrir e se mostrar e fazer o outro entender o que realmente precisam um do outro. Eu particularmente adoro ver quando um Psy se abre para o amor e ver Walker, um homem que me surpreendeu muito ao narrar sua história, feliz é um verdadeiro presente!

E agora é esperar o 12º livro da série, que pelo mistério todo ao redor dos protagonistas e trama, vai ser um dos melhores da série! (pelo menos assim espero...)