27 de novembro de 2010

Hot in Here de Sophie Renwick

Chef celebridade e famoso mulherengo, Bryce Ryder não consegue acreditar nos pensamentos que vem tendo com sua velha amiga Jenna McCabe. Ela sempre foi a tímida vizinha, mas quando uma má publicidade ameaça tudo o que ele construiu, Jenna é toda negócios – e mostra um lado de si que é o de assumir a situação e é totalmente irresistível.

Logo as coisas começam a esquentar dentro e fora da cozinha – e todas as fantasias secretas que Jenna tem com Bryce começam a se tornar realidade. Mas será ela aquela que domará o coração dele, ou o sexy chef está apenas saciando mais um de seus desejos?

Jenna sempre foi apaixonada por Bryce. Eles se conheceram ainda na escola e Bryce praticamente vivia na fazenda da família de Jenna. Ele era de família rica, de pais omissos, e encontrou com os McCabe a família que sempre sonhou.

Bryce tem um programa de culinária na TV a cabo e um restaurante que não pára de crescer. Ele faz muito sucesso com as donas de casa, pois sua comida é do tipo confortável, daquelas que alimentam o corpo e o espírito. (Fiquei louca de vontade de provar algumas delícias que ele criava, principalmente as sobremesas… ai ai). Mas uma revista de fofocas coloca umas frases, que ele realmente disse, bem fora do contexto e, de repente, Bryce se vê com a reputação em jogo.

E é aí que entra Jenna! Ela tem uma agência de publicidade e marketing e Bryce a chama para ajudá-lo a reconquistar suas fãs. Mas ao vê-la toda segura de si em seu trabalho, ele começa a enxergá-la e a perceber que gosta muito do que está vendo! O problema é que ele sempre afirmou não querer compromisso sério, e Jenna não vai se contentar com nada menos do que casamento!

O livro é muito, muito HOT! Sophie consegue dosar romantismo com cenas mui calientes com maestria. O livro é uma delícia, e ver Bryce e Jenna tentando se acertar e vencer os medos é muito prazeroso.

Destaque para Trey – irmão mais velho de Bryce – e Sarah – irmã de Jenna – que resolvem se unir para bancar o cupido! Todos percebem que Bryce ama Jenna, menos o próprio… Então nada mais justo do que uma certa ajudinha dos irmãos. Só que essa ajuda quase põe tudo a perder!

Outro destaque: Jenna não é do tipo magérrimo! Ela é uma mulher normal que adora comer – e como Bryce ama cozinhar é um casal abençoado pelos deuses!

E Sophie já vai construindo os alicerces para uma futura história: Trey e Sarah! Há muito por trás do relacionamente desses dois, pois eles não se suportam, mas daquele jeito morde e assopra que é quase uma tortura! Trey é um famoso fotógrafo de modas, sempre cercado de modelos e Sarah é plus size! Não se sabe o que aconteceu entre eles para o clima estar como está e ficar imaginando é só o que podemos fazer! E, claro, aguardar Sophie nos trazer mais essa história.

25 de novembro de 2010

Uma cena de amor de Peggy Moreland

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John Lee Carter ainda era o homem mais irresistível daquela região do Texas, mas nos últimos tempos o atraente caubói exibia mais do que sorriso sexy. Aparentemente, John Lee era pai de uma doce e linda garotinha... e Merideth tinha a impressão de que ele queria providenciar irmãozinhos para a filha...
Merideth não tinha nada contra ter filhos. Nem se importava por ter de cuidar da menina. Mas já era hora de mostrar ao teimoso solteirão que todas aquelas mamadeiras ao amanhecer e todos aqueles momentos de sedução no meio da noite só poderiam levá-lo a um único destino...

maratona banca Novembro / 2010

Pra começar esse resumo está todo errado! John Lee não era pai de Cassie, era tio. E Merideth estava sofrendo, pois acabara de perder um filho e não queria nem chegar perto de crianças… A única coisa certa é que Cassie era mesmo uma linda e doce garotinha.

Merideth era uma famosa atriz de novelas, mas estava refugiada no rancho da família por causa da perda de seu filho, nascido prematuro. John Lee, um fazendeiro vizinho que a conhecia desde que eram crianças, resolveu ajudá-la a sair da depressão pedindo que ela fosse babá de sua sobrinha orfã.

A princípio, Merideth nem queria chegar perto de um bebê. Mas Cassie, com seu jeitinho meigo e inocente, acaba lhe conquistando e ajudando na aproximação entre seu tio e a jovem.

Jonh Lee é mesmo muito mulherengo e só o pensamento em se fixar apenas com uma mulher o deixa suando frio. Foi interessante observá-lo se apaixonando sem perceber. Merideth, no começo parece bem fútil, mas depois vamos vendo como ela se escondia atrás de uma máscara de indiferença para se proteger do mundo.

Um destaque para a empregada de John Lee, que confunde Merideth com seu personagem na novela e a trata super mal e a ofende sempre… impagável!


Ainda assim achei o romance muito “corrido” (claro que teve cortes: original de 192 páginas / NC, 122), e isso visivelmente prejudicou a trama. Um livro para uma tarde chuvosa e leitura despreocupada.

23 de novembro de 2010

Fragile de Shiloh Walker

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Seis anos depois de trocar sua tralha de combate pelo avental hospitalar, Luke Rafferty ainda não encontrou o que vem procurando: uma vida normal. Em seu trabalho, Luke encara coisas tão tristes quanto àquelas do campo de batalha, nenhuma pior do que as crianças abusadas trazidas por uma bela assistente social ruiva.

Para Devon Manning, ser uma assistente social é um trabalho recompensador, mas também uma constante lembrança de sua própria juventude problemática. Devon leva tudo com a  prática de um dia após o outro… incapaz de se relacionar com qualquer um exceto as crianças que resgata.

Quando Luke encontra Devon, ele pensa que pode ter encontrado o que estava procurando, mas para conseguir a vida que quer, Luke tem de passar pelas barreiras emocionais de Devon e fazê-la perceber que seu toque curador pode ser mesmo a complicação que a vida dela necessita…

Shiloh Walker está se tornando uma de minhas escritoras favoritas. Ela tem um dom muito grande em escrever Suspense Romântico, como essa história, e nos manter presos às páginas do livro até desvendar todo o mistério!

Devon é uma assistente social muito focada em seu trabalho. Cada sucesso a faz esquecer dos inúmeros fracassos. Em suas idas ao hospital, acompanhando crianças abusadas, desnutridas ou esposas espancadas ou adolescentes estupradas, ela sempre cruza com um sexy médico de emergência, Luke Rafferty. Num mundo de tristezas, esses momentos são um oásis de tranquilidade.

Luke, por sua vez, sente-se atraído por Devon desde a primeira vez que a viu. Mas, com tanta desgraça acontecendo ao redor, como convidá-la para sair?  Vamos descobrindo que Luke é um homem muito sensível e inteligente e carinhoso.

Num lance do destino, os dois se encontram em um restaurante e começam a conversar e a se conhecer e a sair. Luke vai percebendo que Devon tem muitos problemas e segredos – abusada sexualmente pelo marido da tia dos onze aos treze anos, viciou-se em drogas e só conseguiu se reerguer com a ajuda de uma assistente social. Luke percebe os medos de Devon, os receios, mesmo sem Devon revelar-se, e vai com muita calma e carinho se aproximando e se apaixonando e fazendo com que Devon se apaixone por ele.

Mas há também um perigo rondando aos dois. Devon tem um perseguidor implacável que age nas sombras e quase a leva à loucura. Esse perseguidor invade sua casa, a segue, a observa e cria todo um clima de terror que faz com que largar o livro não seja uma opção aceitável! Shiloh nos mantém suspeitando de tudo e de todos e torcendo para que Luke e Devon superem essa sombra e tenham uma chance de ser feliz.  E é uma batalha dura, pois esse bandido está disposto a tudo para destruir Devon e Luke, inclusives algumas crueldades inomináveis!

Não posso esquecer de citar Quinn, irmão gêmeo de Luke e que algumas vezes rouba a cena. Tanto que Shiloh teve de escrever sua história também – Broken – que já li e logo venho comentar aqui. Quinn também teve uma infância terrível, pois ele e Luke, apesar de gêmeos identicos, foram separados ao nascer e só se conhecem quando tinham 11 anos. O relacionamento dos irmãos é maravilhoso e um realmente sente quando o outro está precisando de apoio ou palavra amiga.

Um livro muito intenso e com personagens muito sofridos e dispostos a dar a volta por cima!

21 de novembro de 2010

The Darkest Hour de Maya Banks

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Kelly Group International (KGI): um negócio familiar de soldados de super-elite, ultra secreto. Qualificações: Alta inteligência, corpo forte, formação militar. Missões: resgate de vítimas de sequestro/reféns, coleta de informações, fazer trabalhos que o governo americano não pode…

Já se passou um ano desde que o ex-SEAL Ethan Kelly viu, viva, pela última vez sua esposa, Rachel. Dominado pela dor e pela culpa por seus fracassos como marido, Ethan se afasta de tudo e de todos.

Seus irmãos vem tentando trazer Ethan para a KGI, tentando penetrar as barreiras que ele construiu ao redor de si, mas Ethan se recusa a responder… até que recebe um bilhete anonimo dizendo que Rachel está viva.

Para salvá-la, Ethan terá de enfrentar balas, atravessar uma selva e arriscar a ser preso por um perigoso cartel de drogas que o ameça de morte. E, mesmo que seja bem sucedido, ele terá de forçar Rachel a recuperar memórias que ela não quer reviver – cada minuto de terror de sua hora mais sombria – porque o amor e a vida deles podem depender disso.

Com esse livro, Maya nos apresenta a família Kelly. E que família! Seis irmãos – todos com formação militar, sendo que os caçulas ainda estão servindo o exército no Afeganistão – pais super compreensivos e participantes e uma união familiar que se abre para acolher quem precisa.

Ethan está sofrendo! É aniversário da morte de sua esposa Rachel e ele está bêbado e desesperado e completamente triste… Maya consegue passar bem esse desespero, essa nuvem sombria que é a alma de Ethan. Quando ele está saindo para ir ao cemitério, recebe um envelope, mas nem dá bola para isso. Mais à noite, ao finalmente abrí-lo, leva um susto! Passa de totalmente zangado com uma brincadeira sem graça a convencido de que sua esposa realmente está viva e vem sofrendo por um ano inteiro nas mãos de narcotraficantes num acampamento na selva.

Ethan busca então a ajuda de seus irmãos. Eles são a organização KGI – um grupo militar que presta serviços ao governo e a particulares quando o assunto requer coleta de informações e resgate de reféns ou vítimas de sequestro. Sam, Garret e Donovan primeiramente tentam fazer Ethan compreender que tudo pode ser uma armadilha. Rachel morreu em um acidente aéreo… impossível ainda estar viva! Mas, como já disse, eles são super unidos e, claro, que partem para uma missão de resgate.

Rachel não apenas está viva, mas com problemas muito graves: amnésia (ela só se lembra do próprio nome e do rosto de Ethan, a quem considera seu anjo da guarda) e viciada em drogas. Esse vício é uma das crueldades que fizeram com ela e algo com que ela vai ter de lutar – e muito – quando voltar a seu lar.

Ethan é um marido maravilhoso! Está sempre presente ajudando e apoiando Rachel em tudo que ela precisa, mas ele esconde algo muito grave e teme o dia em que Rachel finalmente se lembrar de tudo. Eles estão se re-conhecendo, se reencontrando. Rachel ama o marido, mas teme dizer isso a ele. Ela não sabe quais instintos a impedem de se declarar, quais os receios que a fazem temer se lembrar como eles eram juntos… E veremos que ela realmente tem motivos para isso! Com o passar do tempo, vamos vendo que Ethan não era tão perfeito e isso pode colocar tudo o que eles vem vivendo em risco!

A história é maravilhosa e os irmãos Kelly são verdadeiros heróis alfa! O suspense está na medida e a ação é de tirar o fôlego – claro, com militares sempre tem muito tiros e perseguições e perigos. Por enquanto vi que é uma trilogia – mais dois livros vão sair agora em 2011: as histórias de Sam e Garret. Mas quem sabe não vire uma série? Os outros irmãos com certeza merecem, fora os soldados que trabalham para a KGI. E além disso, a mãe deles recolhe uma adolescente das ruas que, em minha opinião, merece ter sua história também.

18 de novembro de 2010

Velvet Haven de Sophie Renwick

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Escondido dos mortais por toda a eternidade, Annwyn, o Outro Mundo, é o lar de transmorfos, espectros e dragões. Mas em um clube norturno chamado Velvet Haven, o desejo une humanos e imortais.

Construido sobre uma passagem mística para Annwyn, o clube gótico Velvet Haven já viu sua cota de almas perdidas – tanto mortais quanto imortais. É lá que Bran, o rei transmorfo dos Sidhe, procura por seu irmão, que foi enfeitiçado por uma maldição há séculos. Quando uma visão prevê sua própria morte, Bran sabe que seu tempo para encontrar Carden está acabando.

Para ajudá-lo ele se volta para Mairi, uma mulher mortal com uma aura incomum. Bran nunca gostou de humanas – apesar de buscar com elas o prazer sexual que restaura sua energia mágica. Mas com Mairi tudo é diferente. Sua curvas exuberantes e carícias provocantes o inflamam como nenhuma Sidhe jamais conseguiu. Ele não tem ideia de que a mulher por quem está caindo é a chave de sua destruição… ou salvação.

Esse é o primeiro livro da série The Immortals of Annwyn. Gostei principalmente pela criatividade da autora em misturar a mitologia Celta com a cristã: há anjos - caídos ou não -  juntamente com deuses e deusas e o povo das fadas. E uma profecia que obriga inimigos a se unirem para enfrentar um assassino que deseja acabar com ambos os mundos: o mortal e o imortal.

Bran é o rei Sidhe (celta para povo das fadas) e está enfrentando uma maldição. Ele e seu irmão estão amaldiçoados e seu está irmão desaparecido e isso o deixa possesso. Outra coisa que ele não gosta é que, quando no reino humano, ele precisa transar com humanas para poder manter sua mágica. É por isso que ele evita sair de Annwyn. Mas o brutal assassinato de uma jovem Sidhe que, além de barbaramente multilada,  foi também marcada com símbolos sagrados tanto de Annwyn quanto da língua angélica, o obriga a usar a passagem existente no Velvet Haven na busca do assassino.

No mundo humano, os assassinatos também estão acontecendo. Mairi é enfermeira em um grande hospital e presta serviço comunitário em um orfanato católico onde sua mãe trabalhava. Numa noite, é procurada pela polícia. Uma jovem brutalmente assassinada e marcada com símbolos estranhos é encontrada e entre suas coisas tinha um cartão de Mairi. Mairi a reconhece como uma menina que morava no orfanato e que tinha passado por aconselhamento. Mairi procura ajuda de sua amiga Rowan, que tem uma loja New Age,  e que conhece símbolos e ocultismo.

Em busca de respostas, elas acabam indo ao Velvet Haven onde conhecem Bran e o anjo caído Suriel. E onde se envolvem com uma profecia que traz muito perigo e muito suspense à trama.

Bran é um personagem fascinante e apaixonante. O modo como ele se entrega à Mairi e busca agradá-la, mesmo com a visão de sua morte pelas mãos de uma mulher humana, é tocante. Mairi também é uma mulher forte e decidida e luta pelo que quer.

É uma série de Urban Fantasy, portanto a trama ainda não se fechou – tem a profecia onde nove guerreiros surgirão para enfrentar o mal  e Bran é o líder. Tem um epílogo bem intrigante que mantém o suspense e o desejo do leitor em continuar a acompanhar a série. Fora que Suriel é outro personagem fascinante! Um anjo caído que ainda não se revelou bom ou mal – vimos esses seus dois lados, portanto… 

Além disso também é um livro extremamente hot! Uma série que tem tudo para agradar a muitos tipos de leitores.

15 de novembro de 2010

As Esquinas do Tempo de Rosa Lobato de Faria

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Margarida é uma jovem professora de Matemática. Um dia vai para a cidade de Vila Real proferir uma palestra e fica hospedada em uma pousada, uma casa antiga e muito bem conservada. Em seu quarto, está pendurado o retrato a óleo de um homem que se parece muito com Miguel, sua atual paixão.

Por um inexplicável mistério, na manhã seguinte, Margarida acorda cem anos atrás, na casa de seus antepassados.

Sem perder a consciência de quem é, ela odeia esta volta no tempo, mas aos poucos vai se adaptando. Conhece o homem do quadro e apaixona-se por ele. Após um acidente fatal, Margarida regressa ao presente.

Romance simultaneamente poético e fantástico, As Esquinas do Tempo é mais uma prova do indiscutível talento literário de Rosa Lobato de Faria.

Desafio LiterarioNovembro / 2010

 

Rosa é uma poeta! Está escrito na orelha do livro e dá para se perceber durante a leitura, pois, mesmo estando em prosa, têm frases do livro que são pura poesia!  Me peguei relendo frases e ficando encantada com a escrita!

Margarida vai a um congresso em uma cidade do norte. Resolve passar a noite numa hospedaria de propriedade de três irmãs. Uma casa antiga transformada em hotel. No quarto em que fica hospedada há o quadro de um homem muito sensual, com um olhar perturbador e que parece perseguí-la nos menores movimentos. Ela se sente meio estranha, vendo e ouvindo coisas e acha que exagerou no vinho durante o jantar. Mas no dia seguinte acorda 100 anos no passado, na mesma cama, no mesmo quarto. Só que sem o retrato perturbador e sem os confortos modernos. Mais perturbador é  o fato de que mantém todo o conhecimento de quem é e de onde veio. Ela então percebe que o quarto deve ser uma das esquinas do tempo – um lugar onde o tempo corre de forma diferente e você pode navegar nele (achei super poético o modo de Rosa chamar de esquina do tempo o que muitos chamam de portal).

Margarida, apesar de estranhar, não se desespera nem amaldiçoa… ela fica calma e segue como se fosse tudo super normal, entra no ritmo da casa e vai se colocando a par do que está acontecendo e toma cuidado para não se entregar e acabar sendo considerada louca… É então que aparece Miguel! Miguel que é parecido com o homem com quem está saindo no presente… um homem casado com quem está tendo um caso. Miguel, no passado, é sobrinho de um juiz que está noiva da irmã caçula de Margarida. Margarida o seduz e os dois se envolvem e se apaixonam e resolvem se casar. Tudo no espaço de três meses.

Enquanto Margarida está no passado, sua mãe e Pedro, um professor de Matemática que é apaixonado por Margarida, a procuram e ficam preocupados com seu desaparecimento. A mãe dela percebe que a pousada onde ficou hospedada é a antiga propriedade de sua família, onde viveu sua tia-avó Margarida. Vamos assim, fechando um pouco o círculo e entendendo o que se passa. E vamos também percebendo que Margarida e Miguel têm história que passa de uma vida a outra. E quando ela volta ao presente, essa ligação se faz mais forte e linda.

Gostei do modo como vamos acompanhando os acontecimentos no passado e no presente e o modo como Margarida tenta buscar respostas no presente sobre o que aconteceu no passado depois de sua volta. É um livro instigante e interessante e que deixa muitas questões para o leitor ficar pensando. E com um final muito poético!

11 de novembro de 2010

Rendição de Josiane Veiga

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Dentro da moralista sociedade japonesa, duas almas gêmeas lutam desesperadamente para viver seu amor.


Ken Takeshi foi descoberto na infância por um caça talentos. Artista nato, ao lado de quatro amigos tornou-se um dos maiores ídolos do Oriente. Porém, o rapaz que era o sonho de todas as mulheres amava outro homem...
Rendição fala da luta de dois jovens para viver um amor proibido. E Josiane Veiga, a autora, comenta: “É uma história de amor. Uma pura história de amor, capaz de enfrentar todos os desafios, sem deixar-se abater.”

Conheci a Josy – quer dizer, sua obra – no Orkut quando ela postou a história A Insígnia de Claymor (que logo vai ser publicada também). Adorei o estilo dela e quando vi que ela ia publicar seu primeiro livro, não hesitei em comprar.

Rendição é como a autora disse: uma história de amor! As inseguranças, os receios, a paixão, a entrega, as brigas, as reconciliações, os ciúmes – temos tudo isso nesse volume. E com uma trama tão bem tecida, tão bem escrita que é difícil largar o livro até chegar ao final.

Ken Takeshi, Kazuo Ninomura, Aiko Morita, Shuichi Sakamoto e Kin Matsuda se conhecem ainda criança no escritório de um caça talentos. Eles são logo contratados e explodem no estrelado com a banda Jishu (Rendição em japonês). Apesar de músicos, eles descobrem outros talentos, como interpretação e artes plásticas e se entregam a eles nas horas vagas. Além disso, eles têm um programa de variedades na TV. É sempre muito trabalho, muitos compromissos e muito carinho para com as fãs. São homens famosos, desejados, ricos e talentosos.

Mas eles também têm sentimentos que escondem uns dos outros. Sentimentos tão complexos que os assustam e intrigam. Ken é apaixonado por Kazuo. Mas como saber se é correspondido? Como se abrir e arriscar perder a amizade que tanto valoriza? Como esconder, se é aparente para todos seus sentimentos? Sorte que eles podem fazer “fanservice” (não conhecia esse termo, mas é quando os artistas se insinuam um para o outro, criando aquele clima sexual e andrógino) e isso serve para “aliviar” um pouco, mas não ajuda a enfrentar a situação. E, além disso, tem o medo de enfrentar a sociedade e da reação das fãs.

Até que um dia eles resolvem se abrir e descobrem que o sentimento é mútuo! E daí nasce uma história de amor cheia de altos e baixos, de muitos momentos de ternura interrompidos por muito sofrimento. Surge uma vilã que dá vontade de torcer o pescoço, aliás mais de um vilão surge querendo separar nossos amigos e um festival de intrigas e confusões consegue abalar a amizade dos cinco… E o interessante é ver o controle que Josiane tem de toda a obra! Ela consegue nos conduzir pela história e nos mostrar que não existe só preto e branco. Seus personagens trazem problemas e dificuldades reais, enfrentam os obstáculos com garra, mas também se sentem inseguros, com medo…

Além de Ken e Kazuo, Aiko e Shuichi também se envolvem romanticamente… e quase roubam a cena! Aiko é um personagem maravilhoso, daqueles que todo mundo adoraria ter como melhor amigo: compreensivo, alegre, presente. Fazia um contraponto com Kazuo, que é bastante birrento e com um humor que variava muito. Muitas vezes me peguei com raiva de Kazuo, pois ele era muito indeciso, muito egoísta e fazia Ken sofrer. Claro que, depois, a gente até entende o porquê de ele ser assim, e ele muda muito no decorrer da história, mas tinha horas que me pegava pensando o que Ken tinha visto nele. Mas também era impossível não torcer para que tudo desse certo entre eles!

Josy nos trouxe uma história muito bonita e sensual e romântica. Vale a pena conhecer esses cinco amigos e se envolver em suas vidas. Aqui você tem o link para adquirir o livro. E se você quiser tentar sua sorte, o blog Mulheres Românticas está sorteando um exemplar. É só clicar e participar.

4 de novembro de 2010

Play of Passion de Nalini Singh

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Em sua posição como rastreador do clã SnowDancer, é função de Drew Kincaid de por as rédeas em changelings selvagens que perderam o controle de sua metade animal – mesmo que signifique ter de matar aqueles que não tiverem salvação. Mas nada em sua vida o preparou para a batalha que deve agora travar para ganhar o coração de uma mulher que faz seu corpo se incendiar… e que ameaça escravizar seu lobo.

Tenente Indigo Riviere não é de permirtir privilégios de toque tão facilmente, especialmente do tipo sensual – e a última pessoa que espera se ver desejando é o homem mais perniciosamente brincalhão da toca. Tudo que sabe lhe diz para se afastar antes de as chamas os queimarem à cinzas… mas ela não contava com a determinação de Drew.

Agora dois dos lobos mais teimosos dos SnowDancers se vêem jogando um jogo quente e sexy, mesmo com o perigo letal que está rondando o lugar que chamam de lar…

Esse é o nono livro na série Psy-Changeling (desconsiderando-se as histórias que saíram em antologias, bem dizendo). Nele, Nalini nos leva ao covil dos lobos, literalmente!

Como sabem, há dois clãs principais na série: os DarkRivers (leopardos) e os SnowDancers (lobos). O que mais gosto nos lobos é que eles vivem todos juntos, como num grande condomínio, no caso uma toca subterranea no interior de uma montanha na Sierra Nevada (foto). Há alojamentos para os solteiros, os casados, há lugar como creches para as crianças e todos cuidam uns dos outros, enfim uma verdadeira cidade.

O território dos SnowDancers é muito grande, chegando a pegar várias cidades. Hawke precisa contar com seus tenentes e pessoas de confiança para poder comandar tamanho clã. Conhecemos alguns bem de passagem e espero que no futuro Nalini nos mostre suas histórias. Alguns me deixaram bem curiosas.

Indigo é a mulher de mais alto ranque do clã. Ela só fica atrás de Hawke (alfa) e de Riley, que é o segundo em comando e irmão de Drew. Seu lobo é  altamente dominante o que dificulta – e muito – seus relacionamentos. Drew é o rastreador do clã. Ele nasceu com o dom de poder seguir o rastro dos changelings que se perdem para sua metade animal. É ele também que tem de trazer esses changelings à justiça no caso de passarem da linha e não puderem mais voltar atrás. Como rastreador, seu lugar na hieraquia do clã é meio indefinido, o que faz com que Indigo não se sinta segura de que ele poderá satisfazer a ela e a seu lobo… Junte o fato de Drew ser quatro anos mais jovem e temos um aumento na resistência dela em se entregar… A questão da dominância é muito importante para ela.

Mas Drew é um homem com uma missão. E sua missão é conquistar Indigo. Para isso ele não mede esforços e ele sabe muito bem como cortejar e como seduzir uma mulher. Sorte da Indigo… Mas mesmo sendo tão criativo e romântico, ele consegue dar umas pisadas feias na bola e prejudicar sua missão.

Indigo é muito teimosa, tanto que tinha horas que eu queria gritar com ela! Mas no decorrer da história vamos vendo que ela tem motivos para temer e ser cuidadosa… E, mesmo sendo cuidadosa, ela não consegue resistir aos avanços de Drew…

Imagine como não foram motivos de comentários e olhares e especulação no clã! Morarem todos juntos dá sempre margens à fofocas e bisbilhoitces. E, claro, sempre tem aqueles que vem dar conselhos e oferecer uma força… Foi muito interessante ver o funcionamento do clã, o modo como tratam seus jovens, os treinamentos…

Mas, apesar de Nalini ter focado muito no relacionamento do casal principal, a trama paralela também mereceu bastante destaque. O Conselho Psy está dividido e uma parte planeja destruir os clãs changelings e não medem esforços para conseguir isso. Com o perigo rondando o território SnowDancer, a aliança com os DarkRivers vem bem a calhar e a união dos dois grupos é fundamental para enfrentar a nuvem escura que vem se aproximando… e cujo desdobramento vai se dar no livro de Hawke (até que enfim!!!) no ano que vem. Já estou aqui roendo as unhas de ansiedade…

1 de novembro de 2010

Cidade dos Ossos de Cassandra Clare

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O primeiro “encontro” de Clary e Jace não poderia ter sido… pior.

Ela presencia um crime cometido por Jace e outros adolescentes tatuados e equipados com chicotes brilhantes e armas pra lá de esquisitas. Ele, um nephilim – filhos de anjos com humanos – que tem como missão caçar demônios; ela, uma mundana que não se sabe por que tem o dom da Visão…

Mas as diferenças entre os dois não impedem que em 24 horas Clary se veja envolvida pelo mundo de Jace e dos Caçadores de Sombras;  a mãe dela desaparece e a própria Clary é atacada por um demônio. Aparentemente, ela não tem a quem recorrer além de Jace. Mas por que um demônio estaria interessado em uma mundana como Clary? E como de uma hora para outra ela tem o dom da Visão e percebe o Mundo das Sombras? Todos, inclusive Clary, querem saber…

Já tinha ouvido falar da série Os Instrumentos Mortais e quando vi que foi lançada aqui no Brasil não hesitei em comprar! Gostei muito desse primeiro volume e torço para que os próximos saiam logo.

O mundo que Cassandra construiu é bem interessante. O Mundo das Sombras parece ser bem real e gostei do fato de irmos aprendendo e entendendo o funcionamento dele junto com Clary. Achei que lembra um pouco Harry Potter no fato chamar os humanos de Mundanos e ter todo um mundo escondido das vistas da humanidade. Mas a semelhança pára por aí. Achei que O Mundo das Sombras é mais sombrio e aterrorizante do que HP.

Clary é uma garota comum de 15 anos que adora sair com seu melhor amigo Simon. Numa dessas baladas, ela vê um garoto de cabelos azuis (e que ela achou o maior gatinho) ser morto por três jovens: Jace, Alec e Isabelle.  Pior, só ela consegue ver os três e o assassinato… Logo no dia seguinte, o Mundo das Sombras se faz presente novamente na vida de Clary e, com ele, vem Jace e os Caçadores de Sombras. E Clary e Simon se vêem arrastado para uma guerra que ocorre longe das vistas da humanidade e a qual não sabem como enfrentar e não entendem as regras. Há feiticeiros e demônios e vampiros e lobisomens e toda uma infinidade de criaturas que interagem e vivem sobre leis estritas e rígidas.

Eu geralmente não gosto muito de livros com triângulos amorosos, – tanto é que nem terminei a saga Crespúsculo – mas adorei a interação Simon – Clary – Jace e achei que Clary soube enfrentar bem sua atração pelos dois. E Simon e Jace não ficaram se atacando o tempo todo, até que foram bem civilizados! Particularmente, eu gostei dos dois. Torci mais por Jace, mas Simon também é cativante… Dá para entender Clary perfeitamente!

O livro é cheio de aventuras e reviravoltas e romance. Mas sabe quando você percebe que a história está indo para um desfecho e você fica o tempo todo torcendo para estar errada ou que a autora faça algo para mudar o destino dos personagens? E, pior, você acerta e fica totalmente passada?  Eu fiquei assim e agora estou aqui agoniada esperando pelo próximo volume para ver o que vem pela frente na vida de nossos heróis… Espero que não demore muito a sair.