26 de abril de 2011

A Creed Country Christmas de Linda Lael Miller

Celebre as Festas com os antepassados dos Creed – homens de Montana que construiram o lar da família e estabeleceram uma legacia de amor…

Nas difíceis vastidões de Montana de 1911, o rancheiro viúvo Lincoln Creed enfrenta muito mais do que ladrões de gado, lobos e as tempestades de neve do inverno. Sua jovem filha tem necessidades além dos feijões e bacon que ele mal sabe cozinhar. Lincoln precisa encontrar uma governanta para Gracie, uma dama que possa educá-la e cozinhar – e que não fique de olho nele.

Deserdada por ter se recusado a casar, Juliana Mitchell, de 25 anos, compartilha o amor em seu coração com seus jovens estudantes da  escola indígena com parcos recursos. Quando ela conhece Lincoln e Gracie sua resposta ao belo fazendeiro a faz perceber que ela não é tão contrária ao casamento afinal de contas.

Ela anseia por ajudar, mas as duas crianças órfãs a seus cuidados precisam dela. Mas é uma estação para milagres e a Providência pode dar um jeito de unir Juliana e as crianças e a família Creed na véspera de Natal…

Bem que eu disse que logo voltaria a visitar Stillwater Springs… Acabei não resistindo a esse livro, pois além de cowboys Creed, também traz Natal – e eu amo histórias natalinas!

Aqui dá bem para se entender o encanto que os irmãos Creeds têm, pois seus antepassados são igualmente fascinantes e apaixonantes. Lincoln é um viúvo que não tem desejo de abrir seu coração ao amor novamente, mas se vê preso ao encanto de uma professora  dedicada e com muitos problemas.

Juliana é a professora da escola indígena, mas se vê desalojada e sem dinheiro e com a guarda de quatro crianças que não tem condições de manter. A escola é fechada e ela não tem como simplesmente abandonar os alunos Joseph, Thereza, Billie-Moses e a pequena Daisy à própria sorte. Ela tenta pedir dinheiro a seu irmão para conseguir passagens de trem e alojamento para elas e as crianças, mas a negativa dele é o ponto final de todas suas esperanças…  Mas aí surge Lincoln Creed e seu coração enorme e acolhe Juliana e as crianças em seu rancho para passarem o Natal – e até verem o que vai acontecer.

A história é deliciosa e Gracie, filha de Lincoln é uma criança adorável, mas já mostra bem a personalidade Creed no sentido de dizer o que pensa e lutar pelo que quer. As crianças índias são muito amorosas e sofrem com o preconceito na cidade, mas no rancho elas se sentem seguras e amadas e que pertencem a uma família.

É interessante observar as mesmas paisagens da série original – o cemitério, o pomar, a casa sede, e ver como as coisas eram em 1911. O tempo passa, mas o amor a terra e o trabalho duro continua o mesmo.

Para quem gostou da trilogia, essa história é um complemento ideal para matar um pouco a saudades e descobrir que o charme Creed vem de berço mesmo.

18 de abril de 2011

Crave de J.R.Ward

Sete pecados mortais. Sete almas que devem ser salvas. Mais uma batalha de  vale tudo entre Jim Heron, um anjo caído com o coração endurecido, e um demônico com tudo a perder.

Isaac Rothe é um soldado de operações especiais com um passado sombrio e um futuro inflexível. Alvo de assassinos, ele se vê atrás das grades, seu destino nas mãos da bela defensora pública Grier Childe. Sua intensa atração por ela é totalmente  do tipo lugar errado / hora errada – e isso é antes de Jim Heron lhe dizer que sua alma corre perigo. Pego em um jogo perverso com o demônio que persegue Jim, Isaac deve decidir se o soldade nele pode acreditar que o amor verdadeiro é a arma final contra o mal…

J.R.Ward conseguiu mesmo criar um outro universo com essa série! Apesar de seu estilo de escrita estar presente, Fallen Angels é completamente diferente da Irmandade – seja no ritmo, seja no clima. Falar que adoro o estilo de J.R.Ward é chover no molhado, mas não dá para evitar dizer que o modo como ela escreve é fantástico. E o domínio que ela tem sobre sua criação também é nítido e completo!

Nesse segundo volume continuamos a seguir Jim Heron e seus amigos anjos na luta contra o demônio e no jogo entre o Bem e o Mal que pode decidir o destino da humanidade.  Como vimos em Covet há sete almas que precisam ser salvas, mas, com o livre arbítrio, tanto o bem quanto o mal podem influenciar essas pessoas – e é aqui que entram Jim e seu oponente -  e essa salvação é o palco de uma batalha eterna e que, pelo visto, está chegando ao final – uma última chance para ambos os lados, quem perder, perde tudo!

Isaac Rothe é o alvo da vez! Um soldado assassino das X-Ops, ele deserta. Só que ele tem consciência que não há baixa dessa instituição! Se você sai, você está morto… Portanto, ele vem fugindo e se escondendo e vivendo como pode. Uma forma que encontra para se sustentar e levantar algum dinheiro é lutar. E é num ringue de luta clandestina que ele acaba preso e conhecendo Grier Childe, uma advogada riquíssima que, além de ter um escritório ultra tradicional,  trabalha pro-bono na defensoria pública.

Grier e Isaac sentem uma atração instantânea um pelo outro. Mas as diferenças entre eles, mais o fato de serem cliente e advogado, faz com que não se entreguem a esse sentimento. Claro que as circunstâncias e acontecimentos vão colaborar para uní-los e fazer com que lutem lado a lado. E posso garantir que as surpresas nesse caso são muitas e muito bem explicadas!

O começo da história é super lento! Tão lento que quase desanimei em ler – tanto que li alguns outros livros para contrabalançar. Mas quando a história engata é impossível de largar! E, quando você acha que tudo está se encaminhando para uma direção, J.R dá uma guinada tão grande que você acaba perdendo totalmente o rumo e a direção! E não foram poucas as guinadas… realmente um livro com muitas surpresas e reviravoltas incríveis!

Eu considero Fallen Angels uma série muito mais sombria que a Irmandade. O demônio que luta contra Jim é realmente um ser terrível e cruel e não mede esforços para dominar e derrotar seus oponentes. Algumas cenas são realmente muito pesadas e de muito sofrimento. Ainda bem que temos Nigel, Colin e os outros dois arcanjos para nos dar um alento e trazer um pouco de humor e luz – apesar de, algumas vezes, ter ficado com uma pontinha de raiva deles…

Dessa vez a ação não se passou em Caldwell, portanto nada de avistar nossos meninos da Irmandade. Mas Envy (o próximo livro) vai voltar a Caldwell e  então quem sabe…

15 de abril de 2011

Montana Creeds de Linda Lael Miller

 

Logan: Depois de vagar por anos, Logan Creed, um cowboy com um diploma de Direito enferrujado, voltou para casa. Para fincar raízes, restaurar a negligenciada fazenda da família… ter filhos que terão orgulho de usar o nome Creed.

Briana Grant, divorciada e mãe,  ouviu as histórias sobre seu belo vizinho. Então, a gentileza de Logan com seus filhos pequenos foi uma grata surpresa, principalmente quando seu ex volta. E quando um inimigo desconhecido vandaliza sua casa, Logan mostra a Briana – e ao povo do condado de  Big Sky – do que ele é feito…

 

 

Dylan: Conhecido como “bad boy dos rodeios” por seu talento em domar touros e mulheres, Dylan Creed gosta de viver sempre na correria. Mas quando a filha que ele raramente vê é abandonada pela mãe, Dylan volta pra casa, para o rancho Stillwater Springs. De alguma forma, o campeão em enfrentar touros tem de se tornar um pai campeão, e rápido.

A bibliotecária da cidade, Kristy Madison, fica surpreendendemente calada quando Dylan Creed aparece com uma menininha para a hora da história. O homem que deixou um rastro de corações partidos – incluindo o dela – voltou… e dessa vez Kristy está determinada a domar os modos selvagens dele de uma vez por todas.

 

 Tyler: Seja ganhando o cinturão de campeonato, ou lidando com o pessoal de Hollywood assinando contratos, o ex astro de rodeios Tyler Creed pode lidar com qualquer coisa. Exceto permanecer no mesmo pedaço de terra com seus irmãos. Ainda assim, eles estão em Stillwater  Springs, mal se falando, mas tentando restaurar o rancho e a família Creed.

Lily Kenyon conhece muito bem sobre afastamento de família e sobre segredos. A mãe solteira voltou para casa para acertar as coisas, dar raízes para sua filha. O que ela não esperava era Tyler Creed, a quem ama desde a adolescência. Agora o belo e teimoso cowboy que saiu de casa em busca de fortuna, pode descobrir que ela sempre esteve sob os céus de Montana…

 

Já tinha ouvido falar muito bem dessa trilogia e, então, nada mais natural do que correr para lê-la. E o que descobri foi uma história deliciosa e que me fez gostar muito de cowboys!  E quando digo correr, quero dizer que é impossível de largar – terminava um e já engatava o outro!

Resolvi fazer um post único com os três livros pelo motivo de a história que corre entre eles ter um forte elo e ser o motivo da série: a busca de Logan, Dylan e Tyler pela recuperação de seu rancho, sua família e, principalmente, fazer as pazes com o passado para poderem ter algum futuro.

Os irmãos Creed partiram cada um para seu lado logo depois do funeral do pai deles. Logo após colocar o velho Jake em seu repouso eterno, Logan, Dylan e Tyler foram ao bar da cidade onde beberam muito e se envolveram numa briga violenta. Acabam cada um em uma cela na delegacia da cidade e, no dia seguinte, partiram e nunca mais se falaram ou se reuniram.  Todos construiram suas vidas ao redor dos rodeios, onde foram campeões e ganharam dinheiro. Souberam aplicar e obtiveram sucesso, mas sempre faltava  algo…

Então Logan decide voltar para o rancho da família! Ele está cansado de pular de galho em galho e pretende se reestabelecer na terra de seus antepassados e recuperar seu rancho e o nome da família. Ele tem esperança de atrair seus irmãos para a cidade e, juntos, poderem reconstruir sua herança e ver o nome Creed ser motivo de orgulho e força e não de confusão e baderna e bebedeiras. Claro que, na medida do possível, seu plano é bem sucedido e a reunião acontece, mas há muitas coisas a serem resolvidas e descobertas e enfrentadas pelos irmãos para que haja o perdão e que a amizade que tinham possa ser restabelecida.

E é aqui que entram as mulheres! Elas são o apoio que eles necessitam e a força que os escoram para que eles possam se ver e se aceitar como são. Elas também têm seus demônios e problemas a enfrentar e, juntos, os casais encaram os desafios e começam a se abrir para o perdão e o futuro.

Outro ponto positivo é que, como o decorrer dos livros, a gente se sente parte da cidade! Linda consegue nos trazer para dentro da comunidade de Stillwater Springs e acompanhamos não apenas os irmãos e suas companheiras, mas o dia a dia de uma cidade pequena, com suas fofocas, seus cidadãos, sua cultura… Gostei muito disso! Torci pela vitória de Jim Huntinghorse quando concorreu para xerife, me surpreendi e me comovi com o xerife Books e sua preparação para a aposentadoria.

Agora, se me perguntarem pelo livro favorito digo que adorei todos. O de Dylan me comoveu mais, mas adorei a garra de Briana e o modo como ela conseguiu dar a volta por cima depois do que o ex-marido fez com ela e os filhos… Já Tyler é o mais hot dos três e com algumas reviravoltas bem interessantes. Cada um tem seus pontos fortes e fracos e, no geral, formam uma história de luta e superação e perdão e recomeços.

Gostei tanto que já estou de olho nos novos livros que ela vai lançar (e já está lançando) e acho que logo vou voltar ao tema dos cowboys! Mais informações no site dela.

10 de abril de 2011

Romeu, Romeu de Robin Kaye

Domestic Gods # 1

Rosalie Ronaldi não tem nadica de nada de dons domésticos…

Tudo que a preocupa é sua carreira, então ela vive de comida pronta e martinis, guarda os sapatos debaixo da mesa de jantar, seus sutiãs pendurados na cortina do banheiro, e suas roupas no sofá…

Nick Romeo é a fantasia de qualquer mulher: alto, moreno, lindo, rico, muito bom de cama E adora cozinhar e limpar a casa…

Ele diz que quer uma mulher independente, mas quando conhece Rosalie , tudo o que quer é tomar conta dela. Antes que se perceba, ele limpou o apartamento dela, abasteceu a geladeira  e adotou o cachorro…

Então qual é o problema? Apenas uma pequena troca de identidade, espionagem corporativa, esconder-se um passado de delinquência juvenil e uma grande e intrometida  família italiana atrapalhando…

Uma história super deliciosa e com muito humor! Quem não conhece uma família italiana: barulhenta, intrometida, amorosa, briguenta? Eu me identifiquei totalmente com a história, pois venho de uma família assim…

A mãe de Rosalie quer que ela se case! Fica cobrando uma posição e exigindo que a filha não se entregue tanto ao trabalho, mas arrume um bom homem e comece a constituir uma família. Quando ela rejeita a proposta de casamento de seu namorado é a gota d´água no relacionamento das duas…

Nessa mesma noite Rosalie conhece Nick. Ele a socorre com um guincho quando ela tem um pneu furado e se vê sem estepe. Apesar de trocarem algumas palavras rudes, os dois combinam um café para quando ela for buscar o carro na concessionária na noite seguinte.  Acontece que Nick não é um simples mecânico, como Rosalie pensava. Ele é Dominick Romeu, dono de uma rede de concessionárias e um dos solteiros mais cobiçados da cidade.

Esse primeiro encontro é bem quente e logo os dois percebem que querem a mesma coisa: relacionamento estável, mas sem possibilidade de casamento, já que os dois são avessos ao matrimônio! Por uma série de circunstâncias, os dois começam a morar praticamente juntos e daí vamos ver como eles resolveram as mentiras e confusões que criaram…

Agora, um aparte: se existir um homem como Nick por aí, quero o endereço! Como não se apaixonar por um homem que adora limpar a casa e cozinhar? Era maravilhoso ver Nick passando o aspirador e dobrando as roupas e cozinhando sempre que ficava nervoso ou ansioso! Agora Rosalie… essa é das minhas! Deixava  tudo jogado e bagunçado, nunca conseguia encontrar nada (e ficou ainda pior depois que Nick passou a arrumar o apartamento…).

Como disse, esse livro tem um humor divino e diálogos super afiados e afinados… Um livro perfeito para descontrair e divertir! E com muito romantismo, claro…

3 de abril de 2011

Lover Unleashed de J.R. Ward

Payne, irmã gêmea de Vishous, é feita da mesma matéria guerreira de seu irmão. Uma guerreira por natureza e uma pessoa independente quando se trata do tradicional papel das Escolhidas, não há lugar para ela no Santuário,  mas, também, não há lugar para ela na frente de batalha…

Quando sofre um ferimento que a paralisa, o cirurgião humano Manuel Manello é chamado para tratá-la como somente ele é capaz – e ele logo se vê sugado para esse mundo perigoso e secreto. Embora ele nunca tenha antes acreditado em coisas que andem na escuridão – como vampiros – ele logo se pega mais do que disposto a ser seduzido por essa poderosa fêmea que marca seu corpo e sua alma.

Enquanto os dois descobrem muito mais do que uma conexão erótica, o mundo humano e dos vampiros colidem … bem quando uma conta de séculos chega a Payne  e coloca seu amor e sua vida em um perigo mortal.

 

Todos sabem que a Black Dagger Brotherhood é uma das séries que sigo com uma religiosidade ferrenha! O duro é que só sai um livro por ano e a espera é angustiante, mas sempre vale a pena…

Nesse novo livro – Lover Unleashed – temos a história de Payne, irmã gêmea de Vishous, que ficou aprisionada no Santuário por toda a vida. Ela já vinha aparecendo nos outros livros e não é uma Escolhida pacífica e obediente e calma, como deseja sua “querida mãezinha”. Para ela, esse confinamento é uma tortura e ela não hesita em deixar isso bem claro!

No livro anterior, vemos Payne ser gravemente ferida e ser transportada do Santuário para o Quartel General da Irmandade para ser tratada. Acontece que o ferimento é muito grave e se decide buscar ajuda fora, mais precisamente do ex-chefe de Jane, o Dr. Manuel Manello.

Manny ainda não se recuperou bem dos fatos acontecidos há um ano atrás (não vou falar para não dar spoiler pra quem ainda não leu todos os livros). Ele está trabalhando normalmente, mas anda sofrendo de enxaquecas e se sentindo meio afastado de tudo. Então, quando Jane re-aparece para ele, é um choque! E descobrir sobre uma nova espécie e se ver sentindo-se atraído por uma vampira não é nenhum passeio no parque também!

O desenrolar da história entre Manny e Payne não foi bem o que eu estava esperando – apesar de ter uma de minhas principais suspeitas confirmada no final. Adorei o modo como JR tratou o assunto e desenvolveu o romance entre eles! Afinal, um humano e um vampira não é uma coisa muito comum, principalmente pelo modo como as mulheres são super protegidas nesse mundo  vampiresco!

Tinha lido algumas conversas e alusões de que Vishous aparecia muito nessa história (chegando mesmo a roubar a cena!), e isso é realmente verdade! Ao descobrir que tem uma irmã – gêmea, ainda por cima – e que essa irmã viveu praticamente prisioneira de sua mahmen não ajudou muito a sanidade mental dele! V passa, então,  por uma crise existencial, que rapidamente se transforma numa crise conjugal, e que o transporta a um passado que ele não deseja recordar! Gente, o sofrimento dele – e, consequentemente, de Jane e Butch – é intenso e perturbador. Eu, que sempre gostei de Vishous, mas nunca fui uma fã ardorosa dele, acabei me apaixonando pelo personagem e descobrindo e reparando muito mais nele. Jane não ficou atrás! Ver mais dela e seus sentimentos ajudou muito a resgatá-la em meus olhos e vê-la como mais do que a médica da Irmandade.

Um aparte: J.R.Ward está, nos últimos livros,  sempre trazendo alguma crise conjugal! Z e Bella já enfrentaram problemas em Father Mine. Beth e Wrath também tiveram um terreno bem acidentado em um dos livros. Agora foi a vez de Jane e Vishous!  Eu acho isso muito interessante, pois todos sabemos que não há relacionamentos perfeitos… É mais um ponto a favor do mundo criado pela Warden! Não é porque eles estão juntos, que tudo corre a mil maravilhas…

O novo grupo de guerreiros, que JR disse que ia surgir, é muito mais perigoso e preparado do que eu imaginei. E também me surpreendeu o propósito de eles virem para o Novo Mundo. Adoro quando JR não faz o que a gente está esperando, se bem que não sei se a expectativa das outras pessoas é a mesma que a minha. Em minha mente, eu tinha traçado certos caminhos, que, além de não se confirmarem, foram sumariamente mortos e enterrados no desenrolar da história… Mas a curiosidade em descobrir mais sobre eles não diminuiu. Só aumentou. Ainda mais por ela ter se fixados mais em apenas dois deles: Xcor e Throe.  E gostei muito do que vi, apesar da tensão em algumas cenas!

No resumo, ela nos diz que o mundo dos humanos e dos vampiros colidem. Tinha imaginado apenas Manny e Payne, mas há outro ponto de colisão. Há um assassino a solta e José de la Cruz e seu novo parceiro, Thomas DelVecchio, estão investigando.  DelVecchio será o herói de Envy (Fallen Angels #3) (informação obtida no grupoJ.R.Ward no goodreads). Fico aqui imaginando se será nesse livro que o mundo da Irmandade e dos Anjos se encontrarão. Não estava entendendo bem o porquê dessa investigação – a menos que fosse para José lembrar-se de Butch (que foi quem fez uma ligação para o 911 informando a localização de um dos corpos – claro que José reconheceu a voz!), mas mais para o final deu para ter uma pequena luz, que só fez  aumentar a curiosidade horrores!

Saxton e Blay e Qhuinn apareceram bem pouco, mas já deu para sentir que ainda há muito chão para eles percorrerem… Espero mesmo que Ward não nos deixe na mão com relação a esse romance! Afinal, ela começou uma história e tem de continuá-la, mesmo que seja na forma de um conto. Participando de bate-papos com ela, dá para perceber que os editores não estão botando muita fé em um livro gay tão para já na série e que esse é um assunto que ela está debatendo bastante, pois a cobrança das fãs é muito grande.

E JM não apareceu muito nesse livro! Sempre imaginei que John fosse um alter-ego da Warden. Parada aqui, pensando no que escrever – para não dar spoilers – foi que me ocorreu que o tom do livro estava diferente! Talvez fosse a falta do olhar de JM… Fora que a linguagem também está diferente! Tanto Payne quanto os guerreiros estrangeiros têm uma linguagem mais arcaica – acho que para demarcar a distância deles do mundo moderno! A falta se sintonia entre eles e a sociedade atual! Algumas expressões são bem estranhas, mas muito charmosas. Claro que as metáforas e comparações de JR continuam impagáveis! Adoro o modo como essa mulher escreve. Ela consegue transmitir um mundo de sentimentos em algumas frases… Incrível!

No mais, apesar de ter algumas cenas bem fortes e, como eles dizem lá, que não são para quem têm coração fraco, o livro é uma delícia e super rápido de se ler. Pena que depois a gente fica aqui esperando mais um ano e com DPL (depressão pós livro). Ainda mais que ela anunciou que o próximo vai ser Thorment! Vai ser mesmo um tormento esperar… mas como já disse, vale super a pena!