18 de julho de 2009

Dance with the Devil de Sherrilyn Kenyon

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Opiniões de Zarek:

Dark-Hunter: Um guardião sem alma que se coloca entre a humanidade e aqueles que querem destruir a humanidade. Ah tá. A única parte do Código de Honra que entendi foi eternidade e solidão.

Insanidade: Uma condição que muitos dizem que sofro por ter ficado sozinho por muito tempo. Mas eu não sofro com minha insanidade – eu curto cada minuto dela.

Confiança: Eu não posso confiar em ninguém… nem em mim mesmo. A única confiança que tenho é em minha habilidade de fazer a coisa errada em qualquer situação e ferir qualquer um que se colocar em meu caminho.

Verdade: Eu aturei toda minha existência como um escravo romano, e 900 anos como um Dark-Hunter exilado. Agora estou farto de aturar. Eu quero a verdade sobre o que aconteceu na noite em que fui exilado – não tenho nada a perder e tudo a ganhar.

Astrid (Grego, significado Estrela): uma mulher excepcional que pode enxergar a verdade. Corajosa e forte, ela é um facho de luz na escuridão. Ela me toca e eu tremo. Ela sorri e meu coração gelado trinca.

Zarek: Eles dizem que até mesmo o maior pecador merece perdão. Eu nunca acreditei nisso até a noite em que Astrid abriu sua porta para mim e fez com que esse animal feroz desejasse ser humano novamente. Me fez querer amar e ser amado. Mas como pode um ex-escravo, cuja alma é propriedade de uma deusa grega, sequer sonhar em tocar, quanto mais segurar,  uma estrela brilhante?

 

Quando vivo, Zarek era escravo. Nasceu escravo e  morreu escravo. Só conheceu a dor das surras, a desesperança de um dia após o outro sem perspectivas e sonhos, a indiferença, a rejeição (dos pais, irmãos, outros escravos). Cenas chocantes e que me fizeram chorar…

Depois que se tornou Dark-Hunter sua situação não melhorou muito. Após  alguns fatos nebulosos, ele foi exilado no Alasca. Isso 900 anos atrás, quando não tinha ninguém morando por lá. Ele vivia sozinho, sofrendo no inverno e no verão – principalmente no verão quando não há noite e ele não podia sair nem para procurar comida. Tudo isso fez com que ele ficasse instável. No livro Night Embrace, ele tem a chance de se redimir. Foi convocado para ajudar os Dark-Hunters de Nova Orleans durante o festival do Mardi Gras – festival que atrai muito Daimons e época em que os Dark-Hunters ficam muito atarefados.

Nem precisa dizer que ele falhou miseravelmente nesse teste! Foi visto eliminando alguns Daimons pela polícia e reagiu à prisão, ferindo alguns policiais. Por esse motivo – e algumas outras besteiras que fez – ele foi condenado à morte por Artemis. Mas Acheron não aceita e pede um julgamento. É onde entra Astrid.

Astrid é uma ninfa da Justiça. Em toda sua existência, nunca considerou ninguém inocente. Ela está se sentindo cansada e acha que não tem mais condições de julgar ninguém, mas atende ao pedido de Acheron e parte para o Alasca ver se Zarek é culpado ou inocente. Zarek não sabe de nada e acha estranho uma mulher cega (Astrid fica cega quando julga para não se deixar envolver pelas aparências) que tem um lobo como animal de estimação vivendo sozinha no Alasca. O lobo é Sasha, um Katagaria que Astrid salvou e que a ajuda. Ele é responsável por muitas risadas e cenas incríveis com Zarek.

Gostei do modo como Sherrilyn conduziu o relacionamento de Zarek e Astrid. Ele é muito fechado e usa o mau humor e lingua ferina para não deixar ninguém se aproximar, mas Astrid consegue enxergar a bondade nele em algumas ações e atos que contradizem o comportamento que ele tem. São essas contradições que lhe chamam a atenção e a faz querer saber mais sobre ele, descobrir o que o tornou tão amargo e indiferente. Mas para conseguir isso, ela precisa da ajuda de M´Adoc – um oneroi – que a transporta para os sonhos de Zarek e a deixa ver o sofrido passado que ele teve. Conhecendo-o dessa forma, ela começa a compreendê-lo e decide ajudá-lo a encontrar a verdade sobre o que aconteceu na noite em que foi exilado. E começa também a querer muito mais do que apenas dar o veredito.

Nesse livro também conheci Simi  - um demônio Caronte – a “filha” de Acheron. Simi vive como uma tatuagem no corpo de Ash e só sai quando ele comanda. Ela faz parte de uma raça extinta e age como criança, mas é um ser muito poderoso. Acheron a mima e a trata como filha mesmo e eu adorei cada cena em que ela apareceu!

E quero acrescentar que Sherrilyn conseguiu me surpreender novamente! Não há nada de previsível em suas histórias e a originalidade dela é maravilhosa. Como estou começando a série agora e já têm muitos livros publicados (já li alguns resumos e ouvi comentários) dá para perceber o controle que ela tem sobre esse universo e como todas as cenas são importantes.

Uma pequena cena:

“…

- Quem são suas irmãs, Astrid, já que elas podem destruir o mundo? – Zarek perguntou.

Astrid se encolheu um pouquinho e se mexeu desconfortável.

Isso estava para se tornar ainda pior.

Ele sabia.

Encolhendo-se ainda mais, ela sussurrou – As Moiras.

- Suas irmãs são as Moiras – ele repetiu, dizendo cada palavra vagarosamente e enunciando-as claramente para ter certeza de que não tinha se enganado.

Ela confirmou com a cabeça.

A raiva o envolveu. – Sei. Suas irmãs são as Moiras, as três mulheres responsáveis pelo destino de tudo. Mulheres que são conhecidas por não terem compaixão ou piedade por ninguém. Mulheres a quem os próprios deuses temem.

Ela mordeu o lábio – Elas não são tão terríveis assim. Elas podem ser quase legais, se você as pegar no humor certo.

- Ah Deus. – Zarek  correu os dedos pelos cabelos enquanto lutava para controlar o temperamento….

- Por favor, me diga que teve uma briga de família e que você e suas irmãs não se falam. Que elas não querem nem ouvir falar no seu nome.

- Não, não. Somos muito amigas. Sou a caçula e elas são quase como três mães para mim.

Zarek realmente choramingou com isso…”

3 comentários:

La Sorcière disse...

Adorei a estante q vc colocou no blog! Ficou show!!!
Toda vez que leio seus comentários a respeito desta série, fico com coceira para ler...mas a verdade é que são tantos livros já na minha estante esperando para serem lidos...além do que (apesar de eu ler com fluência em inglês)ler em inglês é chato....
Mas minha hora um dia vai chegar!!!
Bj

Regina disse...

Sei como vc se sente, La Sorcière.

Também estou com uma pilha enorme para ler e são tantas boas recomendações que ficamos perdidinhas rsrsrsrsrs.

Eu mesma ouço falar dessa série tem uns três anos, mas só agora resolvi arriscar - e não me arrependi.

bjs

La Sorcière disse...

Feliz dia do amigo!
Tem selinho para vc no blog,
bj!