26 de julho de 2013

Son of the Enemy de Ana Barrons

"A verdade está enterrada na memória dela. Desenterrá-la poderá matar a ambos."

O agente do FBI John Daly passou 23 anos estudando psicologia, tentando entender como seu pai acabou na prisão, condenado por um homicídio brutal.

E então ele recebe a carta. Falando sobre violação das evidências. Falando sobre a única testemunha, uma menina de 6 anos, agora com uma diretora de escola de 29 anos. Em algum lugar, enterrado em suas memórias, está a identidade do verdadeiro assassino.

John sabe que não deve ir disfarçado para se aproximar de Hannah Duncan, mas o sangue fala mais alto do que a tinta em seu pagamento.

Hannah está realmente tentando não se apaixonar pelo escritor fazendo pesquisa sobre a escola dela, mas John vem derrubando cada uma das defesas que ela construiu depois do assassinato da mãe e da rejeição do pai. Acendendo um fogo que está queimando mais alto do que qualquer um antes.

Alguém a está observando, deixando rosas e bilhetes enigmáticos. E quando as similaridades entre o perseguidor de Hannah e o assassino de sua mãe começam a aumentar alarmantemente, John tem de decidir o que significa mais para ele: a liberdade de seu pai... ou o amor de Hannah.

 

Esse é o primeiro livro que leio dessa autora e posso dizer que adorei o estilo dela! O suspense é crescente e, mesmo quando a gente acha que já desvendou o mistério, vem surpresas e reviravoltas que nos deixam de queixo caído.

John e Hannah são vítimas de um mesmo crime! O pai dele é acusado pelo assassinato da mãe dela. E, a partir desse dia, duas famílias são separadas e a vida de duas crianças nunca mais será a mesma.

John, com quase 12 anos, vê seu pai ser preso e algemado e condenado. Um pai, que era tudo para ele, lhe é tirado de forma brutal. E o que doía mais era saber que o pai estava disposto a abandonar a família por outra mulher.... A mãe dele nunca perdoou o marido e pegou John  e sumiu da cidade logo após a prisão.

Hannah, com 6 anos, estava debaixo da cama no quarto no momento em que a mãe foi assassinada. O trauma foi tanto que ela não se lembrava do que aconteceu direito. Ela só lembrava que o assassino repetia "eu te amo" sem parar enquanto esfaqueava sua mãe. E isso foi a peça chave para condenar Sam Daly, visto terem evidências de que ele era amante de sua mãe. E, por ser muito parecida com a mãe, ela enfrentou o desprezo do pai a partir desse dia!

Agora, 23 anos depois, Hannah é diretora do internato onde o pai a abandonou aos 14 anos. Depois de uma adolescência conturbada e perturbada, ela agora é uma pessoa super querida pelos professores e alunos, e uma profissional competente. Mas o assassino de sua mãe a fez duvidar do amor e ela tem medo de se apaixonar.  Até que conhece John Emerson, o escritor que veio fazer pesquisa para escrever um livro sobre a escola...

John é formado em psicologia, inclusive com doutorado, e trabalha no FBI. Sua ambição é descobrir um modo de inocentar seu pai. Até que um dia chega uma correspondência dizendo que seu pai é inocente e que as provas foram forjadas e a testemunho não era confiável, pois Hannah foi conduzida no depoimento. E, por isso, ele tira uma licença e vai atrás da testemunha chave: Hannah.

E vamos acompanhando John se aproximando de Hannah para enganá-la, pois só quer as memórias que ela tem daquele dia fatídico. E vamos vendo Hannah começando a se apaixonar por John, mesmo lutando muito contra tal fato, pois ela tem medo do amor. E só ficamos esperando a tragédia acontecer, pois quando a verdade vier a tona o sofrimento vai ser grande... Mas mesmo condenando as táticas de John, não dá para ficar indiferente à ele e o modo como essa aproximação com Hannah também vai começando a modificá-lo.

Só que nem só de tragédia anunciada se faz esse livro! Um maluco está a solta e está perseguindo Hannah, deixando rosas e bilhetes e esquilos mortos como presente para ela. E, conforme a investigação de John avança, ele descobre que a mãe de Hannah passou pela mesma coisa antes de ser assassinada. Será possível que o mesmo homem esteja agora assediando a filha? E, se for, não será esse o verdadeiro assassino? E agora, John deve provar a inocência do pai ou proteger a mulher a quem veio a amar?

Barrons vai construindo a história de tal forma que o suspense vai sempre num crescendo e os personagens vão se enredando cada vez mais numa teia de perigos e situações complicadas, e tudo isso sem descuidar do romance entre Hannah e John. Um suspense romântico muito bom e surpreendente!

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