Em uma noite fria, numa improvável esquina de Chicago, Will Grayson encontra... Will Grayson. Os dois adolescentes dividem o mesmo nome. E, aparentemente, apenas isso os une. Mas mesmo circulando em ambientes completamente diferentes, os dois estão prestes a embarcar em um aventura de épicas proporções. O mais fabuloso musical a jamais ser apresentado nos palcos politicamente corretos do ensino médio.
Um livro absolutamente delicioso e com um bom humor e alto astral fantásticos! E isso mesmo se levando em conta que nenhum dos Will Grayson sejam pessoas otimistas e alegres...
Um dos Will Grayson tem um estilo de vida em que segue duas regras que criou: 1. Não se importe com nada e 2. Cale a boca! Então ele tenta viver o máximo possível na dele, sem chamar muito a atenção e esperando o final do ensino médio. Mas é meio que impossível passar despercebido quando seu melhor amigo é Tiny Cooper, um garoto de 1,98 m e 130 kg e absolutamente gay e feliz e popular! E agora Tiny resolveu que vai investir e montar seu musical – a história de Tiny Cooper – e ele decidiu que esse vai ser o melhor musical de todos os tempos!
O outro Will Grayson tem poucos amigos e é super fechado, não revelando nada de si para ninguém, nem mesmo sua mãe. Will é gay e ainda não sabe como se abrir com quem ama. Ele vive um romance virtual com Isaac, um rapaz que vive bem longe e o único com quem consegue ser ele mesmo!
Como o resumo diz, os dois se encontram – e esperar esse encontro é bem interessante, pois como já vamos conhecendo os personagens, ficamos imaginando como eles irão interagir. E, claro, qual será a reação de Tiny ao ver dois Wills Grayson...
As tiradas dos dois Wills e Tiny são maravilhosas. Me peguei rindo várias vezes. Mas o livro também traz um tom sério e mostra bem as agruras da adolescência. Há as alegrias de descobrir o amor, o valor e delícias e dificuldades da amizade, o relacionamento com os pais, e, claro, a escola e suas matérias e ligação social. Gostei do modo como os autores trataram o tema da homossexualidade sem cair no piegas ou no dramalhão ou na comicidade.
Mas na minha opinião Tiny roubou a cena dos dois Wills e acabei completamente apaixonada por ele! Ele é um grande amigo, talentoso, um tantinho egocêntrico e completamente focado em seu musical. Ele é a força propulsora do livro e é impossível ficar indiferente em sua presença.
Não conhecia nenhum dos autores (apesar de eu ter um livro do Green em minha pilha desde a Bienal) e adorei o estilo de ambos. Recomendo!
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