14 de março de 2009

BLOOD BROTHERS de Nora Roberts

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Tinha sido a Pedra Pagã por centenas de anos, muito antes de três meninos a circularem e derramar seu sangue em uma união de irmandade libertando sem querer uma força disposta à destruição…

A cada sete anos, tem uma semana de Julho em que os habitantes fazem coisas indizíveis. A loucura coletiva tornou-se conhecida nas fronteiras do município e deu a Hawkins Hollows a reputação de uma cidade possuída.

A lenda moderna atraiu a repórter e escritora Quinn Black a Hawkins Hollows com a esperança de transformar o assustador acontecimento no objeto de seu novo livro. Ainda é fevereiro, mas Caleb Hawkins, descendente dos fundadores da cidade, já começou a ver e a sentir a agitação do mal. Embora ele não consiga esquecer do começo do terror na floresta vinte e um anos atrás, os sinais estão mais fortes do que nunca. Cal precisará da ajuda de seus melhores amigos, Fox e Gage, mas, surpreendentemente, ele terá de contar com Quinn também. Ela também pode ver o mal que os locais não enxergam, de alguma forma conectando-a com a cidade – e com Cal. Conforme o inverno dá lugar à primavera, Cal e Quinn precisam se despir de suas inibições, rendendo-se ao crescente desejo. Eles formarão a pedra angular de um grupo de homens e mulheres unidos pelo destino, paixão e a luz contra aquilo que vem da escuridão…

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Cal, Fox e Gage são os melhores amigos. Nasceram no mesmo dia 07/07 e, no aniversário de 10 anos, resolveram acampar na Pedra Pagã. Foram escondidos de seus pais para o que consideravam uma grande aventura. Mas o que acabaram fazendo foi libertar um grande mal…

…Faltando poucos minutos para a meia noite, eles levantaram, três meninos com o rosto iluminados pelo fogo e pela luz das estrelas. Com o aceno de Gage eles entoaram juntos em vozes solenes e dolorosamente jovens:

- Nascemos dez anos atrás, na mesma noite, no mesmo horário, no mesmo ano. Somos irmãos. Na Pedra Pagã fazemos um juramento de lealdade e verdade e irmandade. Nós misturamos nosso sangue.

Cal prendeu a respiração e criou coragem para passar a faca pelo seu pulso primeiro. – Ai!

- Nós misturamos nosso sangue. – Fox trincou os dentes quando Cal cortou seu pulso.

- Nós misturamos nosso sangue. – E Gage permaneceu sem se mexer conforme a faca corria sua pele.

- Três por um e um por três.

Cal esticou seu braço. Fox, depois Gage, pressionaram seus pulsos cortados ao dele. – Irmãos em espírito, na mente. Irmãos de sangue por toda a eternidade.

Conforme ficaram em pé, as nuvens se partiram sobre a lua cheia, tornando-se névoa sobre as estrelas brilhantes. O sangue misturado deles pingou e caiu no chão queimado.

O vento explodiu com uma voz como um grito enraivecido. O pequeno fogo no acampamento cresceu rapidamente numa chama enorme. Os três foram levantados no ar como se uma mão os agarrassem e os jogassem. Luzes explodiram como se as estrelas tivessem caído.

Quando abriu a boca para gritar, Cal sentiu algo se enfiar dentro dele, quente e forte, para sufocar seus pulmões, para apertar seu coração em uma impressionante agonia de dor.

As luzes sumiram. Na densa escuridão soprou um frio tão gelado que paralisou sua pele. O som que o vento fazia agora era como um animal, como um monstro que vive dentro dos livros. Debaixo dele, o chão tremeu, puxando-o de volta quando ele tentou se arrastar para longe.

E algo saiu daquela escuridão gelada, daquele chão tremendo. Algo grande e horrível.

Olhos vermelhos sangue e cheio de… fome. Olhou para ele. E quando sorriu, seus dentes brilharam como espadas prateadas.

Ele pensou que morreria e que aquilo o engoliria, de uma vez só.

Mas quando voltou a si novamente, ele pode ouvir o próprio coração. Ele pode ouvir os gritos e chamados de seus amigos.

Irmãos de sangue.

- Jesus, Jesus, o que foi aquilo? Vou viu? – Fox falou numa voz fraca. – Gage, Deus, seu nariz está sangrando.

- O seu também. Alguma coisa… Cal. Deus. Cal.

Cal estava caído, de costas. Ele sentia o calor molhado do sangue em seu rosto. Ele estava abalado demais para se intimidar com isso. – Não consigo enxergar. – ele grasnou num murmúrio fraco. – Não consigo enxergar.

- Seus óculos estão quebrados. – com o rosto sujo de fuligem e sangue, Fox se arrastou até ele. – Uma das lentes está partida. Cara, sua mãe vai te matar.

- Quebrado. – Tremendo, Cal levantou a mão e tirou os óculos.

- Algo. Alguma coisa estava aqui. – Gage agarrou os ombros de Cal. – Senti algo acontecer, depois tudo ficou louco. Senti algo dentro de mim. Então…você o viu? Você viu aquela coisa?

- Eu vi os olhos dela. – Fox disse, e seus dentes batiam uns nos outros. – Precisamos sair daqui. Precisamos ir embora.

- Para onde? – Gage perguntou. – Embora sua respiração ainda estivesse alterada, ele pegou a faca de Cal do chão e a agarrou. – Não sabemos para onde ele foi. Era algum tipo de urso? Era…

- Não era um urso. – Cal falou calmamente agora. – Era o que estava aqui, nesse lugar, por muito tempo. Posso ver…posso ver. Parecia com um homem uma vez, quando queria. Mas não era.

- Cara, você bateu a cabeça!

Cal virou seus olhos para Fox, e as íris estavam quase negras. – Eu posso vê-lo e ao outro. – Ele abriu a mão do pulso que havia cortado. Na palma estava um pedaço de uma pedra verde manchada de vermelho. – Dele.

Fox abriu sua mão, e Gage a dele. Em cada uma estava uma pedra idêntica. – O que é isso? – Gage murmurou. – De onde diabos elas apareceram?

- Eu não sei, mas é nossa agora. Ah, uma em três, três em uma. Acho que deixamos algo escapar. E algo veio com isso. Algo ruim. Eu vejo.

Ele fechou os olhos um momento, então os abriu para olhar seus amigos. – Eu consigo ver, mas sem meus óculos. Eu enxergo sem eles. Não está embaçado. Estou enxergando sem meus óculos.

- Espera. – Tremendo, Gage tirou sua camiseta e virou de costas.

- Cara, elas sumiram. – Fox estendeu a mão e tocou as costas lisas de Gage. – Os vergões. Sumiram. E… – Ele estendeu o pulso onde a marca fina já estava se curando. – Puta merda, nós somos como super heróis agora?

- É um demônio. – Cal disse. – E nós o libertamos.

- Merda. – Gage olhou para a floresta escura. – Feliz bendito aniversário para nós.

 

Primeiro livro da Trilogia Sign of the Seven. Gostei muito do enredo. É um livro que prende a atenção e faz com que você fique virando as páginas imaginando o que vai acontecer. Tem cenas de terror dignas de Stephen King, mas com muito romance e humor também.

Quinn é uma mulher decidida e destemida. Ela enfrenta o perigo e o cotidiano com uma grande dose de humor e muita convicção. Gostei muito dela. Caleb, ao contrário, é fechado, reservado. Ele é muito corajoso também e faz de tudo pelos amigos.

O problema é que ele se sente responsável pela loucura coletiva que toma conta da cidade a cada sete anos. Ele e seus amigos, Fox e Gage, lutam para acabar com essa “maldição” e, para isso, resolvem que precisam de um novo olhar. É aí que entra Quinn.

Quinn consegue ver a manifestação do mal, assim como Cal e seus amigos. Isso é surpreendente por dois motivos: primeiro, ninguém, a não ser os três, viam esse demônio. Segundo, eles estão em fevereiro e as aparições não costumam acontecer antes de Junho. Isso significa que o mal está se fortalecendo.

No dia seguinte à chegada de Quinn, Layla chega à cidade. Ela também consegue enxergar o mal agindo. Isso prova que eles têm de se unir, apesar da óbvia resistência de Layla. Para completar, Quinn chama sua melhor amiga e pesquisadora, Cybil, para ajudá-la.

Conforme o mês vai passando, Quinn e Caleb vão se sentindo mais atraídos um pelo outro. E o mal também começa a agir, tentando afugentar as mulheres e separá-los. As descobertas que eles fazem vão revelando os segredos do passado e há agora uma chance de erradicar o mal de uma vez por todas, mas qual será o custo para eles?

Agora é acompanhar o desenrolar da história nos outros dois livros.

 

12 de março de 2009

ECSTASY de Jacquelyn Frank

 

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Entre os Shadowdwellers, Trace tem um poder pelo qual alguns estão disposto a matar. Sem a ajuda de uma estranha, um rival certamente teria sido bem sucedido, mas o quase encontro de Trace com a morte é menos surpreendente para ele do que sua reação à bela e frágil humana que o cura. Por direito, Trace deveria nem notar a existência de Ashla no reino do Shadowscape, mas ao invés disso, ele é atraído por tudo nela – sua inocência, sua coragem, e seu calor  sensual…

Depois de um terrível acidente de carro, Ashla Townsend acorda para descobrir que a efervescemte Nova York que ela conhecia está agora assustadora e desolada. Bem quando ela estava se convencendo estar sozinha, Ashla é confrontada por um guerreiro escuro que a atrai para a profundeza de um mundo que ela nunca julgou existir. A ligação entre Ashla e Trace é um mistério para ambos, mas procurar as respostas significa confrontar-se com segredos há muito escondidos, e descobrir uma ameaça que pode destruir tudo o que Trace julga precioso…

Jacquelyn Frank, para mim,  já se tornou uma autora a que cada livro lançado tem de ser comprado. É automático. Li os Nightwalkers (que estão sendo publicados no Brasil pela Nova Cultural) e agora comecei com os Shadowdwellers.

Ecstasy é o primeiro da série e nos apresenta a raçae o mundo e a cultura dos Shadowdwellers, seres que fazem parte dos Nightwalkers, mas que foram pouco retratados nos livros anteriores. Lembro-me de terem comparecido à Convenção Nightwalker  no final do livro de Damien e só.

Gostei muito do modo como JF fez a ambientação da história. Os ´Dwellers vivem nas sombras, sem iluminação a não ser a luz da lua e das estrelas – quando muito, luz de vela bem fraca. Mas ainda assim, ela conseguiu passar com riqueza de detalhes as roupas, móveis, cores e estilo de vida desses seres. Eles são morenos – algo entre o hindu e os índios. Olhos e cabelos escuros também. Ashla é completamente diferente deles. Loira, de cabelos quase brancos de tão claros, pele clara e olhos azuis. Tem uma foto no começo do livro que mostra a diferença.

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Outro fator interessante é a cultura e a formação social do povo. Eles são nômades, viajam conforme o inverno e para regiões onde o sol raramente aparece nessa estação. No livro, estão a caminho do Alasca onde praticamente fica a sede de governo deles. Há o rei e a rainha – que são os irmãos gêmeos Tristan e Malaya – e o Templo, cujo sacerdote-chefe é Magnus, pai adotivo de Trace.

Quando Trace conhece Ashla, eles estão na Dimensão das Sombras – Shadowscape. Essa dimensão, diferente da Dimensão Real (Realscape) é uma forma de os ´Dwellers viajarem sem enfrentar a iluminação de nosso mundo. É também a dimensão onde humanos em coma podem ser encontrados. Para Trace, que Ashla pudesse vê-lo e reagir a sua presença é um assombro. Os Losts (como são chamados os humanos em coma) nunca vêem ou reagem à presença deles. Para Ashla, ver um outro ser humano na Nova York apocalíptica em que se encontrava era uma bênção, o fim de sua solidão. É também o início de um relacionamento muito belo e cheio de perigos e sacrifícios.

Os ShadowDwellers saíram de uma guerra civil há pouco mais de dez anos e estão ainda estabelecendo as novas leis e fortalecendo o governo. Mas um traidor está tentando desestabilizar a paz e Trace e Ashla estão em seu caminho. Uma história que traz romance, suspense e que abre muito bem uma nova série. Muito bom!

7 de março de 2009

Propaganda Muito Interessante!

Vi esse vídeo em um blog e achei o máximo!!! Esses escoceses com Kilts e mal encarados são um charme, para nós que amamos esse tipo… e o vídeo também é muito criativo.

O LOBO DAS TERRAS ALTAS de Hannah Howell

Escócia, 1477

Vingança ou paixão?
Annora MacKay sente uma energia perturbadoramente maligna em Dunncraig, a propriedade adquirida por seu primo, um homem cruel e implacável. Somente a afeição que ela tem pela menininha que o primo afirma ser filha dele é que a impede de ir embora. Mas então, um homem misterioso chega ao castelo, e Annora não consegue parar de pensar nele, nem de desejá-lo...

James Drummond foi, no passado, um rico proprietário de terras. Hoje, um renegado sem pátria e sem lar, ele quer de volta o que lhe foi roubado: sua reputação, suas terras e sua filha. Seu disfarce para entrar em Dunncraig é apenas o primeiro passo do plano. Porém, a encantadora mulher de cabelos negros que adora sua filhinha é uma surpresa inconveniente... Porque James veio em busca de vingança, não de amor...

 

Estou lendo os livros da Hannah fora de ordem. Acho que só me falta o Anjo das Terras Altas para completar a coleção, mas vou lendo conforme estou com ânimo e pelo resumo.

Adorei esse do Lobo. James conseguiu superar até mesmo Sigimor – que era meu favorito até agora. Ele é apaixonado e lutador e honesto. Annora também é uma personagem fascinante! Uma mulher de nascimento bastardo que cresceu sendo jogada de um parente a outro, sem amor ou consideração, e que consegue ter tanto amor e dedicação para com uma criança e um povo que não são o seu é de muita grandeza.

Logo no começo, nas críticas, tem uma mulher – Harriet Klausner - que diz:

“ A paixão e a emoção que Hannah Howell imprime às páginas de seus romances são únicas! Em O Lobo das Terras Altas, o leitor chega a duvidar das chances de o casal sobreviver…”

E isso realmente me passou pela cabeça, tamanha crueldade e ferocidade dos vilões dessa história. Mas a tenacidade, luta pela justiça e o amor dos protagonistas é muito mais forte!

Um vislumbre de James e Annora:

“…Contudo, manteve as mãos em seus ombros, sem querer dar a impressão de que, saciado, não precisava mais dela. Fazer amor de forma apressada e impetuosa podia ser excitante, mas não permitia todas as carícias e palavras doces que mostravam a uma mulher que ela era importante. Distanciar-se apressadamente dela seria o mesmo que sair da cama, vestir-se e ir embora após o ato de amor. A última coisa que ele queria era que ela se sentisse usada ou, pior, que questionasse o próprio comportamento e lutasse para sufocar sua natureza ardente.

- Você é uma doçura bem-vinda no meio de toda a amargura que minha vida tem sido há tanto tempo – declarou, beijando-a na testa quando ela pressionou o rosto corado contra seu peito.

- Sou uma devassa terrível – ela sussurrou, aterrorizada ao perceber que não estava envergonhada.

- Não, moça, não é não. Se fosse, não teria sido uma virgem intocada na idade avançada de vinte e quatro anos. – Teve que se controlar para não rir quando ela levantou a cabeça para encará-lo.

- Idade avançada? – perguntou, surpresa ao reparar que a voz soava como o ruído que Mungo fazia quando encontrava outro gato desconhecido andando em seu território.

- Não quis dizer que você é velha, apenas que a maioria das mulheres tem um ou dois  homens antes de atingir essa idade….”

5 de março de 2009

A Arte de Correr na Chuva de Garth Stein

 

 

Enzo é um terrier que vive em Seatle com seu dono, Denny Swift, um piloto de corridas. Amigos inseparáveis, Enzo acompanha toda a trajetória de vida de Denny, desde sua luta para se tornar um piloto profissional bem-sucedido até seu encontro com Eve, o enlace de ambos e o nascimento da filha do casal.

Frustado por não poder falar, uma vez que não é humano, Enzo costuma acompanhar todas as corridas de Fórmula I pela teve, bem como tudo o que se passa à sua volta, até o dia em que uma fatalidade muda definitivamente a vida de todos.

Enzo é um cão com alma humana, que aprendeu tudo o que sabe assistindo aos programas de televisão e prestando atenção às palavras e ações de seu dono. É crítico, tem a postura típica de quem sabe o que quer e enxerga os problemas com muita clareza. E, além disso, tem uma missão essencial: ajudar Denny a superar as tragédias que assolam sua vida.

Como todo fiel escudeiro, Enzo é obstinado, mas não insensível ao mundo que o rodeia. Sofre com a dor dos humanos com os quais convive, e com a sua própria, decorrente de problemas de saúde que foram comprometendo sua integridade física. Apesar de tudo, guarda em seu íntimo um grande desejo: nascer humano em uma próxima encarnação.

Se você sempre quis saber o que se passa na cabeça de seu cão, este romance comovente e inesquecível de Garth Stein oferece a resposta.

Um livro maravilhoso! Apesar de alguns toques de auto-ajuda (tipo de literatura que não aprecio), é um livro que mostra como superar os obstáculos e como enfrentar a vida e as dores de uma forma consciente e heróica, usando metáforas de corrida. Nunca pensei na preparação e dedicação que um piloto deve ter, uma coisa que me surpreendeu mesmo e me fez olhar de forma diferente para esse esporte.

Já no primeiro capítulo, vemos um Enzo velho e doente, sofrendo dores e dificuldades para se locomover. Mas ele é muito amado por Denny, que cuida dele com carinho e atenção. Nem preciso dizer que chorei o capitulo inteiro. Logo depois ele começa a contar sua história e a de Denny, desde o dia em que foi comprado na fazenda, passando por toda a vida de alegrias, tristezas, indignação e traições e sempre juntos, uma equipe.

É interessante ver ele falando de quando Denny conheceu Eve. De como eles competiam pelo amor dele e se viam como rivais. Enzo é um narrador maravilhoso. Totalmente no domínio de sua função ele nos leva pelas passagens mais marcantes e consegue criar um certo suspense.Tem momentos em que ria e momentos em que chorava. A percepção de mundo de Enzo, seus comentários e explicações são fantásticos. Às vezes ele agia como um cão, mas na maior parte das vezes ele era um ser humano, com atitudes humanas.

Enzo viu um documentário certa vez que falava sobre os cães na Mongólia que “dizem que a encarnação seguinte do cachorro – um cão que está pronto para deixar suas qualidades de cachorro para trás – é como homem.” E esse era o sonho de Enzo. Voltar como homem e poder falar e ter um polegar e poder ajudar os outros e a correr.

Esse é um livro que fala de superação. Denny teve que superar inúmeros obstáculos e dificuldades para poder chegar onde queria. Enzo o ajudou e também teve seus obstáculos a superar. Um livro positivo, que fala do amor pelos animais e pela família e pelos amigos (Mike é o tipo de amigo a quem rezamos para ter sempre por perto, aquele que não te deixa na mão e está sempre pronto a te ajudar). Mostra que a vida pode ser difícil e cruel às vezes, mas é boa e deve ser vivida em plenitude.

Exemplos da fala de Enzo:

…Para mim, é frustrante não conseguir falar. Sentir que tenho tanto a dizer, tantas maneiras de ajudar, mas que estou preso em uma caixa à prova de som, em uma cabine isolada a partir da qual posso ver e ouvir o que está acontecendo, mas é como se tivessem tirado meu microfone e não me deixassem sair. É o tipo de coisa que pode levar uma pessoa à loucura. Certamente levou muitos cães à loucura…

“…Quanto a mim, fui encontrando formas de contornar a loucura. Treino minha maneira humana de andar, por exemplo. Treino a mastigação lenta da comida, como fazem os humanos. Estudo os programas da televisão para descobrir dicas sobre comportamento e para aprender a reagir em determinadas situações. Na minha próxima vida, quando eu nascer de novo como pessoa, serei praticamente um adulto no momento em que sair do útero, por causa de toda a minha preparação…”

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"Na Mongólia, quando morre um cachorro, ele é enterrado no alto de uma montanha para que as pessoas não possam andar sobre seu túmulo. O mestre do cachorro sussurra no ouvido do cão o seu desejo que ele volte como homem na próxima vida. Então, o seu rabo é cortado e colocado debaixo da sua cabeça, e um pedaço de carne ou gordura é colocado em sua boca para sustentar sua alma em sua jornada; antes de reencarnar, a alma do cão é libertada para viajar pelo país, para correr pelas planícies do deserto durante o tempo que quiser.

Vi isso num programa do National Geographic Channel, por isso acredito que seja verdade. Nem todos os cães voltam como homens, eles dizem; só os que estão preparados.

Estou preparado.”

Algo de Denny:

- Os pilotos tem medo da chuva – Denny nos contou – Com a chuva, os erros se amplificam, e a água na pista pode tornar o controle do carro imprevisível. Quando acontece alguma coisa inesperada, você precisa reagir; se reagir em alta velocidade, significa que está reagindo tarde. É por isso é preciso ter medo.

- Eu fico com medo só de olhar – Eve falou.

- Se eu fizer algo com o carro intencionalmente, posso prever o que vai acontecer. Em outras palavras, só é imprevisível se não tenho…o controle.

- Então você deixa o carro rodar antes que ele rode sozinho?

- Exatamente! Se eu inicio a ação, quer dizer, se deixo o carro um pouco solto, sei o que vai acontecer antes de que aconteça. Então posso reagir mesmo antes que o carro saiba o que está acontecendo.

 

 

 

3 de março de 2009

Recebi um Selo!!!

 

Quero agradecer à meninas do blog Vampiros Jogam Baseball pelo belo selo que recebi.

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 Obrigada!!!

Indico:

Yes Please

Romances in Pink

Meninas da Bahia

2 de março de 2009

DARK WARRIOR UNLEASHED de Alexis Morgan

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Ranulf Thorsen, um defensor Talion, vem servindo sua gente por mil anos, levando a  justiça do olho-por-olho pela qual se povo vive. Cansado dos séculos de batalha, o bárbaro guerreiro com frios olhos azuis se isolou em uma montanha longe do caos do mundo moderno. Agora ele foi convocado para encarar a mais perigosa batalha de sua vida – e o destino de seu povo está em risco.

Ranulf e seu rival e companheiro Talion, Sandor Kearn, devem encontrar o renegado Kyth que provocou um violento incêndio em um nightclub. Uma heroina incomum do quase fatal incêndio, Kerry Logan, também é Kyth, possuindo a incomum habilidade do antigo povo nórdico de manipular a energia humana. Ela apenas ainda não sabe disso.

Kerry encontra mais do que conforto no abraço de seu guerreiro, e Ranulf anseia em defender e tomar a pequena prodígio para si mesmo. Mas com o tempo se esgotando e as vidas deles em risco, conseguirá Kerry acreditar na fantástica história que ele está contando e dominar seus poderes…antes que seja tarde demais?

Primeiro livro da série Talions de Alexis Morgan. Confesso que tinha esse livro já há algum tempo, mas estava com receio de ler. Adoro a série Paladins (da mesma autora) e tinha medo de que essa não fosse tão boa. Ledo engano…não consegui largar o livro!

Gosto muito de romances sobrenaturais pois me encanta observar a construção de um novo mundo. Nesse livro, surge os Kyth – uma raça que surgiu no norte da Europa (são nórdicos) e cuja principal característica é se alimentar das energias humanas. Ao mesmo tempo, alguns Kyth com habilidades especias, podem ajudar a curar e a ajudar os humanos transmitindo energia. Os Talions fazem parte da elite guerreira dos Kyth, mais poderosos e fortes. Os Kyths são uma sociedade matriarcal, e a rainha é a Dama Judith.

Ranulf vem caçando os renegados e fazendo valer a justiça dos Kyth, que é a do olho-por-olho já há 1000 anos. Ranulf é um guerreiro viking ruivo, enorme de de frios olhos azuis. Ele está cansado e querendo se aposentar, mas surge mais um renegado a ser enfrentado. Os renegados são Kyth que passaram a se alimentar de energias como o medo, a dor, a morte, e por isso devem ser detidos.

Esse renegado em especial provoca um incêndio em um nightclub, onde, se não fosse pela coragem e pensamento rápido de Kerry, poderia haver uma carnificina. Ranulf ouve sobre o incêndio e corre para tentar ajudar ou conseguir identificar o bandido. Ele e Kerry ajudam as pessoas a sairem do clube e, ao tocá-la, ele sente que ela também é Kyth, e o principal, ela parece não saber de sua herança.

O incendiário ficou no local pois queria se aproveitar das energias negativas, e ele também percebeu que Kerry era uma deles. Agora, Ranulf e Sandor, um talion mais jovem e que não gostava do viking, devem proteger e ensinar Kerry seu lugar no mundo. Apesar de Sandor ser o charmoso e diplomata, é por Ranulf que Kerry se sente atraída.

Entre perigos, perseguições, muito romance e uma luta alucinante, o livro cumpre o papel de entreter e mostrar esse novo universo sobrenatural que terá continuação no livro de Sandor. Muito bom!!!