Resumo:
América do Norte, outubro de 1770. Há muitos anos a discórdia entre os prósperos fazendeiros do litoral da costa leste e os pequenos lavradores do interior da colônia, a oeste, vinha sendo cozinhada em fogo brando. Os primeiros eram fervorosos partidários da Coroa Inglesa, os últimos plantavam as sementes de uma revolução que mudaria os destinos da civilização ocidental no final do século XVIII.
Proprietário de uma grande extensão de terras na Carolina do Norte, Jamie Fraser foi convocado a liderar uma milícia contra os rebeldes. No entanto, ele sabia que era uma questão de tempo até a independência das colônias ser conquistada. Sua mulher, Claire, sua filha, Brianna, e seu futuro genro, Roger MacKenzie, haviam contado a ele sobre a Revolução Americana, que teria início em cinco anos, não fossem eles viajantes do tempo.
Jamie tinha uma escolha difícil pela frente; se permanecesse fiel à Coroa até os primeiros estágios da revolução, estaria se declarando um legalista, o que seria fatal com o decorrer do tempo. A curto prazo, entretando, romper com o governo e se declarar a favor dos rebeldes lhe custaria suas terras e provavelmente sua vida.
O conhecimento privilegiado de sua família sobre o futuro é ao mesmo tempo uma benção e uma maldição, que já colocou sua vida em risco muitas vezes, mas também o manteve vivo até agora. Dessa vez, o que Claire, Brianna e Roger sabem sobre a guerra iminente é uma chama que pode guiá-lo pelos ameaçadores anos que virão…ou iniciar um incêndio que reduzirá a vida dos quatro a cinzas.
Tinha pensado em ler as duas partes antes de comentar sobre a história, mas essa primeira parte é tão boa que merece um post. (se bem que já ouvi que a segunda supera, em muito, essa!)
Para começar, rever Jamie e Claire é sempre muito bom. E agora como uma família, com a presença de Brianna, Roger e Jem, ficou ainda melhor. Encontramos nossos amigos ainda na Assembléia – o grande encontro de famílias das terras altas – e prestes a celebrar o casamento de Roger e Brianna. Mas nem tudo são alegrias. Jamie recebe uma carta do Governador convocando-o a formar uma Milicia para lutar contra os Reguladores. E assim, ele começa a reunir os homens para cumprir essas ordens.
Enquanto isso, Claire continua a pesquisar a melhor forma de tratar as doenças e os pacientes com os poucos recursos de que dispõe. Pensar em doenças como raiva, tétano, varíola e saber que não há cura disponível é terrível. E o interessante é que Claire nunca se mostra arrependida da escolha que fez –viver no passado com Jamie é tudo o que importa!
Diana consegue nos transportar para aquela terra selvagem, começando a ser explorada e cheia de perigos e aventuras. O modo como ela descreve as cenas do cotidiano, do trabalho duro, da vida com pouco luxo e cheia de dificuldades é grandioso. Quem já leu algum livro dessa série sabe do que estou falando: você sente o frio, sente os cheiros, visualiza a paisagem, as cenas. Fora as supresas e acontecimentos que nos deixam perplexos e imaginando o quanto de pesquisa ela fez e como a imaginação e estilo dela são únicos.
Já nos agradecimentos eu fiquei deslumbrada. vou citar:
…Dr. Ellen Mandell, pelo aconselhamento técnico sobre como enforcar alguém, depois cortar sua garganta, sem matá-lo no processo. Quaisquer erros na execução dessas instruções são meus.
Por aí já se tem uma idéia do que vem pela frente e como ela nos prende já nos agradecimentos…
Nessa primeira parte a única que me desagradou um pouco foi Brianna – o jeito dela com Roger está deixando a desejar… No mais, fiquei feliz em rever velhos amigos e fazer novos. E agora vou para a segunda parte.