20 de agosto de 2010

The Missing de Shiloh Walker

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Um romance pecaminosamente sexy sobre uma mulher cujos dons psíquicos afastaram o homem amado… apenas para trazê-lo de volta anos depois em uma teia de mistério e paixão sombria…

Quando era adolescente, Taige Branch era capaz de fazer coisas com seu dom psiquico que ninguém entendia – exceto por Cullen Morgan, o garoto que roubou seu coração. Ele fazia o possível para aceitar as habilidades dela, até sua mãe ser brutalmente assassinada – e ele não pode perdoar Taige por não ter evitado essa morte.

Agora um pai viúvo, Cullen Morgan nunca se esqueceu de Taige. Mas o que a traz de volta a sua vida é um outro evento trágico. Sua amada filhinha foi sequestrada, e Taige é sua única esperança de encontrá-la.

Trabalhando juntos contra o relógio, Cullen e Taige não conseguem deixar de pensar se – caso encontrem a filha dele em tempo – não é tarde demais para o irresistível amor que ainda queima entre eles…

Shiloh Walker está rapidamente entrando para minha lista de escritoras favoritas! Esse é o segundo romance dela que leio esse mês e que novamente amei. Esse é de um estilo bem diferente, pois é um romance de suspense (o outro que li foi romance contemporâneo hot), o que mostra a capacidade da autora em variar os estilos sem perder a qualidade da escrita.

A primeira parte do livro traz Taige e Cullen se conhecendo e se apaixonando ao longo dos anos. Ela mora numa cidade litorânea, órfã, vive com o tio que a maltrata por causa do dom que possui:  ela vê e sente quando alguém está em perigo de morte – geralmente crianças – e consegue chegar a tempo de salvá-las ou levar a polícia até onde estão. Às vezes, ela revela onde está o corpo de crianças desaparecidas. Um dom muito forte e qua a desgasta muito. Ele é um rapaz rico, que vem de uma família unida e amorosa, e todo ano vem passar as férias de verão com seus pais nessa cidade. Eles se vêem de longe, se aproximam, se tornam amigos, namorados, amantes… É um amor tão lindo – Shiloh caprichou mesmo no romance – que chega a emocionar! O modo como um completa o outro, entende e aceita o outro é mesmo maravilhoso. Até…

Bom, o resumo diz que os dois se separam, então não é surpresa, mas é doloroso! Doze anos se passam antes de se reencontrarem, mas são anos em que nunca se esqueceram e continuaram a se amar. Claro que a dor e a mágoa estão presentes também – e muito forte, mas não tão forte quanto o amor.

Cullen agora um escritor de sucesso e pai de uma adorável menininha (apesar de não explicar como ou porquê ele se casou…) segue de longe a carreira de Taige. Ela se formou em psicologia e trabalha como consultora especial para o FBI, ajudando a encontrar crianças sequestradas ou desaparecidas. Quando Jillian, sua filha,  é sequestrada, Cullen sabe a quem procurar por ajuda – mesmo depois de tanto tempo, de tudo o que passaram e disseram, ele vai até Taige.

Taige o ajuda, mas quem sequestrou a garotinha é um assassino serial muito cruel – e o monstro não vai gostar nada da interferência deles em seus assuntos! O suspense é bom, mas Shiloh dá várias pistas que nos ajudam a descobrir o assassino facilmente. Contudo, as reviravoltas que ela nos proporciona, os sentimentos que transmite e a emoção que ela nos passa com essa história faz esse ser um detalhe menos importante. Fora as muitas surpresas que ela traz e que nos deixa simplesmente assombrados!

Teve um trecho que me marcou muito, uma das visões de Taige sobre o assassino – que matava de criancinhas até adolescentes. Acho que Shiloh consegue realmente nos mostrar o tipo de monstro que ele era (e o pior é que sabemos que existem monstros desse tipo de verdade em nosso mundo!):

…Beatings , harsh and pitiless. Days of starvation and dehydration. The ugly blackness of despair as the mind finally accepted what the body had already known. Death awaited, and the only question was when it would come and how painful it would be.

The young children were the worst though. They never stopped believing that somebody would come for them. That they would be saved. But they weren´t. They died screaming, broken and alone.”

(… Surras, cruéis e sem piedade. Dias de fome e desidratação. O feio negrume do desespero, quando a mente finalmente aceitava o que o corpo já sabia.  A morte aguardava, e a única pergunta era quando chegaria e quão dolorosa seria.

As crianças menores eram o pior, entretanto. Elas nunca deixaram de acreditar que alguém viria por elas. Que elas seriam salvas. Mas não foram. Elas morreram gritando, quebradas e sozinhas.)

Espero – e torço muito – para que alguma editora nacional descubra Shiloh Walker e comece a publicá-la aqui no Brasil! São romances que realmente valem muito a pena!

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