5 de agosto de 2015
Bound to Darkness de Lara Adrian
13 de abril de 2015
The Shadows de J.R. Ward
Trez "Latimer" realmente não existe. E não apenas porque sua identidade foi criada para que o Sombra pudesse funcionar na clandestinidade do mundo humano. Vendido por seus pais para a rainha do S`Hsibe quando criança, Trez fugiu do Território e se tornou um cafetão e executor da lei em Caldwell, New York por anos – o tempo todo fugindo de um destino de servidão sexual. Ele nunca teve alguém em que pudesse confiar totalmente... exceto por seu irmão, iAm.
O único objetivo de iAm sempre foi manter seu irmão da auto destruição – e agora ele sabe que falhou. Somente quando a Chosen Serena entra na vida de Trez é que o homem começa a se transformar... mas então é tarde demais. O compromisso de se casar com a filha da Rainha chegou e não há mais como correr, nenhum lugar para se esconder, e nenhuma negociação.
Encurralado entre o coração e um destino para o qual ele nunca se voluntariou, Trez deve decidir se coloca a si mesmo e a outros em perigo – ou deixar para trás a mulher por quem está apaixonado. Mas então uma tragédia inimaginável acontece e muda tudo. Olhando por sobre um abismo emocional, Trez tem de encontrar uma razão para continuar ou arriscar a perder a si mesmo e sua alma para sempre. E iAm, em nome de um amor de irmão, é forçado a fazer o sacrifício definitivo...
Eu achei que J.R conseguiu nos levar de volta aos primeiros livros da Irmandade, onde os Brothers lutavam juntos, trocavam insultos e faziam piadas... Fazia alguns livros que não se via essa interação tão deliciosa entre eles! Destaque para Rhage e V e Manny e, claro, Lassiter.
As tramas paralelas não foram tão acentuadas e não roubaram tanto a vez da história de Trez e Serena, nem de iAm. Ao mesmo tempo, foram muito bem exploradas e nos deixaram com gostinho de quero mais – Paradise, a heroína do spin-off da série, nos é apresentada aqui. Há também o desenrolar das histórias de XCor e Layla e Assail e seu "negócio"...
Mas o destaque fica mesmo para o romance de Trez e Serena! Os dois têm encontros ultra românticos e bem originais! Mas a doença de Serena sempre está presente, como um fantasma seguindo os dois e provocando momentos muito intensos e comoventes. Há também a ameaça sobre Trez perder sua liberdade e ser obrigado a servir à princesa de sua espécie. É um amor ameaçado por todos os lados, mas nem por isso os amantes perdem de vista a felicidade e o desejo de estarem juntos para sempre!
Ao mesmo tempo, iAm tem um inesperado encontro com uma mulher do Território e se encanta com ela. O relacionamento dos dois também é bem bonito e intenso, mas o perigo ronda os dois e há muitas dificuldades a enfrentar, principalmente sEx, o general e assassino da Rainha. Se bem que sEx me surpreendeu muito!!!!
Confesso que a tragédia que ela prevê no resumo é algo absolutamente impensável e fiquei até as últimas páginas esperando que algo mudasse, mas fica tudo na mesma e no final até a explicação que ela dá não é muito fácil de digerir... Mas algumas reviravoltas são emocionantes e fazem todo o sentido e deixam a história mais linda!
No balanço geral, devo reconhecer que esse é um dos melhores livros da série e espero que o próximo seja ainda melhor, ainda mais por ser sobre Rhage!
23 de março de 2015
Fury de Laurann Dohner
Ellie é uma enfermeira e fica horrorizada ao descobrir que a companhia farmacêutica para qual trabalha – as Indústrias Mercile – tem feito experimentos genéticos ilegais. Os cientistas combinaram DNA de humanos com o DNA de animais, criando uma nova espécie: seres humanos mais fortes e desenvolvidos. Um desses "experimentos", o prisioneiro 416, captura o coração de Ellie enquanto ela tenta salvá-lo.
Fury – como o 416 também é conhecido – nunca conheceu compaixão ou amor. Ele passou a vida inteira em uma cela, acorrentado e sofrendo abusos. Ellie, a única mulher em quem ele confiou, o traiu, e agora Fury está livre e à procura de vingança. O ex-prisioneiro jura acabar com a vida da enfermeira que o salvou, contudo, quando ela finalmente está em suas mãos, a única coisa que Fury não quer fazer com esta mulher pequenina e sexy é machucá-la.
Esse é o início de uma nova série erótica que faz bastante sucesso e que finalmente chega ao Brasil.
Como diz o resumo, Ellie descobre que a empresa para a qual trabalha – Indústrias Mercile – está fazendo experiências terríveis com cobaias humanas. Ela então aceita ser espiã do governo para conseguir as provas necessárias para os mandatos de busca e a soltura dos Espécies. Mas bem quando ela está de posse das evidências, ela se envolve em um problema com a cobaia 416 e um funcionário sádico e acaba tendo de fazer algo muito terrível para com o 416 provocando a ira e uma promessa de vingança por parte dele. Ellie sempre sentiu uma grande atração por 416 e abandoná-lo foi a coisa mais difícil que fez. Mas ela se conforma quando tudo dá certo e com sua ajuda as Espécies são libertadas do cativeiro e das torturas.
O governo se vê obrigado a ajudar a realocação dos que antes eram cobaias, em virtude de terem investido muito dinheiro nas Indústrias Mercile e nas invenções que faziam e, assim, cede o que seria uma base militar para construir um oásis para as Novas Espécies – Homeland – onde eles vão poder viver em tranquilidade enquanto aprendem a conviver com o mundo. Mas a liberdade não acabou com os problemas das cobaias, pois como são híbridos de humanos com animais, há certo grupos que não aceitam que eles sejam mantidos com vida, muito menos que tenham direitos como os humanos.
Em Homeland, Ellie é encarregada do alojamento feminino. Lá ela recebe as fêmeas das Novas Espécies e procura criar um ambiente tranquilo e caloroso. Ela ensina as mulheres a cozinhar, a conhecer os eletrodomésticos e equipamentos e a aprender como viver em liberdade. E é lá que ela reencontra Fury, antigamente 416, e que é segundo em comando do "governo" provisório criado pelas Novas Espécies. O líder escolhido por todos é Justice, mas Fury fica encarregado da segurança e de ensinar o povo das Novas Espécies a controlar o animal interior. Só que, quando ele vê Ellie, esse controle vai por água abaixo...
Fury e Ellie têm um começo conturbado! E conforme o relacionamento deles vai progredindo, eles vão enfrentando dificuldades causadas tantos pelos humanos quanto pelas Novas Espécies, pois como são o primeiro casal humana-Nova Espécie, não há um parâmetro para ver o que pode acontecer e o quão diferente eles são. É triste ver como os dois enfrentam preconceitos, acusações horríveis e como são super vigiados em tudo o que fazem...
O livro é extremamente quente e romântico. A autora levanta essa bandeira de preconceitos e aceitação e o faz com maestria, pois não tem como não torcer por Ellie e Fury e não ficar zangado por tudo que eles têm de enfrentar – além das próprias desconfianças e incertezas. Um bom começo para uma série que promete...
3 de março de 2015
Lançamento: Irresistível de M. S. Fayes–Entrevista com a autora
Poderia haver algo que freasse a impetuosa Fay Williams? Aparentemente apenas um homem com pulso firme poderia domar aquele furacão em forma de mulher. Quando Fay e Alex se encontram pela primeira vez, faíscas voam para todos os lados, deixando marcas em ambos. Eles nunca poderiam esperar que suas carreiras acabariam se encontrando tão próximas.
Ao invés de aliados, eles se viram oponentes na batalha travada entre seus desejos e seus corações. O único que podiam atestar afinal era que, o amor é simplesmente irresistível em toda a sua essência.
Onde Comprar:
Lojinha da Autora: http://www.msfayes.com/#!product/prd17/3639782251/pr%C3%A9-venda-do-irresist%C3%ADvel
Entrevista com a Autora:
Como surgiu a ideia de escrever na sua vida?
R. Se eu contar que foi logo depois de mergulhar de cabeça nos quatro livros da Saga Crepúsculo, vocês vão me bater? Então, foi bem por aí. Embora eu desde criança sempre tenha gostado de criar histórias em quadrinhos, eu nunca antes havia realmente pensado em parar e "opa, vou escrever um livro neste exato momento". Simplesmente aconteceu. Dezembro de 2011 eu comecei a escrever o Tapete Vermelho. Quatro meses depois ele estava pronto.
Quem são suas inspirações?
R. Bem, eu tenho minhas divas absolutas que serviram de inspiração para o meu estilo de escrita. Não que eu esteja pretendendo me igualar, mas foram estas autoras que criaram um conceito de romance na minha cabeça. Nora Roberts sempre. Amo os romances dela. Alguns melhores que outros, outros nem tanto. Judith McNaught, simplesmente maravilhosa na arte de criar roteiros e personagens inesquecíveis. Linda Howard, Sandra Brown, com seus romances policiais e intensos. Essas são as que sempre me vem à cabeça quando penso de onde surgiu a fonte de inspiração.
Muitas pessoas participaram no processo de escrita dos livros?
R. No Tapete Vermelho meu principal palpitador foi meu marido.
No Absoluto, o conceito da história e concepção dos personagens surgiu num domingo de fofoca com uma amiga minha, a Jujuba. Estávamos falando mal das mocinhas dos livros e bla bla bla. Uma discussão acalorada sobre o fato das mocinhas serem tontas e muitas vezes chatas. Daí falei: "Cara...vou escrever um romance onde a mocinha seja tanto bonita quanto inteligente e gente boa." Minha amiga do outro lado começou a instigar. E eu fui delineando os contornos do livro. Mocinha "prodígio" em direito. Advogado super poderoso e intenso. Paixão explosiva e simultânea. Um toque húngaro pra diferenciar. Daí vou explicar antes que você sequer possa fazer a sinapse da pergunta: Porque o cara é húngaro? Eu tinha acabado de reler os romances da Nora, os irmãos Stanilasky, que são russos. E eu achei fabuloso a dinâmica da família, o mix de cultura e tal.
Então, sintetizando, Jujuba e Alessandra passam a mão no livro, corrigindo erros jurídicos, acertando ponteiros e dando dicas de cena daqui e dacolá.
O Irresistível eu contei com várias betas e alfas. Hahahaha... captar opiniões sobre determinadas cenas, ou perfis dos personagens é sempre bom. Amplia o nosso horizonte. De todo, quem mais apalpou o Irresistível foi a Jujuba, novamente, porque ela é crítica pra cara...mba... E sempre tinha uma coisa ou outra pra malhar. Daí lá ía eu arrumar o bagulho.
Como foi a transição de um livro mais voltado para o chicklit, que era o Tapete vermelho, para o público adulto? Você teve dificuldade com a linguagem ou posicionamento dos personagens?
R. Foi diferente até mesmo por conta do estilo de narrativa. O Tapete Vermelho foi narrativa em primeira pessoa, sob o ponto de vista total da personagem feminina. Embora eu tenha dado umas nuances de como o James estaria se sentindo.
Fora o fato que é um livro mais juvenil, tipo YA, sem cenas mais aprofundadas do ponto de vista dos lençóis...hahahaha...
O Absoluto já foi em terceira pessoa, então criar o enredo à volta é até mais fácil.
O Irresistível já ficou mais fácil ainda porque o crivo principal do livro 1 já estava feito.
Mas eu não classifico muito meu estilo de escrever com a faixa etária do público e mais pela forma como eu escrevo. Eu sou mais cômica, então gosto da abordagem engraçada em algumas partes, diálogos interessantes, essas coisas. Eu posso até escrever um livro sério, dramático, tenso, mas vai sair com muito custo, porque provavelmente eu vou acabar inserindo alguma coisa engraçada em algum lugar.
Porque a mudança de editora para publicação independente?
R. Meramente por uma questão contratual. A Editora Charme continua com os direitos do Absoluto, vem fazendo um trabalho maravilhoso e cuidando super bem do meu "filho" (Cada livro é um filho no mundo). Mas eu realmente resolvi que não tinha mais cacife para uma publicação compartilhada, onde eu entro com o investimento junto. E daí, para que o livro não ficasse encalhado, largado às traças e quem quisesse lê-lo, acabasse ficando a ver navios, resolvi eu mesma investir numa tiragem mínima, mas sem vínculo contratual, salvo comigo mesma.
Apenas isso. Infelizmente o livro não se manteve na editora do primeiro, mas eu quis honrar o compromisso de que tenho um contrato com elas, logo, preferi não apresentar as duas obras finais, a nenhuma outra editora, para evitar conflitos e etc.
Para não ficar largado no canto, resolvi jogar o Irresistível na praça e ver o que vai ser dele.
O terceiro livro será sobre quem? E já temos previsão?
R. O terceiro livro é sobre a Lana, com certeza. Então pra quem gosta de livros onde a mocinha está gravidinha, pode ser que fique feliz neste. Acho inclusive, que é o mais fofo de todos os 3. Só acho...
Eu não tenho certeza se todo mundo já captou e detectou o mocinho do livro 3...
Previsão? Não sei. Vai depender do Irresistível mostrar seu potencial em conquistar os leitores. O importante é que o mais difícil já está resolvido. O livro 3 está pr0ntinho da Silva.
Mande um recado para as leitoras.
Oi Leitoras...então...espero que vocês possam dar cada vez mais chance aos livros nacionais, que vocês possam passar a ter orgulho das autoras que temos no Brasil ( estou tentando me incluir no grupo...abafa o caso), que vocês leiam meus livros e que curtam os personagens com carinho.
Apreciem sem moderação alguma e se for ler, não dirija. Quero dizer...não dirija lendo...pode ser perigoso. Hahahahaha
3 de fevereiro de 2015
Edged Blade Blog Tour - J.C. Daniels
Uma das coisas que mais gosto quando escrevo os livros de Kit Colbana – além do fato de que escrever sobre Kit é sempre divertido – são os personagens secundários divetidos.
Tem Damon, que não é o típico herói de romance. Ele é um pé no saco às vezes e francamente, apesar de eu o socaria na vida real, é divertido escrever alguém tão diferente dos meus típicos personagens.
Há Coleen, que é alguns anos mais velha que Kit e como uma irmã mais velha – eu nunca tive uma irmã mais velha. Bom eu não tenho irmãs, mas se tivesse queria uma como Coleen. Ela parece muito mais velha do que Kit, mas não é. Coleen tem mais ou menos minha idade – 38. Ela teve um filho e perdeu a criança, o que trouxe maturidade, além disso é uma curandeira, algo que a faz mais carinhosa. Todas essas coisas faz com que seja mais fácil para ela estar onde Kit precisa que ela esteja – e às vezes, isso faz com que ela aguente tudo e se mantenha firme.
Há Doyle... tá, eu amo o Doyle. Se Coleen é como uma irmã, então Doyle é o chato do caçulinha que ela não sabia que queria. Ela o protege apesar de o garoto conseguir rasgar uma lista telefônica com as mãos. Ele é igualmente protetor dela, e os dois aprendem um com o outro o tempo todo.
Tem o Justin. E se eu tivesse que nomear um favorito seria ele. Fora a Kit.
Porque ele é um espertalhão. Pobrezinho. Ele é totalmente apaixonado por Kit e não tem chance alguma com ela, não mais. Mas ele está determinado a estar lá por ela, e determinado a ajudá-la.... e está determinado a perturbar Damon custe o que custar. Tenho de admirar isso.
Se você já leu os livros, qual é seu personagem secundário favorito?]
I looked at the clock. I’d gotten three of the five hours I needed in order to recover from the job from hell.“Have you been in town long?” I asked conversationally.“Yep. Got back two days ago.”Justin’s been in and out of the area for the past few months. We work together when he’s here—sometimes—but he’s been gone a lot. I think he’s searching down leads and info on the hospital—a.k.a. prison—where he’d once been told he’d go if he didn’t be a good little soldier and fight the good fight.It’s not much of a hospital.It’s the human version of the roach motel for us—we go in; we don’t come out.I’d ask him later if he’d learned anything. He’d beat around the bush. We had a rhythm. But for now… Shoving my hair back, I pinned him with a direct look. “Have you paid any attention to the media lately?”“Yeah.” He twisted his dreads back into a long, heavy knot, leaving his too-pretty face unframed. “Some sick schmuck was actually acting out some of those old horror movies. Been at it for years, sounds like. He’s done…son of a bitch.” He planted his hands on his hips and stared at me. “That was you.”I gave him a tight smile. “I haven’t slept in three days.”“How did you do it?”“Nova.” I shrugged. “He knew who the guy had picked out for this year and he called me.”Nova was a psychic—and psychotic with it. I’d once accepted a job to kill him, only to discover the guy who needed to die was the one who’d ordered the hit on him. So that’s what I’d done. Assassin isn’t one of the jobs I advertise, but I can, and have, killed.The man I’d killed last night was a man who’d needed to die in the worst way.He was also human, so if I was ever discovered, I had a one-way ticket to the chopping block—any NH discovered to have murdered a human gets the guillotine, assuming the non-human community doesn’t deal with the offender on their own. Losing the head is the surest way to kill any NH—and it’s bloody and spectacular. I think that’s why humans do it. We have teeth and claws and magic and they have giant silver blades.“He was human,” Justin said, echoing my thoughts.“Only on the outside.” I shrugged. “He was a monster, through and through.” Smiling thinly, I added, “The media is hailing his suicide as an act of cowardice. No doubt the victim who’d somehow escaped would have been able to identify him.”“She says an angel saved her.” Justin’s eyes gleamed now. “You got wings I can’t see, Kit?”I flipped him off.
Entre para ganhar um dos dois prêmios de J.C. Daniels. Um Kindle Fire ou um conjunto de chá – incluindo uma mistura de chás favoritos da Kit, bem como um download dos livros 1-3. Entre via o widget abaixo. Certifique-se de voltar e ver se você ganhou em um dos blogs participantes!]
**Two winners from the blog tour, in random order, will be drawn. In the event a non-US winner is drawn for the tea set, a GC of equal value will be substituted. Apologies, but customs can be evil.
[**** Dois vencedores do Blog Tour, sem ordem definida, serão sorteados. Na possibilidade de um ganhador que não morar nos Estados Unidos ser sorteado, o prêmio será substituído por um Cartão de Presente de igual valor. Desculpe, mas a alfândega pode ser má.]
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22 de janeiro de 2015
Vem aí: Irresistível de M.S. Fayes–Aguardem!
Livro: Irresistível
Autora: M.S. Fayes
Trilogia da Lei 02
Publicação independente
280 páginas
Disponível em Fevereiro em E-book e livro Físico.
Sinopse: Poderia haver algo que freasse a impetuosa Fay Williams? Aparentemente apenas um homem com pulso firme poderia domar aquele furacão em forma de mulher. Quando Fay e Alex se encontram pela primeira vez, faíscas voam para todos os lados, deixando marcas em ambos. Eles nunca poderiam esperar que suas carreiras acabariam se encontrando tão próximas.
Ao invés de aliados, eles se viram oponentes na batalha travada entre seus desejos e seus corações. O único que podiam atestar afinal era que, o amor é simplesmente irresistível em toda a sua essência.
Sobre a Autora:
Brasiliense que ficou conhecida na net por postar em seu blog resenhas, ou como ela costuma chamar, “divagações” sobre livros, de forma bem divertida, atraindo o público fã de romances. Posteriormente, passou a escrever contos que foram encantando o público leitor em geral.
Estamos falando de Martinha Fagundes, que sob o pseudônimo de M. S. Fayes, lançou este ano seu primeiro romance, Tapete Vermelho.
Facebook - https://www.facebook.com/MSFayes
Twitter - https://twitter.com/Martiquinha
Página pessoal do face: Martinha Fagundes
instagram: Martinha Fagundes
18 de janeiro de 2015
Soldados: Sobre lutar, matar e morrer de Sönke Neitzel e Harald Welzer
Cerca de um milhão de soldados alemães foram capturados pelas tropas britânicas e norte-americanas ao longo da Segunda Guerra Mundial – desde jovens praças de infantaria até oficiais condecorados da Luftwaffe e da SS. As divisões de espionagem dos Aliados, interessadas no potencial estratégico das conversas e confidências trocadas entre alguns desses prisioneiros, instalaram microfones ocultos em suas celas a fim de monitorar diálogos relevantes para a inteligência militar. Pistas decisivas sobre flutuações do moral do inimigo e o desenvolvimento de armas secretas pelo regime nazista apareceram nas dezenas de milhares de páginas transcritas dessas escutas.
Setenta anos após o conflito, esses inestimáveis documentos históricos – nunca antes publicados – são a base deste livro assombroso e surpreendente. Os autores oferecem uma radiografia extensa dos modos de ser, pensar e combater dos soldados de Hitler, mas também um olhar único e indispensável sobre a mentalidade dos militares em geral, que sempre insistiram em seu comportamento honrado durante as guerras. Esse mito é derrubado de uma vez por todas por essas gravações.
Livraria Cultura / Saraiva / Amazon
Esse livro, apesar de trazer um documento histórico incrível e imprescindível, pode também ser muito atual e revelar muito de nossa sociedade hoje, em pleno século XXI, mostrando que ou a história é mesmo cíclica ou a humanidade em geral não evoluiu em nada!
Para começar podemos ver que a espionagem é algo que vem de muito tempo atrás, então WikiLeaks e Snowden só vieram mesmo para revelar algo que existia – e ainda deve existir, pois duvido que os governos vão deixar uma arma dessas para trás! Mas o mais interessante nesse livro é o estudo sociológico e histórico que os autores fazem no início e que me fez refletir sobre muitas coisas e acontecimentos e me fez enxergar o mundo de uma outra forma.
Sönke é historiador e Harald, sociólogo e os dois se uniram para analisar o tesouro que são as gravações feitas, pelos Aliados, de conversas de soldados alemães presos durante a guerra. Esses relatos são como uma cápsula do tempo, pois como foram gravadas no decorrer da guerra, os soldados não sabiam quem sairia vencedor, nem quanto tempo a guerra duraria. O que eles tinham em mãos era o dia a dia desses indivíduos e o modo como eles interpretavam o que estava ocorrendo no mundo o o modo como se gabavam e/ou contavam suas experiências no decorrer das batalhas e ocupações. São relatos crus, violentos e surpreendentes!
Uma das coisas que mais me chamou a atenção no livro foi aprender sobre "marcos referenciais". O que é isso? Vou transcrever a explicação dos autores:
"Os seres humanos não são como os cães de Pavlov. Eles não reagem a determinados estímulos com reflexos condicionados. Nos seres humanos, entre estímulo e reação acontece algo bastante específico, que representa a sua consciência e difere a espécie humana dos demais seres vivos: os seres humanos interpretam o que seus sentidos percebem e, só a partir dessa interpretação, tiram conclusões, decidem e agem. Por isso, ao contrário do que supunha a teoria marxista, os seres humanos jamais atuam com base em condições objetivas – nem se orientam exclusivamente pelos cálculos de custos e benefícios, como teóricos da rational choice nas ciências sociais e econômicas fizeram acreditar por muito tempo. Uma guerra não se explica inteiramente com ponderações de custo e benefício; ela tampouco surge necessariamente das circunstâncias objetivas. Um corpo sempre cai de acordo com as leis da gravidade, e nunca de outra maneira, mas o que as pessoas fazem pode ser sempre feito de outro jeito. Nem mesmo temas tão mágicos como as "mentalidades" conseguem estabelecer o que os seres humanos fazem. Não que se duvide da importância das configurações psicológicas. As mentalidades antecedem as decisões, mas não as determinam. Embora a percepção e a ação dos seres humanos estejam ligadas a condições sociais, culturais, hierárquicas, biológicas e antropológicas, eles gozam de uma margem de interpretação e de ação. Poder interpretar e tomar decisões pressupõe alguma orientação – e saber em que está envolvido e quais consequências cada decisão traz. Essa orientação fornece uma matriz ordenada de modelos interpretativos: o marco referencial.
Histórica e culturalmente, os marcos referenciais variam bastante: muçulmanos ortodoxos enquadram o comportamento sexual como moral ou reprovável em marcos distintos aos dos ocidentais secularizados. Nenhum membro de nenhum dos grupos compreende o que vê livremente de referências que, não tendo procurado nem escolhido, ainda assim marcam, induzem e direcionam de maneira significativa seus sentidos e interpretações. Não quer dizer que não haja também, em situações especiais, extrapolações do marco referencial estabelecido e algo verdadeiramente novo seja visto ou pensado. Mas isso só ocorre raramente. Marcos referenciais garantem economia de ação: o que ocorre com mais frequência pode ser enquadrado em alguma matriz conhecida. Funciona como um alívio. Nenhum agente precisa começar sempre do zero, respondendo continuamente à mesma pergunta: o que está realmente acontecendo agora? As respostas a essa pergunta já estão, em sua grande maioria, pré-programadas e são reproduzíveis – armazenadas num acervo cultural de orientação e conhecimento que dissolve em rotinas, costumes e certezas boa parte dos encargos da vida e poupa os indivíduos de forma colossal."
Como se pode ver, se partirmos dessa definição de marcos referenciais, podemos compreender o mundo de um outro jeito, pois a cultura e sociedade é muito variável em todo o mundo. E uma das coisas que me chamou a atenção também foi quando os autores afirmaram que Hitler conseguiu mudar o marco referencial alemão em pouco mais de uma década, sendo que os marcos referenciais mudam somente durante gerações.
A parte alta do livro, porém, são as transcrições das conversas entre os soldados. Há todo um universo lá que a gente nem consegue imaginar! O horror, as mortes, o modo como lidavam com os fatos da guerra e da paz... tudo é um aprendizado tremendo e uma entrada numa mentalidade totalmente diversa da nossa! Tinha horas que eu tinha de parar, pois ficava escandalizada como o pouco caso que eles faziam das vidas humanas. Mas como os autores já explicam no começo: devemos ler sem julgamentos, pois o marco referencial deles é diferente do nosso, e eles não sabiam o que viria pela frente! (se bem que não sei se fariam diferente se soubessem...). O livro traz uma histórica reconstituição do Terceiro Reich e um estudo muito profundo da mentalidade dos soldados e pessoas que viveram nesse período e foram seduzidos pela aura de Hitler e seus asseclas.
Mas quando disse que esse livro ainda pode ser traduzido para nossa era atual – século XXI – é porque é difícil não enxergar a ideologia que os nazistas seguiam tão ferrenhamente da ideologia dos jihadistas de hoje: há o mesmo ódio a quem não é como eles (arianos = islamitas), a mesma sanha de dominar o mundo (veja as guerras na África e em alguns países do Oriente onde cristãos e outras etnias estão sendo perseguidos por radicais islâmicos). Há toda uma cultura de ódio e perseguição ao diferente e um descaso total com a vida de inocentes! E acho que essa teoria dos autores sobre marcos referenciais pode ajudar a entender e compreender o mundo de hoje de uma forma mais clara e sem ideologias. Um livro para ser referência para sempre!