30 de maio de 2009

Simply Perfect de Mary Balogh

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Alto, moreno e perfeitamente sensual, ele é a epítome da perfeição masculina. Não que Claudia Martin esteja procurando por um amante. Ou um marido. Como proprietária e diretora da Escola para Moças de Miss Martin, em Bath, ela se resignou, há muito tempo, a uma vida sem amor. Até que Joseph, Marquês de Attingsborough, chega sem se anunciar e a tenta a jogar fora toda uma vida de decência por um romance que apenas poderia levar à ruina.

Joseph tem seus motivos para procurar por Claudia. Instantânea e irresistívelmente atraído pela dedicada professora, ele embarca num plano de sedução que os deixa ansiosos por mais. Mas como herdeiro de um influente ducado, se espera que Joseph continue com o legado da família. E Claudia sabe que não tem lugar nesse mundo.

Agora o mundo está prestes a ser sacudido por escândalos. Um casamento arranjado, um segredo que chocará a Ton, e um homem do passado de Claudia conspirarão para separar os apaixonados. Mas Joseph está determinado a tornar Claudia sua a qualquer preço. Mesmo que isso signifique desafiar as convênções e quebrar cada regra por um amor que é tudo o que ele sempre quis – um amor que é a própria perfeição…

Mary Balogh fechou com chave de ouro o quarteto Simply. Simply Perfect é bem isso mesmo: Simplesmente Perfeito! Não que não tenha havido momentos em que quase gritei com Joseph ou Claudia, mas eles se completavam tão lindamente que chegou a me emocionar.

Joseph está em Bath visitando o pai, que está se recuperando de uma gripe.  Aproveita para levar uma carta de Suzanna para Miss Martin. Mais para frente, vemos que ele tem um motivo secreto para fazer esse favor. Ele queria conhecer a escola e ver o tipo de educação que as meninas recebiam ali.

Em todos os livros, Claudia sempre declarou em alto e bom som seu desdém e raiva de duques. Desde um embate entre ela e o duque de Bewcastle ela simplesmente não quer nada com a ton – duques principalmente. Assim, pode-se imaginar o modo como ela recebe Joseph, pois afinal ele é um marquês e futuro duque.  Sua frieza e, até mesmo sua rudeza, divertem Joseph. Ele é um homem bem humorado, gentil e extremamente masculino, o que irrita Claudia ainda mais por se ver atraída por ele.

O relacionamento deles vai sendo construído passo a passo. Mas depois de muitas conversas e até mesmo de beijos apaixonados, Joseph resolve se abrir com Claudia: ele tem uma filha ilegítima – Lizzie – a quem ama acima de tudo. E Lizzie é cega! Ele precisa da ajuda de Claudia para educar a filha – visto a mãe da menina ter morrido há um ano e Joseph ser o único responsável por ela.

Gostei da abordagem que Balogh deu a essa situação. Como se educavam crianças cegas na época da regência? Claudia  e a nova professora, Eleanor, decidem tentar ver o que pode ser feito durante o verão, na propriedade do duque de Bewcastle, onde as crianças não pagantes foram convidadas a passar um mês.

Nem preciso dizer que Lizzie é uma criança adorável. Super protegida pela mãe (e pelo pai também), ela não tem conhecimento do mundo fora da casa onde cresceu. Vê-la fazendo descobertas, aprendendo a ser uma criança normal, conseguindo amigas e independência é maravilhoso! Várias vezes me peguei com lágrimas nos olhos – não de tristeza, veja bem, mas de emoção!

Mas para Claudia, a temporada não está sendo fácil. Primeiro foi a atração, que se transformou em amor, por Joseph. Depois, ela reencontra o homem por quem foi apaixonada na juventude, e que a abandonou de forma brutal – o duque de McLeith (por isso seu ódio por duques).   Mas o pior é que Joseph está praticamente noivo de uma moça adequada a se tornar marquesa, e depois duquesa.

Mary Balogh nos conduz nesse emaranhado todo e não perde o fio da trama. Um livro que faz com que você vire as páginas para saber como tudo se resolverá, esperando, é claro, sempre pela perfeição (o que, na minha opinião, foi alcançado).

Vou colocar aqui a cena do primeiro beijo deles (na verdade o segundo rsrsrsrs)

- Na realidade – ela disse – eu não me importaria se você fizesse isso novamente.

Ela se sentia estranha, como se outra pessoa tivesse falado através de seus lábios, enquanto a verdadeira Claudia Martin observava em um chocado assombro. Ela realmente disse aquilo que falou?

- Eu não me importaria também. – ele disse, – e eles se encararam por um longo momento antes dele soltar as mãos dela e envolver os seus ombros com um braço, enquanto o outro era colocado em sua cintura. Claudia colocou os braços ao redor dele simplesmente por não saber o que fazer com eles. E ela levantou o rosto para o dele.

Ele era grande e de corpo duro e muito, muito masculino. Por um momento ela realmente ficou assustada. Mortalmente. Especialmente por ele não estar mais sorrindo. E então ela esqueceu do medo e de tudo o mais quando foi engolfada na absoluta sensualidade de ser lenta e muito perfeitamente beijada. Seu corpo floresceu ao toque dele e ela não era mais Claudia Martin, mulher de negócios bem sucedida, professora e diretora.

Era ela simplesmente mulher.

Ela sentia a largura e os músculos de seus ombros, e uma de suas mãos se enlançou nos cabelos grossos e mornos dele. Com seus seios sentia a sólida parede de seu peito. Suas coxas pressionadas contra a dele. E entre suas pernas ela sentia um pulsar agudo que se espiralava dentro dela até a garganta.

Não que estivesse analisando cada sensação. Ela somente as sentia.

Quando ele abriu a boca sobre a dela, ela também o fez e angulou a cabeça e se agarrou nos cabelos dele quando a língua invadiu sua boca e a acaricou toda. Quando ele a empurrou contra o tronco de uma árvore distante alguns poucos centímetros, ela se moveu com ele, e então pode se apoiar nela enquanto ele percorria todo seu corpo com as mãos: seios, quadris, traseiro.

Quando ele se pressionou contra ela e ela pode sentir a evidência de sua excitação, separou as pernas e se esfregou contra ele, desejando nada mais do que sentí-lo dentro de si, bem dentro. Ah, dentro.

Ainda assim, nem por um minuto ela se esqueceu de que era com o marquês de Attingsborough que ela dividia esse abraço sensual. E nem por um momento ela se enganou com ilusões. Isso era por agora. Apenas agora.

Algumas vezes, agora era o suficiente.

Algumas vezes, era tudo.

Ela sabia que nunca iria se arrepender.

Ela sabia também que iria sofrer por muito e muito tempo.

Não importava. Melhor viver e sofrer do que não viver nada.

1 comentários:

Bia disse...

Uau, esse é o segundo comentário que leio sobre essa autora hoje!
E os dois positivos!!!

Vou ter que ler algo dela, hehe!

Bjs