21 de janeiro de 2012

Gone, O Mundo Termina Aqui de Michael Grant

Num piscar de olhos, todos desaparecem. SOMEM.

Só restaram os mais jovens: adolescentes e crianças. Nenhum adulto. Não existem mais professores, nem policiais, nem médicos, nem pais. E, de repente, também não há telefones, nem internet, nem televisão. Não há como descobrir o que aconteceu. Nem como conseguir ajuda.

A fome é uma ameaça. Os valentões tentam dominar todos os outros. Uma criatura sinistra está a espreita. Os animais estão sofrendo mutações, e os próprios jovens estão mudando, desenvolvendo novos talentos – poderes inimagináveis, perigosos, mortais –, que ficam mais evidente a cada dia.

É um mundo novo e aterrorizante. Cada um terá de escolher seu lado para a batalha que se aproxima. Os moradores locais contra os riquinhos de um internato nos arredores. Os fortes contra os fracos. As aberrações contra os normais. E o tempo está acabando: no dia do seu aniversário, você também pode desaparecer, como todos os outros.

GONE # 01

Eu vi esse resumo e decidi que tinha de ler esse livro. E não me arrependi. Uma leitura deliciosa!

Para começar, um mundo onde só existem adolescentes e crianças até os 15 anos – idade em que você pufa (como eles dizem) – é um mundo muito difícil de se imaginar. Me lembrou um episódio de Jornada nas Estrelas (sim, essa série é antiga e clássica e eu adoro!) em que o Capitão Kirk e Cia chegam a um planeta exatamente assim – somente de crianças e jovens que quando atingiam uma certa idade, ficavam doentes e morriam. Acho que esse foi um dos atrativos que o livro teve sobre mim. Mas aqui, nessa história, não tem doença alguma. Simplesmente há o desaparecimento. Pura e simplesmente a pessoa some e não deixa rastro!

E é assim que a história começa. Sam e Quinn estão na aula de história e, de repente, o professor desaparece. Não só o professor, mas também um aluno da sala. Eles acham que é algum truque para atrair a atenção da turma, mas que nada... Quando percebem, somente os alunos estão na escola. E não quaisquer alunos. Somente os alunos que ainda não completaram 15 anos. Eles se unem a Astrid, a menina mais inteligente da escola, conhecida como Astrid Gênio e passam a procurar pela cidade por seus pais ou qualquer outro adulto. Claro que não acham ninguém. Astrid e Sam e Quinn encontram, então,  Edilio, um rapaz de Honduras recém chegado na cidade de Praia Perdida, e juntos partem para procurar o Pequeno Pete, irmão autista de Astrid. No caminho, vão encontrando crianças perdidas e assustadas e sem saber o que fazer. Sam é um líder natural e, portanto, os demais jovens buscam sua ajuda. Mas ele não quer o manto da liderança e prefere ficar só observando e tentando entender o que se passa... E vou parar por aqui, senão vou acabar dando spoilers e contanto o livro inteiro.

O que mais me atraiu na história foi o modo como podemos ir acompanhando a transformação e crescimento dos personagens. Tinha horas que precisava lembrar que eles tinham apenas 14 anos! É impressionante ver o que eles têm de enfrentar com tão pouca idade – e como fazem o melhor que podem e dão tudo de si! Fora que o livro é super dinâmico e é impossível sossegar – sempre tem alguma coisa acontecendo! E também há os mistérios que surgem como Escuridão e a barreira e os poderes desenvolvidos por alguns jovens que deixam os leitores e personagens intrigados.

Uma personagem que me cativou, além de Sam e Astrid,  foi Lana. Ela passa por algumas situações que fariam qualquer adulto pedir arrego! Mas ver como ela vai mudando e se transformando - e como é corajosa e esperta - é impressionante! Outro personagem marcante é Albert. Caçula de uma família enorme, ele se vê sozinho e sem ter a quem responder. Como sabe cozinhar – coisa que sua mãe ensinou a todos os filhos – ele assume a "direção" do McDonald´s local  e consegue realizar muitos feitos! Maria e seu dom para cuidar de crianças pequenas também é uma salvação, pois ela assume para si os cuidados com os pequeninos – e essa foi uma de minhas primeiras preocupações com o sumiço dos adultos: quem iria cuidar dos bebês e crianças menores? Como podem ver, há muitos personagens apaixonantes e por quem a gente torce muito. E, claro, há os vilões e aproveitadores que a gente ama odiar...

Gostei muito do universo criado por Michael Grant e já comprei o próximo volume – Fome – para rever Sam & Cia e ver como estão lidando com as situação e que novas dificuldades enfrentarão.

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