9 de agosto de 2009

Cega de Karin Slaughter

cega

A pacata Heartsdale, na Georgia, entra em pânico quando Sara Linton, pediatra e médica-legista da cidade, encontra Sibyl Adams, uma jovem professora universitária, morta em um restaurante local. Além de ter sido violentamente estuprada, Sybil fora esfaqueada: dois cortes profundos formavam uma cruz macabra na altura do estômago. No entanto, quando Sara realiza a autópsia, a brutalidade do assassino é revelada em toda a sua extensão.

O chefe de polícia, Jeffrey Tolliver, ex-marido de Sara, está a frente da investigação. Quando uma segunda vítima é brutalmente crucificada alguns dias depois, ele tem de encarar o fato de que o assassinato de Sibyl não fora um ataque pessoal, um caso isolado. Na verdade, um estuprador sádico aterrroriza o Condado de Grant.

Jeffrey não está sozinho em sua busca. Lena Adams, a única detetive da cidade, quer justiça a qualquer preço, uma vez que Sibyl é sua irmã. Sara também não consegue escapar do horror. Um segredo de seu passado pode ser a chave para descobrir o assassino – a menos que ele a encontre primeiro.

 

Gostei muito da história. Um suspense policial bem amarrado e um time de investigação muito bom.

A crueldade e esperteza do assassino estuprador é bem relatada – e quem se ressente de descrições pormenorizadas, pode não gostar muito. Eu, particularmente, adoro livros em que os legistas participam da investigação e vão revelando toda a monstruosidade dos psicopatas. Acho que de tanto assistir CSI fiquei mórbida…

Fora isso, há também as tensões entre os personagens e o relato do modo de vida de uma pequena e pacata cidade que se vê sacudida por crimes bárbaros e sem explicação. Eu consegui descobrir o assassino somente no final e por um pequeno detalhe, mas fiquei muito supresa!

Um ponto que não me agradou muito foi o relacionamento de Sara e Jeffrey. Os dois são excelentes profissionais e fazem seu serviço direitinho, mas quando chega a vida pessoal são dois paspalhos e metem os pés pelas mãos. Mas como é uma série (e infelizmente só dois livros foram lançados no Brasil até agora) dá para entender o porquê disso.

Série Condado de Grant:

Blindsighted (Cega) – 2001

Kisscut – Não publicado no Brasil – 2002

A Faint Cold Fear (Frio na Espinha) 2003

Indelible – Não publicado no Brasil – 2004

Faithless – Não publicado no Brasil – 2005

Beyond Reach – Não publicado no Brasil – 2007

Undone – Não publicado no Brasil – 2009

Espero que logo se publiquem os outros por aqui, pois é uma leitura muito interessante e um bom suspense policial.

7 de agosto de 2009

Night Play de Sherrilyn Kenyon

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Bride McTierney está cansada dos homens. Eles são estúpidos, egocêntricos e nunca a amam do jeito como ela é. Mas embora ela se orgulhe em ser independente, bem lá no fundo ela ainda sonha com um cavaleiro de armadura brilhante.

Ela só não esperava que seu cavalheiro de armadura brilhante tivesse uma brilhante cobertura de pêlos…

Perigoso e torturado, Vane Kattalakis não é o que parece. Muitas mulheres lamentam que seus namorados sejam cachorros. No caso de Bride, ele é um lobo. Um lobo Were-Hunter. Jurado de morte pelos inimigos, Vane não está procurando por uma companheira. Mas as Moiras marcaram Bride como sua. Agora ele tem três semanas para convencer Bride de que o sobrenatural existe ou ele passará o resto da vida castrado – algo que nenhum lobo com auto-respeito pode aceitar…

Mas como um lobo convence uma humana a confiar sua vida a ele quando seus inimigos estão tentando acabar com a dele? No mundo dos Were-Hunters é realmente lobo-comendo-lobo. E apenas um homem alfa pode vencer.

Bride é gordinha, alta e se sente desconfortável com isso. Namora Taylor há cinco anos e ele sempre a coloca em regimes, academias e tenta mudá-la a todo custo. Um dia, depois de ter conseguido sucesso como âncora de um jornal de TV, ele simplesmente escreve um bilhete e informa Bride que quer alguém com melhor aparência em sua vida…

É quando surge Vane! Ele é um Were-Hunter lobo e já havia visto Bride, de passagem, quando estava ajudando Talon a proteger Sunshine. Ele se sentiu imediatamente atraído por ela, mas não a perseguiu na ocasião. Agora, depois de 08 meses de sofrimento e desesperança e muitos problemas ele a vê na loja dela e decide que chegou a hora! E para Bride, não há hora melhor!

Esse primeiro encontro é quente e eleva muito a auto-estima de Bride. Afinal Vane é “absolutamente lindo” como ela mesma define. Só que, além do sexo, há o destino… Bride e Vane são marcados como companheiros. – Uma explicação: no mundo dos Were-Hunters, sabe-se que há um companheiro destinado a cada um. O que ocorre é que, depois de algumas horas do ato sexual, surge uma marca na mão do homem e da mulher, sinalizando que o Destino os fez um para o outro. Mas, a escolha é sempre da mulher. Ela pode se negar a “casar” com o homem escolhido pelo destino. Nesse caso, o homem ficará impotente pelo resto da vida, ou até a mulher morrer. A mulher poderá seguir com sua vida normalmente, mas nunca terá filhos, pois isso só é possível com o seu parceiro escolhido pelo destino. – Bem interessante todo esse poder para as fêmeas.

Então, Vane agora tem de convencer Bride a aceitá-lo no prazo de três semanas (que é o prazo para a mulher aceitar ou não a união) ou ficar impotente pelo próximos anos. O problema é que Vane está sendo perseguido por inimigos, está com o irmão Fang incapacitado e não tem como proteger Bride e o irmão ao mesmo tempo. Sem falar que Bride não sabe da existência do sobrenatural e não se tem como saber como ela vai reagir ao saber que o belo homem cortejando-a é um lobo.

O que mais amei em Vane é que ele queria Bride justamente da forma como ela era. Ele não queria que ela mudasse e era tão, mas tão carinhoso com ela que acabou me conquistando também…

Enfim, um livro com muito romance, ação, suspense e muito humor!

Vou colocar um trechinho que achei o máximo. Taylor vai até a loja de Bride devolver as coisas e móveis dela que estavam no apartamento que dividiam. Vane está em forma de lobo, para poder protegê-la e observá-la e ouve a discussão. Taylor começa a ofendê-la e…

Ela lhe lançou um olhar cheio de reprovação.

- Você é um idiota! O que foi que vi em você?

Ele estendeu os braços como se exibindo para ela e sorriu: – O mesmo que toda mulher vê em mim, baby. Encare a realidade, nós dois sabemos que você nunca mais vai conseguir que outro cara tão bonito quanto eu se interesse por você.

… (há uma ligeira discussão e eles saem da loja)

Taylor abriu a boca para responder, então a fechou quando uma motocicleta se aproximou deles.

Bride franziu a testa enquanto o motoqueiro parou em frente ao Alfa Romeo bem ao lado de sua loja. No momento em que o motoqueiro tirou o capacete, seu coração acelerou.

Era Vane – e não o peludo.

Vestido em uma jaqueta de couro negro e jeans desbotados ele estava super apetitoso.

E sua beleza rude deixava a aparência de bom moço de Taylor no chinelo.

Taylor os encarou enquanto Bride se aproximava de Vane, que estacionou a moto e então passou uma perna longa e masculina por cima da motocicleta. Em um movimento fluido, ele a puxou para ele e a beijou como se fosse em um filme.

- Oi Bride. – ele disse contra os lábios dela.

Ela sorriu para ele. – Oi

- Quem diabos é esse aí? – Taylor perguntou.

Vane o olhou de cima a baixo como se não o considerasse muito. – Sou o amante dela, quem diabos é você?

Bride mordeu os lábios quando a felicidade a percorreu. Ela poderia beijá-lo novamente por isso.

- Sou o namorado dela.

- Ah! – disse Vane – Você é a porcaria do idiota. – Ele olhou para Bride – Pensei que tivesse se livrado dele.

Ela sorriu ainda mais do que antes e lançou um olhar maligno para Taylor – Eu me livrei, mas ele voltou…implorando.


6 de agosto de 2009

Kiss of the Night de Sherrilyn Kenyon

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Caro Leitor,

O que se tem quando se junta um guerreiro Viking imortal de quem ninguém se lembra cinco minutos depois que ele se afasta, uma princesa que está fugindo para salvar a própria vida e um semi-deus verdadeiramente irritado? Basicamente, você vê o que é minha vida.

Tudo começou de uma forma bem simples. Uma noite eu fui salvar a vida de uma mulher com problemas. Logo depois, a porta do inferno se abriu e dali sairam Daimons – vampiros como nunca foram visto antes. Liderados pelo filho de Apolo, eles estão tentando acabar com a maldição que os baniu para a escuridão.  O único problema é que para isso eles terão de matar Cassandra Peters  e,  se ela morrer, o sol também morre, e a Terra e tudo o que vive nela.  A vida é mesmo uma caixinha de surpresas, não?

Unidos pelo destino, agora é meu trabalho proteger a filha da própria raça que venho caçando há séculos. Nenhum de nós ousa confiar no outro. Mas ela é a única que se lembra de mim…Mais do que isso, com sua coragem e força ela é a única que conseguiu tocar um coração que pensei ter morrido séculos atrás.

A única forma de um Dark-Hunter recuperar sua alma é através do amor de uma mulher. Mas o que acontece quando essa mulher não é exatamente humana?

Wulf Tryggvsen

Continuando com minha leitura da série Dark-Hunter, cheguei a esse livro onde Sherrilyn retrata a vida dos Apollites – a raça criada e amaldiçoada por Apolo.

Os Apollites são um povo belo –  todos são loiros, altos, bonitos. Mas foram condenados a morrerem no dia em que completarem 27 anos de idade. Muitos, para evitar tal destino, acabam atacando humanos e roubando suas almas para prolongarem suas vidas. São quando se tornam Daimons e são caçados pelos Dark-Hunters.

Cassandra é meio humana/meio Apollite. Faltam oito meses para completar 27 anos e ela não sabe se terá ou não o destino de suas irmãs. Ela pode andar durante o dia – coisa proibida a um Apollite, pois como Apolo é o deus do Sol, ele baniu seus filhos de sua presença  – e tem uma vida praticamente normal. Mas fica aquela dúvida e o medo do futuro. Fora isso, ela é caçada pelos Daimons e Apollites devido a uma profecia que diz que se a linhagem dela acabar, a maldição será revogada. E ela é a última de sua linhagem…

Numa noite em que está num bar, um grupo de Daimons aparece e a reconhece e tenta matá-la. Ela é salva por Wulf – um Dark-Hunter Viking. Wulf se tornou um escravo de Artemis ao ser enganado por uma Dark-Huntress. Essa mulher, ao trocar de lugar com ele ajudada por Loki (um deus nórdico), o amaldiçoou ainda por cima. Qualquer humano que o conheça esquece-se dele cinco minutos depois de ele se afastar. Acheron conseguiu reverter um pouco a maldição fazendo com que qualquer humano descendente de Wulf se lembrasse dele. O último descendente dele é Cris, seu sobrinho,  um jovem de 21/22 anos e que sofre horrores de pressão para providenciar herdeiros… são momentos hilários entre Wulf e ele discutindo e Wulf arrumando encontros e pressionando para que ele se cuide e não adoeça e não se machuque…

O fato é que, Cassandra não só se lembra de Wulf no dia seguinte, como começa a ter sonhos estranhos com ele. Quando se reencontram, Wulf fica super feliz ao ver alguém se lembrando dele, sem necessidade de ter de se apresentar novamente. Mas isso dura pouco, pois ao descobrir que Cassie é Apollite, ele não gosta nem um pouco.  Mas Acheron o obriga a protegê-la e ajudá-la. E é aí que Wulf descobre muitas coisas sobre Daimons e Apollites que os Dark-Hunters nem suspeitam e nem imaginam e isso muda radicalmente sua forma de ver o mundo e sua missão.

Foi interessante ver toda a cultura e modo de vida dos Apollites. Imagine você saber exatamente o dia e o modo em que vai morrer. A desesperança, a dor, o fatalismo… E ainda assim, eles vivem e bem e aproveitam cada minuto!

Cada livro sou surpreendida pela criatividade e construção de mundo de Sherrilyn Kenyon. Essa é uma autora que está entrando para o grupo daquelas que se escrevem bula de remédio, estou comprando!

4 de agosto de 2009

Minha vida como traidora de Zarah Ghahramani

 

vida como traidora

Nascida em 1981, Zarah Ghahramani cresceu em um subúrbio de Teerã. Filha de pais liberais de classe média, foi criada para acreditar que a educação não era um privilégio dos homens, por isso foi encorajada a ler ampla e ambiciosamente. Zarah possuia o entusisamo adolescente natural de garotas do mundo todo. Mas, como todas as mulheres de sua geração, tinha de se vestir com cores sóbrias e cobrir os cabelos a fim de respeitar as normas rígidas do regime iraniano.

Fascinada por Arash, estudante e ativista político líder de protestos, conhecido por ser um transtorno para o regime, Zarah ingressa num movimento político estudantil, mas o sonho de liberdade logo se transforma em pesadelo – ela é presa e enviada à penitenciária mais notória de Teerã: Evin.

E seu lar, agora, é uma cela de concreto, sem janelas.

Em Minha vida como traidora, Zarah Ghahramani conta a história de sua aterrorizante tribulação e eventual libertação e descreve como a dolorosa experiência a transforma em uma mulher corajosa e determinada. Uma autobiografia poderosa e lindamente escrita sobre a vida em um regime opressor.

 

Biografias e autobiografias não são muito meu estilo de leitura. No entanto, esse livro me chamou a atenção desde que o vi no site de uma livraria. E eu gostei muito dessa leitura.

Me identifiquei muito com Zarah, afinal escolhemos a mesma área de estudo: tradução. Outro ponto que gostei muito foi o modo como ela conseguiu aprender e crescer, como pessoa,  lendo e analisando todo o aprendizado que teve durante sua vida.

O livro já começa com Zarah indo para o primeiro interrogatório. Uma cena muito tensa e onde vemos todo o terror da situação em que ela se encontra.

A historia transcorre entre interrogatórios e sua vida na pequena cela e sua relação com o preso da cela acima  - Sohrab – uma relação que a ajuda e é delicada e truncada e muito especial e interessante. Entre os interrogatórios e as conversas com Sohrab, Zarah divaga e nos mostra a cultura iraniana, a vida que ela levava, a importância dos pais e da educação em sua vida e formação pessoal. Fiquei encantada por saber mais desse povo e sua história, pois geralmente só vemos ou ouvimos falar sobre os atos e ações dos políticos e autoridades religiosas que regem o país.

Um capítulo que achei apaixonante foi o 14, onde ela divaga sobre a língua e literatura e a importância do idioma na construção da identidade, tanto pessoal quanto do país.  Vou colocar um trechinho para mostrar a beleza da prosa nesse capítulo:

“O idioma de minha mãe é o farsi, ou persa, a língua antiga da Pérsia e ainda a oficial do Irã…

… o farsi combina com os persas. É fruto da sensibilidade persa. Já falei sobre as características persas em relação ao amor e ao namoro, mas não mencionei  o mais adorável aspecto em relação ao idioma: é a língua dos mentirosos. Não dos mentirosos frios e calculistas – não é o que me refiro; não dos mentirosos que usam a língua como um ladrão usa as mãos. Não, eu me refiro àqueles que sonham, àqueles que contam histórias a si mesmos e acreditam nelas graças à beleza com que são contadas;  àqueles que usam palavras para fazer rosas desabrochar no deserto, onde o sol queimou o solo, deixando-o negro e avermelhado.

… Não é a língua dos curtos e grossos, dos moralmente destemidos. Você consegue obter uma resposta direta de um persa? Não, não é possível porque, a caminho de fornecê-la, o persa subitamente se dá conta de uma centena de rotas mais fascinantes até a resposta e, antes que perceba, um simples “sim” ou “não” tornou-se uma aventura que requer mil palavras para ser contada…”

Apesar de toda poesia e beleza que ela nos mostra, Zarah também revela a crueldade e ignorancia do governo no trato com as pessoas e as leis insensatas e insanas que regem o país. Ela revela a busca pela liberdade de expressão, pela liberdade de viver a vida da forma como quiser e desejar. A liberdade de andar com os cabelos ao sol e ao vento e de estudar e amar sem precisar temer a perseguição religiosa e policial.

Se quiser saber mais, há um site onde, inclusive, há vídeos sobre a prisão (que é praticamente um personagem do livro também). http://www.minhavidacomotraidora.com.br

29 de julho de 2009

Minha pilha A Ler # 1

Foto022Esses são da série Dark-Hunter.



27 de julho de 2009

Selinho…

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A Celsina me presenteou com esse selinho lindo!!! Obrigada!

Vamos as regras:

1. Responder as perguntas:

Uma música mágica:  Essa é difícil, pois amo música… Mas vou ficar com Dust in the Wind do Kansas que tem uma letra maravilhosa e uma mensagem que adoro…

Um filme mágico: Amo Feitiço de Áquila! É antigo, mas atemporal, uma história de amor maravilhosa.

Uma viagem mágica: Essa eu ainda não fiz… Não sou muito de viagens e as que fiz foram bem comuns. Sonho em ir para a Inglaterra e Escócia e ver os lugares citados nos livros e na História, mas isso ainda é futuro.

Um acessório de maquiagem mágico. Não uso maquiagem, além de um batonzinho básico.

2. Indicar 5 blogs.

Dedico essa magia a todos os amigos que me visitam…

25 de julho de 2009

Angel´s Blood de Nalini Singh

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A caçadora de vampiros Elena Deveraux sabe que é a melhor – mas nem ela sabe se é boa o bastante para esse serviço. Contratada pelo perigosamente belo Arcanjo Raphael, um ser tão letal que nenhum mortal quer chamar sua atenção, Elena sabe que falhar não é uma opção – mesmo que a tarefa seja impossível.

Porque dessa vez, não é um vampiro desobediente que ela tem de rastrear. É um arcanjo que se tornou mau.

O trabalho colocará Elena no meio de uma onda de assassinatos como nunca se viu – e a trará para uma paixão alucinante. Mesmo que a caçada não a destrua, sucumbir ao toque sedutor de Raphael poderá fazê-lo. Pois quando arcanjos jogam, mortais quebram…

Esse é o primeiro livro da nova série de Nalini – Guild Hunter.

Gostei do universo que ela criou, apesar de no começo achar super estranho. Anjos, vampiros e humanos convivem no mundo sem subterfúgios. É incrível ver as cenas dos anjos voando para cá e para lá, morando e casas e apartamentos adaptados para suas asas e suas habilidades. Vampiros que passeiam a luz do dia e podem se misturar aos humanos, às vezes passando despercebidos. Muito interessante e diferente!

Os anjos são responsáveis pela criação dos vampiros. Há listas e formulários e testes e exames para a escolha dos humanos que terão esse privilégio. Em troca, esses vampiros terão de servir ao criador por 100 anos. É aqui que entra os caçadores. Muitos vampiros fogem e se recusam a cumprir o acordo e são caçados e forçados a voltar ao serviço dos anjos.

Elena é uma caçadora nata. Isso quer dizer que ela sabe diferenciar humanos de vampiros só pelo cheiro e outras particularidades. Essa é uma excelente arma na hora da caçada e por isso ela é a melhor.

Raphael precisa da melhor e por isso contrata Elena. Só que para caçar um outro arcanjo que se rebelou e se tornou um dos piores assassinos já visto. É um serviço muito difícil para Elena, pois além de não saber como perseguir um arcanjo – um ser muito poderoso e que pode matá-la só com o pensamento – Raphael a mantém no escuro sobre o porquê de Uram ter se tornado psicótico.

Fiquei dividida nesse livro. Gostei de uma parte e não gostei de outra. O problema maior foi que não gostei de Elena. Ela é fechada, agressiva e não confia em ninguém – somente, claro, em  seus melhores amigos Sara, a diretora da Guilda de Caçadores e Ransom, outro caçador. O relacionamento dela e Raphael foi difícil e não muito interessante. Ela não confiava em Raphael e vice versa. Construir um relacionamento onde os dois são desconfiados e não baixam a guarda um minuto sequer não é fácil…Não senti muita química entre eles e somente no final achei que poderia dar certo. Gostei dos personagens secundários – e que provavelmente terão suas histórias. Histórias que gostaria de acompanhar. E claro, o mistério e construção desse mundo que realmente me fascinou.

Creio que verei mais de Elena e Raphael em livros futuros, pois muitos mistérios do passado de ambos não foram revelados, só delineados. Quem sabe, com o passar da série, Elena não acabe me conquistando…