Immortal de Gillian Shields

 

A Escola Wyldcliffe Abbey para Jovens Moças, localizada em uma mansão Gótica nas geladas charnecas do norte, é de elite, é cara e despida de calor humano. Quando Evie Johnson é tirada de seu lar à beira mar para se tornar a mais nova bolsista, ela fica mais isolada do que ousou sonhar. Professoras rígidas, estudantes esnobes e a atmosfera opressiva de Wyldcliffe deixa Evie se afogando em solidão.

O único salva-vidas de Evie é Sebastian, um jovem rebelde, zombeteiro e perigosamente atraente que ela conhece sem querer. Conforme os sentimentos de Evie por Sebastian crescem a cada encontro secreto, ela começa a temer que ele esconde algo sobre seu passado. E ela é assombrada por vislumbres de uma estranha e fantasmagórica garota – uma garota que é estranhamente tão parecida com Evie que poderiam ser irmãs.  Evie vagarosamente se vê enrolada em uma complicada teia de passado e presente que não consegue controlar. E quando as forças elementais extraordinárias de Wyldcliffe se levantam como o poderoso mar, Evie tem de encarar uma verdade assombrosa sobre Sebastian e seu próprio incrível destino.

O conto eletrizante de Gillian Shields vai deslumbrar os leitores com suspense, misticismo e romance.

Achei o livro bem interessante! Colégio interno geralmente remete à Harry Potter, só que nesse caso é um tanto diferente, com um clima mais pesado e com muito suspense. Contudo, trata de bruxas e feitiçarias, mas mais voltado a poderes elementais e naturais – fogo, ar, água e fogo.

Evie perdeu a mãe muito cedo (ela se afogou no mar). Seu pai é militar e está servindo no exterior. Ela é criada pela avó – Frankie – que sofre um derrame e tem de ser internada em uma clínica. Então ela se vê obrigada a aceitar uma bolsa de estudos em Wyldcliffe Abbey.

Já na chegada ela vê que vai ser difícil encotrar a felicidade por lá. O taxista se recusa a levá-la até a escola, chamando-a de lugar amaldiçoado. Tem de caminhar sozinha, debaixo de chuva e se sentindo miserável e é quase atropelada por um cavalheiro distraído – Sebastian – que estava galopando feito um louco pela estrada num garanhão negro. Chega à escola atrasada e imunda e ainda por cima leva broca da diretora que não queria mais uma aluna bolsista.

As professoras da escola são muito esquisitas e realmente lembram bruxas más. As alunas – com exceção de Helen (que também é bolsista) e Sarah – tratam Evie como lixo e sempre que possivel a fazem sofrer punições. Para piorar, Evie começa a ter visões com uma garota parecida com ela e a ter desmaios. Sua única alegria são seus encontros secretos com Sebastian – sempre à noite e nas ruinas da velha capela.

Paralela à história de Evie, temos o diário de Lady Agnes – antiga moradora de Wyldcliffe Abbey quando ainda era residência  em 1882. Agnes fala sobre seu grande amigo S e em como ele a ajudou a buscar o Caminho Místico e a descobrir o fogo sagrado. Agnes e Evie tem a mesma idade – 16 anos – e ambas são ruivas e de olhos cinzentos. Pelo relato de Agnes vemos S como um rapaz altamente pertubado e que deseja o poder que a Arte pode proporcionar para buscar a imortalidade, mas ela se recusa a ajudá-lo, percebendo instintivamente que isso poderá destruí-lo.

Gillian consegue manter o suspense entre as duas tramas e, claro, nos faz imaginar inúmeras teorias sobre o que está acontecendo. Óbvio que fiquei presa na história querendo saber o que eu acertei e o que errei. Mais para o final, o livro começa com inúmeras revelações e acontecimentos e acaba de forma a indicar que ainda vamos ver mais de Evie, Sarah, Helen, Sebastian e até mesmo as alunas esnobes… Pena que ainda não descobri se vai haver continuação, mas vou ficar atenta!