Archangel´s Kiss de Nalini Singh

A caçadora de vampiros Elena Deveraux acorda de um coma de um ano para se encontrar mudada – um anjo com asas da cor da meia-noite e amanhecer – , mas seu corpo frágil precisa de tempo para se recuperar antes de ela poder lutar. Seu amado, o estonteantemente perigoso arcanjo Raphael, está acostumado a estar no controle – especialmente quando se trata da mulher que considera dele. Mas Elena nunca se deu muito bem com autoridade…

Eles mal começaram a se entender quando Raphael recebe um convite, da arcajo Lijuan, para um baile. Recusar seria um sinal fatal de fraqueza, então Raphael precisa preparar Elena para o vôo para Pequin – e para o pesadelo que os aguarda lá. Antiga e sem consciência, Lijuan tem um poder que a liga à morte. E ela organizou a mais perfeita e mais horrível boas vindas para Elena…

Segundo volume da série Guild Hunter. E, para mim, superou em muito o primeiro (Angel´s Blood). Agora, vemos o relacionamento entre Raphael e Elena florescer. Depois do modo amarrado que eles se comportaram no livro anterior, ver os dois mais soltos foi muito bom.

No final de Angel´s Blood, vemos Elena acordando de um coma que durou um ano e descobrimos que ela foi transformada. Mas ao invés de vampiro (que são criados pelos anjos), ela se vê transformada em anjo, algo inédito no mundo.  Contudo, ela está muito enfraquecida e é praticamente uma “criança”. Com o apoio de Raphael – o arcanjo de Nova York – e de seus Sete (três vampiros e quatro anjos que são a guarda de elite dele), Elena enfrenta um árduo treinamento físico e mental para se preparar para sua nova vida. 

E é aqui que vemos a maestria que Nalini tem para construir mundos: esqueça anjos bondosos e que tocam harpas e trazem boas novas. Nesse universo, eles são cruéis, traiçoeiros, sanguinários. Os arcanjos estão no topo da cadeia alimentar e, por isso, têm de se impor mais e mostrar mais poder e força que os outros. E é por isso que o convite de Lijuan – a mais antiga dos arcanjos e que vem experimentando com a morte – é visto como um desafio. E Raphael e Elena não podem demonstrar fraqueza, pois seria como sangrar num tanque de tubarões.

Gostei muito da história e do modo como Nalini foi fazendo pequenas revelações sobre os outros personagens, aguçando a curiosidade do leitor a continuar acompanhando a série,  como se fosse necessário! O próximo, me parece, ainda vai ser centralizado em Raphael e Elena e já estou aguardando…