15 de setembro de 2008
HOSTAGE TO PLEASURE de Nalini Singh
Com seu mundo sedutoramente ameaçador dos Psy/Changeling, Nalini Singh criou “uma aventura sensual, perigosa que não se pode perder” (Lora Leigh). Agora, quando o mortal Conselho Psy aperta o cerco, uma cientista Psy rebelada se encontra à mercê de um changeling que jurou vingança contra sua raça...
Separada de seu filho e forçada a criar um implante neural que tornará praticamente possível a escravidão de sua raça psiquicamente bem dotada, Ashaya Aleine é uma perfeita Psy – fria, calma, sem emoção...pelo menos aparentemente. Por dentro, ela trava uma desesperada batalha para salvar seu filho e escapar da frieza da PsyNet. Porém, quando a oportunidade aparece, ela não conduz à segurança, mas sim ao perigoso abraço de um franco atirador.
O franco atirador dos DarkRiver Dorian Christensen perdeu sua irmã para um assassino Psy. Embora não possua a habilidade de se transformar em um animal, seu leopardo vive dentro de dele. E é a ira do leopardo pela brutal perda que o leva a essa sede de vingança. Se apaixonar por uma Psy nunca esteve nos planos de Dorian. Mas encarregado de proteger Ashaya e seu filho, ele descobre que a paixão tem seu modo de mudar as regras...
Esse é o quinto livro da série Psy/Changeling. Nalini Singh nos conduz a um mundo onde três raças lutam pelo poder: os Psy, os Changeling e os Humanos. O cenário é São Francisco no futuro e numa realidade alternativa.
Os Psy decidiram deixar as emoções de lado, pois a violência e outros sentimentos negativos somente atrapalhavam. Para isso, desenvolveram um método chamado Silêncio e obrigaram todos a aderirem. Quem não aderiu, ou morreu ou desapareceu. Esse método consiste em treinar as pessoas desde o nascimento a não sentirem nada – nem amor, nem raiva, nem medo, nada. Através de um sistema em que as emoções provocam dor, eles aprendem a deixar de lado todos os sentimentos. Mesmo para a procriação, são utilizados fecundação in vitro, pois nem mesmo o toque eles suportam. Eles têm grande capacidade Psíquica (Telepatia, Teletransporte, Vidência, etc). Cada Psy é catalogado de acordo com sua competência e exerce a função que lhe for destinada. Para eles o mais importante são os negócios e o lucro.
Os Changeling, como indica o nome, podem se transformar no animal que é sua outra metade. Nos livros temos dois grandes e poderosos clãs: os DarkRivers (leopardos) e os SnowDancers (lobos). Apareceram outros grupos: hienas, corujas, águias. DarkRivers e SnowDancers se tornaram aliados para enfrentarem a ameaça do Conselho Psy, que esconde a presença de psicopatas homicidas, pois não podem admitir que existe falha na implantação do Silêncio. Um desses psicopatas matou a irmã de Dorian (Sentinela dos DarkRivers) e seqüestrou e torturou a irmã de Riley e Andrew (Tenente e Soldado dos SnowDancers). Esse fato ocorreu no primeiro livro da série Slave to Sensation.
Os Humanos não têm poder algum, mas estão aliados mais aos Changelings, visto também não gostarem muito dos Psy. Além disso, os humanos, como os changelings, precisam do toque, da família, da amizade.
Nesse livro, vemos Dorian lutando contra a sede de vingança pela morte da irmã. Ele se sente culpado por não ter conseguido evitar a morte dela. Dorian é latente: nunca conseguiu manifestar o leopardo que vive dentro dele. Por isso, ele sempre lutou duro e superou tudo conseguindo se tornar Sentinela do Clã. Os Sentinelas são a guarda de elite, responsável pela proteção do Alfa e aplicação da lei.
Ashaya é uma M-Psy (médica) e no livro anterior (Mine to Possess) ela ajudou na fuga de duas crianças humanas que eram utilizadas como cobaias em um laboratório Psy. Em troca, ela pediu ajuda para libertar seu filho, que era mantido refém pelo Conselho, obrigando-a a trabalhar no projeto de implante neural. Esse projeto pretendia transformar todos os Psys em uma colméia, canalizando toda a energia psíquica gerada pelas mentes na PsyNet (um tipo de internet mental onde todos os Psy estão ligados) para uso do Conselho.
Dorian e Ashaya já haviam se falado quando da fuga dos humanos: ele a manteve sob a mira do rifle e ela toda fria e sem emoções. Mas esse pequeno encontro marcou muito um ao outro. Quando se reencontram é uma explosão. Dorian muda de humor o tempo todo, lutando contra o desejo que sente por Ashaya por considerar traição à memória da irmã. Ashaya não é tão fria quanto aparenta, pois o Silêncio não foi muito bem implantado nela e ela sempre fingia ser a perfeita Psy. Ashaya é realmente uma mulher de muita fibra, pois ela “peita” a dominância de Dorian e luta com todas as armas para fazer o que considera certo. Os diálogos entre eles são muito interessantes e profundos. Adorei a interação deles.
Fora o romance do par principal, vemos o desenvolvimento das situações que vem ocorrendo desde o primeiro volume, como o crescente perigo de uma guerra entre Psy e Changelings, e o amadurecimento do acordo entre DarkRivers e SnowDancers. Lobos e Felinos não são exatamente os melhores amigos, mas estão aprendendo a conviver.
Um exemplo dessa convivência:
Lucas (alfa dos DarkRivers) está conversando com Sasha (sua companheira)
- É? E o que te atinge? – ele era tão forte que algumas vezes ela se preocupava. Todos têm de se inclinar um pouco, mesmo a pantera responsável pelas vidas de todo o clã.
- Aquele maldito lobo. Ele te mandou um presente semana passada.
Sacha sorriu ao pensar na paquera de Hawke. O alfa dos SnowDancers fazia isso só para provocar Lucas. – Eu nunca vi presente algum. O que era?
- Como diabos vou saber? Sapateei em cima do pacote e o joguei no buraco mais fundo que encontrei. – Ele deu um sorriso falso. – Depois liguei para ele e perguntei como estava Sienna.
Ela gargalhou: - Você é muito mau! – Todos sabiam que Sienna Lauren era a cruz de Hawke. A adolescente Psy parece ter decidido que sua missão era viver para provocá-lo ao extremo. – O que ele disse?
- Que ela está planejando sua festa de dezoito anos. – o riso na voz de Lucas revelava a ela exatamente como Hawke soou ao falar sobre o assunto.
Lucas e Hawke são incríveis. Morro de rir com as provocações dos dois e não vejo a hora em que Nalini escreva o livro do Hawke.
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