30 de agosto de 2009

The Iron Hunt de Marjorie M. Liu

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Fumaça prateada se enrosca ao redor de meu torso, descascando-se de minhas costelas e costas, roubando a névoa escura que cobre minhas mãos e extremidades inferiores… tatuagens se dissolvendo em demônios, aglutinando-se em pequenos corpos escuros. Meus meninos. Os únicos amigos que tenho no mundo. Demônios.

Eu sou uma caçadora de demônios. Eu sou um demônio. Eu sou Hunter Kiss.

Durante o dia, suas tatuagens são sua armadura. À noite, elas descolam de seu corpo e tomam a própria forma – demônios da carne, transformados em carne. Essa é a única família que a caçadora de demônios Maxine Kiss sempre conheceu. É a única maneira de viver, e o modo como morrerá. Porque um dia, seus demônios a abandonarão por sua filha para assegurar a própria existência – deixando Maxine sem ajuda contra seus inimigos.

Mas essa é a vida da última protetora da Terra – a única a ficar entre a humanidade e os demônios que estão escapando do véu da prisão. É uma vida onde falta amor, jubilando-se na morte, até um momento – e um homem – mudar tudo…

 

Marjorie M. Liu foi uma das boas descobertas que fiz ano passado. Você pode ler a respeito aqui

Esse livro estava em minha pilha já há um ano e eu sempre o deixava de lado – tantos livros, tão pouco tempo… Resolvi parar de fugir e ver como estavam Grant e Maxine. Meu medo, acho, era descobrir que ela o havia abandonado. Mas não. Eles continuam firme e forte e com a mesma doçura e companheirismo de que me lembrava.

Essa é uma história sombria, cheia de segredos e reviravoltas.  Já sabemos que Maxine é uma caçadora de demônios e responsável pela prisão onde eles foram desterrados depois de uma guerra “cósmica”. Ela é a última de sua linhagem. Uma linhagem de guerreiras que carregam os meninos (já falei que adoro os pequenos demônios?) e que passam seus dons e conhecimentos para as filhas. Nunca se falou de um “pai” – somente mãe, avó e incontáveis ancestrais femininas.

A barreira foi rompida e algo passou para nosso mundo. Algo tão terrível que até os demônios que ficam mais próximos ao véu e seguem a rainha Blood Mamma estão assustados. Maxine tem de enfrentar esse ser e recebe ajuda e também é atrapalhada no decorrer do caminho. A única constante em sua vida é Grant e o amor que compartilham.

Neste livro surgem novos personagens. Um deles é  Jack, um arqueólogo já idoso e que se revela avô de Maxine, mas com tantos segredos e mistérios que não se sabe se ele veio ajudar ou atrapalhar. Outro personagem importante é Byron, um menor de rua também muito misterioso e que Maxine resolve ajudar. Há também Oturu, um demônio caçador e que ajudou uma das ancestrais de Kiss,  e Tracker, esse tão misterioso que nem sei se é demônio, homem ou alguma outra coisa.

Tracker também teve algum relacionamento  com uma ancestral de Maxine (ela teve deja vu dos dois lutando lado a lado), que o vendeu a Oturu. Por isso há muito ódio da parte dele contra a Caçadora. Mas teve horas que temi pela formação de um triângulo amoroso, pois ele foi descobrindo que Maxine é muito diferente das mulheres da família e ele e Grant sempre se estranhavam quando estavam próximos.

Não foi um livro que consegui ler rapidamente. A narrativa em primeira pessoa e a linguagem bela e consistente e suave de Marjorie fizeram com que cada parágrafo, cada capítulo tivessem de ser lidos com calma e cuidado. E, por ser no estilo Urban Fantasy, ainda muitas perguntas ficaram sem respostas e muita curiosidade ficou no ar… Resta prosseguir com a série. O próximo volume já está comigo – Darkeness Calls – e não vou levar um ano para lê-lo.

3 comentários:

La Sorcière disse...

Parece ser super legal! gostei da sinopse, mas gostei mais ainda da sua resenha!
Ahhhh....a capa é irada!!!!huahuahua!!!
Bj

disse...

Parece ser Legal!
Resenha ótima!
Mas o fato de você não ter conseguido ler rapidamente foi um ponto contra...
Contra tantos a favor!
Um dia eu leio esse... rs
Pilha para ler ainda imensa,
Beeijo,
=)

Carla Martins disse...

Hihihihih

Acabei de ler essa resenha no outro blog! :)

beijos!